Questão 14480

(Fuvest - 2012) Observe os mapas do Brasil.

Considere as afirmativas relacionadas aos mapas.
I. Alta concentração fundiária e pouca diversificação da atividade econômica são características de um bolsão de pobreza existente no extremo sul do Brasil.
II. A despeito de seus excelentes indicadores econômicos bem como de seu elevado grau de industrialização, a Região Sudeste abriga bolsões de pobreza.
III. A biodiversidade da floresta assegura alta renda per capita aos habitantes da Amazônia, enquanto moradores da caatinga nordestina padecem em bolsões de pobreza.
IV. Embora Brasília detenha alguns dos melhores indicadores socioeconômicos do país, o próprio Distrito Federal e arredores abrigam um bolsão de pobreza.
Está correto o que se afirma em

A

I, II e III, apenas.

B

I, II e IV, apenas.

C

II e III, apenas.

D

III e IV, apenas.

E

I, II, III e IV.

Gabarito:

I, II e IV, apenas.



Resolução:

Na assertiva I, são características das áreas de criação de gado da Campanha Gaúcha a elevada concentração fundiária e a baixa diversidade de atividades, o que acaba por resultar na concentração de renda e o surgimento de bolsões de pobreza; na assertiva II, a elevada industrialização e demais atividades de agricultura e serviços torna a Região Sudeste responsável por quase 60% do PIB nacional, mas os contrastes sociais são constantes e os bolsões de pobreza surgem ao lado das áreas de riqueza (como os enclaves fortificados ao lado de favelas); na assertiva III, não há dúvida de que a biodiversidade da Floresta Amazônica é riquíssima, mas essa riqueza não é compartilhada pela população, já que, muitas vezes, o produto da biodiversidade é concentrado na mão de poucos. Já em Brasília, os bolsões de pobreza surgirão principalmente nas chamadas “cidades satélites”, aquelas que ficam à volta da capital federal e recebem os imigrantes pobres que lá se concentram na perspectiva de melhorar a vida.

CORRETA B



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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