Questão 12972

(FUVEST - 2008 - 1ª FASE) Em novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março de 1808, chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como

A

incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a anexação de Portugal.

B

ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I.

C

execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português, invocado em épocas de crise.

D

culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com relação à guerra anglo-francesa.

E

exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da França.

Gabarito:

execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português, invocado em épocas de crise.



Resolução:

a) incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a anexação de Portugal.

Incorreta. A vinda da corte portuguesa para o Brasil representou uma solução, intermediada pelo Reino Unido, a invasão das tropas francesa e não de uma pressão da Espanha para impedir a anexação de Portugal 

b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I.

Incorreta. O deslocamento da corte portuguesa para o Brasil não representou um ato "desesperado" do Príncipe Regente, pressionado pela futura invasão de Napoleão Bonaparte em Portugal.

c) execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português, invocado em épocas de crise.

Correta. Diante da crise política culminada pelas guerras napoleônicas e o bloqueio continental imposto por Napoleão, o governo do príncipe regente, Dom João VI, executou o projeto de mudança do centro político, viabilizando a resolução dos problemas citados.

d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com relação à guerra anglo-francesa.

Incorreta. Portugal não apresentou neutralidade diante dos problemas relacionados com a guerra anglo-francesa.

e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da França.

Incorreta. A transferência da corte portuguesa para o Brasil não foi uma exigência diplomática, foi uma solução para a situação de ataque das tropas francesas.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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