(Interbits 2012) A internet opera preferencialmente com a escrita, a escrita curta e imediata. A velocidade de escrita e de leitura está relacionada à agitação mais ou menos alucinada da vida cotidiana, estimulada pelas tecnologias comunicacionais. A sociedade mediatizada não é uma sociedade feliz; ao contrário, é uma sociedade da compulsão, da cobrança invisível, dos apelos permanentes de estar conectado, pois, caso contrário, a pessoa estará "morta".
Ciro Marcondes Filho. Entrevista. In: IHU On-line. 09 abr. 2011. Adaptado. Disponível em: <http://bit.ly/RGR7Xg>. Acesso em 06 nov. 2012.
Alguns sociólogos desenvolveram conceitos que nos ajudam a compreender o contexto apresentado no texto acima. Um desses pensadores, Zygmunt Bauman, define esse tipo de contexto como sendo uma:
Sociedade do espetáculo, devido à falta de profundidade da vida humana
Sociedade infeliz, devido à transformação do homem em coisa.
Sociedade do consumo, uma vez que as pessoas passam a ser definidas pelo que compram.
Modernidade líquida, devido às formas fluídas de existência humana.
Pós-modernidade, devido às transformações geradas pela internet.
Gabarito:
Modernidade líquida, devido às formas fluídas de existência humana.
a) Incorreta. Ainda que discuta problemáticas relativas à sociedade mediatizada e ao capitalismo contemporâneo, “sociedade do espetáculo” é um termo utilizado por Guy Debord, não por Bauman.
b) Incorreta. Nenhum pensador define o contexto apresentado no texto acima como “sociedade infeliz”. Fora isso o texto usa “sociedade feliz” apenas como recurso argumentativo.
c) Incorreta. “Sociedade do consumo” é um termo amplamente utilizado, que começa a aparecer em alguns ensaios e textos sociológicos a partir do século XX. Diz respeito à prevalência do consumismo na contemporaneidade. O tema da questão, por sua vez, não é este: ela tem enfoque nas particulares da “sociedade mediatizada”.
d) Correta. “Modernidade líquida”, é um termo utilizado por Bauman para descrever as novas formas de relações sociais e econômicas que surgiram no mundo contemporâneo, relações que ele caracteriza como “líquidas” — maleáveis, fluidas, transparentes, frágeis. Nesse cenário, os avanços tecnológicos e as redes sociais potencializam essa caraterística. Esses são aspectos detectáveis no texto da questão: “A sociedade mediatizada não é uma sociedade feliz; ao contrário, é uma sociedade da compulsão, da cobrança invisível, dos apelos permanentes de estar conectado”
e) Incorreta. Pós-modernidade é um termo usado para se referir à recente perspectiva filosófica e social que fomenta o rompimento com perspectivas clássicas nas ciências humanas. Ele é utilizado por vários pensadores em diversos contextos, mas não é utilizado por Bauman para definir o contexto da questão.
(Insper/2010) Considere a tirinha abaixo. Da leitura da tira, pode-se depreender que:
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(Insper-2012)
A última romântica
Cigarros, isqueiros, copos com drinques coloridos, garrafas vazias - de vodca, do licor de coco Malibu... Às flores, velas, retratos e mensagens de praxe os fãs acrescentaram em frente à casa de Amy Winehouse esses objetos que dão prazer, podem viciar e fazem mal à saúde. Para além da homenagem, era uma forma de participar do universo de excessos da cantora.
É curioso o apelo de Amy num mundo conservador, cada vez mais antitabagista e alerta para os riscos das drogas - um mundo onde vamos sendo ensinados a comprar produtos sem gordura trans e onde até as garotas de esquerda consomem horas dentro da academia. Numa época em que as pessoas são estimuladas a abdicar de certos prazeres na expectativa de durar bastante, simplesmente para durar, Winehouse fez o roteiro oposto - intenso, autodestrutivo, suicida. Sob o aspecto clínico, era uma viciada grave, necessitando desesperadamente da ajuda que insistia em recusar. Uma de suas canções mais famosas trata exatamente disso. Amy foi presa fácil do jornalismo de celebridades, voltado à escandalização da intimidade dos famosos (quanto pior, melhor). Foi também, num tempo improvável, a herdeira de Janis Joplin, morta aos 27 em 1970, e de Billie Holiday, morta aos 44, em 1959, ambas por overdose. Como suas antecessoras, Amy leva ao extremo o éthos romântico - do artista que vive em conflito permanente e se rebela contra o curso prosaico e besta do mundo. Na sua figura atormentada e em constante desajuste, o autoflagelo quase sempre se confunde com o ódio às coisas que funcionam. Numa cultura inteiramente colonizada pelo dinheiro e que convida à idolatria, fazer sucesso parecia uma espécie de vexame e de vileza, o supremo fiasco existencial, contra o qual era preciso se resguardar. Nisso Amy evoca os gênios do romantismo tardio - Lautréamont, Rimbaud e outros poetas do inferno humano, que tinham plena consciência da vergonha de dar certo.
SILVA, Fernando de Barros e. Folha de São Paulo, 26/07/2011
Considere esta definição:
Pressupostos são conteúdos implícitos que decorrem de uma palavra ou expressão presente no ato de fala produzido. O pressuposto é indiscutível tanto para o falante quanto para o ouvinte, pois decorre, necessariamente, de um marcador linguístico, diferentemente de outros implícitos (os subentendidos), que dependem do contexto, da situação de comunicação.
Adaptado de FIORIN, J. L. O dito pelo não dito. In: Língua Portuguesa, ano I, n. 6, 2006. p. 3637.
A passagem do texto "A última romântica" em que a palavra sublinhada instaura um pressuposto é
(INSPER - 2016) No plano cartesiano ortogonal de origem O (0,0) estão representadas:
- uma circunferência , λ tangente à reta r em T e ao eixo das ordenadas;
- o triângulo retângulo OAT, com A (6,0) e um ângulo externo de medida 120º.
Sabe-se, ainda, que r passa pela origem do plano.
Nas condições dadas, o raio de λ tem medida igual a
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