(FUVEST - 2010 - 1 FASE ) “E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e em moeda para os reinos estranhos e a menor quantidade é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil...”
João Antonil. Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, 1711.
Esta frase indica que as riquezas minerais da colônia
produziram ruptura nas relações entre Brasil e Portugal.
foram utilizadas, em grande parte, para o cumprimento do Tratado de Methuen entre Portugal e Inglaterra.
prestaram-se, exclusivamente, aos interesses mercantilistas da França, da Inglaterra e da Alemanha.
foram desviadas, majoritariamente, para a Europa por meio do contrabando na região do rio da Prata.
possibilitaram os acordos com a Holanda que asseguraram a importação de escravos africanos.
Gabarito:
foram utilizadas, em grande parte, para o cumprimento do Tratado de Methuen entre Portugal e Inglaterra.
a) produziram ruptura nas relações entre Brasil e Portugal.
Incorreta. O papel de dominação colonial permitia que Portugal agisse com arbítrio sobre a colônia.
b) foram utilizadas, em grande parte, para o cumprimento do Tratado de Methuen entre Portugal e Inglaterra.
Correta. Tal tratado, conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos, foi comercialmente negativo para a coroa portuguesa, uma vez que a importação de tecido era muito mais recorrente que a de vinhos.
c) prestaram-se, exclusivamente, aos interesses mercantilistas da França, da Inglaterra e da Alemanha.
Incorreta. A Alemanha veio a se consolidar como tal após a sua unificação, somente no século XIX.
d) foram desviadas, majoritariamente, para a Europa por meio do contrabando na região do rio da Prata.
Incorreta. Tal região estava sob domínio espanhol, e os diversos conflitos desencadeados pelo seu controle desencadearam-se posteriormente ao contexto abordado pela questão.
e) possibilitaram os acordos com a Holanda que asseguraram a importação de escravos africanos.
Incorreta. Tais acordos jamais foram suscitados.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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