Questão 11886

(FUVEST - 2014)

      A wave of anger is sweeping the cities of the world. The protests have many different origins. In Brazil people rose up against bus fares, in Turkey against a building project. Indonesians have rejected higher fuel prices. In the euro zone they march against austerity, and the Arab spring has become a perma-protest against pretty much everything.

      Yet just as in 1848, 1968 and 1989, when people also found a collective voice, the demonstrators have much in common. In one country after another, protesters have risen up with bewildering speed. They tend to be ordinary, middle class people, not lobbies with lists of demands. Their mix of revelry and rage condemns the corruption, inefficiency and arrogance of the folk in charge.

      Nobody can know how 2013 will change the world – if at all. In 1989 the Soviet empire teetered and fell. But Marx’s belief that 1848 was the first wave of a proletarian revolution was confounded by decades of flourishing capitalism and 1968 did more to change sex than politics. Even now, though, the inchoate significance of 2013 is discernible. And for politicians who want to peddle the same old stuff, news is not good.

The Economist, June 29, 2013. Adaptado.

 

Ao comparar os protestos de 2013 com movimentos políticos passados, afirma-se, no texto, que

A

nem sempre esses movimentos expressam anseios coletivos.

B

as crenças de Marx se confirmaram, mesmo após 1848.

C

as revoltas de 1968 causaram grandes mudanças políticas.

D

não se sabe se os protestos de 2013 mudarão o mundo.

E

mudanças de costumes foram as principais consequências de movimentos passados.

Gabarito:

não se sabe se os protestos de 2013 mudarão o mundo.



Resolução:

a) Alternativa incorreta. Podemos perceber que se tratam, sim, de anseios coletivos, a partir de trechos ocmo "when people also found a collective voice" (quando as pessoas também encontraram uma voz coletiva) e "They tend to be ordinary, middle class people" (eles tendem a ser normais, pessoas de classe média).

b) Alternativa incorreta. No texto, podemos ler "But Marx’s belief that 1848 was the first wave of a proletarian revolution was confounded by decades of flourishing capitalism" (mas a crença de Marx de que 1848 foi a primeira onda de uma revolução proletária foi refutada por décadas de crescimento do capitalismo).

c) Alternativa incorreta​​​​​​​. No texto, podemos ler "and 1968 did more to change sex than politics" (e 1968 fez mais para mudar questões de sexismo do que política)

d) Alternativa correta​​​​​​​. É possível ler, no início do último parágrafo do texto, "Nobody can know how 2013 will change the world – if at all" (ninguém pode saber como 2013 mudará o mundo – ou se vai).

e) Alternativa incorreta​​​​​​​. O único movimento citado ao lado de suas consequências é o de 1968, que impactou as questões de desigualdade de gênero. Do mais, ressalta-se a ineficácia dos outros movimentos a longo prazo (mesmo que num tom esperançoso para 2013), mostrando que, apesar das movimentações, nada realmente mudou.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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