(FUVEST - 2010)
Determinou-se o número de moléculas de água de hidratação (x) por molécula de ácido oxálico hidratado (H2C2O4 . xH2O), que é um ácido dicarboxílico. Para isso, foram preparados 250 mL de uma solução aquosa, contendo 5,04 g de ácido oxálico hidratado. Em seguida, 25,0 mL dessa solução foram neutralizados com 16,0 mL de uma solução de hidróxido de sódio, de concentração 0,500 mol/L.
a) Calcule a concentração, em mol/L, da solução aquosa de ácido oxálico.
b) Calcule o valor de x.
Dados:
massas molares (g/mol): H = 1 ; C = 12 ; O = 16 ; Na = 23
Gabarito:
Resolução:
a) Equação balanceada da reação entre ácido oxálico e hidróxido de sódio:
H2C2O4 + 2 NaOH → Na2C2O4 + 2 H2O
• Cálculo da quantidade de matéria de NaOH:
Como a proporção estequiométrica entre H2C2O4 e NaOH é de 1:2, a quantidade de matéria de H2C2O4 necessária para reagir com 0,008mol de NaOH é:
1 mol H2C2O4 | __________ | 2 mol NaOH |
nH2C2O4 | __________ | 0,008 mol |
• Cálculo da concentração, em mol/L, da solução aquosa de ácido oxálico:
b) Como a quantidade de matéria de ácido oxálico em 25mL é 0,004mol, a quantidade de matéria desse ácido na solução de 250mL é dez vezes maior, ou seja, 0,04mol.
• Cálculo da massa molar de ácido oxálico:
• Cálculo da massa de ácido oxálico correspondente a 0,04mol:
1 mol H2C2O4 | __________ | 90g |
0,04 mol | __________ | mH2C2O4 |
Ou seja, da massa de 5,04g de sal hidratado, 3,6g correspondem ao ácido oxálico. A massa de água no sal hidratado é:
• Cálculo da massa molar de água:
• Cálculo da quantidade de matéria correspondente à 1,44g de H2O:
1 mol H2O | __________ | 18g |
nH2O | __________ | 1,44g |
A proporção em quantidade de matéria no sal hidratado é 0,04mol ácido oxálico : 0,08mol água. Ou seja, a proporção é de 1:2. Portanto, a fórmula molecular do sal hidratado é
H2C2O4 . 2 H2O
e
x = 2
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
Ver questão
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
Ver questão
(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
Ver questão
(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
Ver questão