(FUVEST - 2016 - 2a FASE)
Dois aviões vão de Brasília a Moscou. O primeiro voa diretamente para o norte, até atingir o paralelo de Moscou, quando então muda o rumo para o leste, seguindo para o seu destino final. O segundo voa para o leste até atingir o meridiano de Moscou, tomando então o rumo norte até chegar a esta cidade.
a) Desprezando as variações de altitude, qual avião terá percorrido a maior distância em relação ao solo? Justifique sua resposta.
b) Calcule a diferença entre as distância percorridas, supondo que a Terra seja esférica.
Note e adote: |
cos 56º = 0,56; sen 56º = 0,83; cos 16º = 0,96; sen 16º = 0,28 |
Latitude e longitude de Brasília : 16ºS e 48ºW |
Latitude e longitude de Moscou: 56ºN e 37ºE |
Raio da Terra: 6,400 km |
Gabarito:
Resolução:
Imagem retirada de http://www.oficinadoestudante.com/correcao-de-vestibulares-online/download.php?codigo=4762
O avião 1 percorre o arco BA, pelo meridiano de 48º W, depois percorre o arco AM pelo paralelo de 56º N.
O avião 2 percorre o arco BC, pelo paralelo de 16º S, depois percorre o arco CM pelo paralelo de 16º S.
A distância angular percorrida é mesma nas duas situações, mas o arco do paralelo de 16º é maior pois o seu raio é mais próximo do raio da Terra.
Com essa análise já é possível dizer que o avião 2 é quem vai percorrer uma maior distância em relação ao solo.
O comprimento C de um arco de raio 'r' e ângulo central xº é calculado a partir de:
Os arcos BA e CM possuem comprimentos iguais pois o ângulo central de ambos é 72º, e ambos tem raio igual ao raio da Terra, RT.
O comprimento do arco BM é:
b. A diferença de caminho entre os dois percursos então é
Substituindo o valor do raio da Terra a diferença de caminho é de
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
Ver questão
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
Ver questão
(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
Ver questão
(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
Ver questão