(FUVEST - 2016 - 2a FASE)
Uma bola de bilhar, inicialmente em repouso em um ponto P, situado na borda de uma mesa de bilhar com formato circular, recebe uma tacada e se desloca em um movimento retilíneo. A bola atinge a borda no ponto e é refletida elasticamente, sem deslizar. Chame de Q o ponto da borda diametralmente oposto a P e de θ a medida do ângulo .
a) Para qual valor de θ, após a primeira reflexão, a trajetória da bola será paralela ao diâmetro ?
b) Para qual valor de θ, após a primeira reflexão, a trajetória da bola será perpendicular a ?
c) Supondo agora que , encontre uma expressão, em função de θ, para a medida do ângulo agudo formado pela reta que contém P e Q e pela reta que contém a trajetória da bola após a primeira reflexão na borda.
Gabarito:
Resolução:
a)
Esse é o caso que é pedido na alternativa a. Vamos analisar então:
Considerando como O o centro, o triângulo PRO é isóceles, já que seus lados são raios da circunferência. Então o angulo R é igual a também.
O ângulo de inciência deve ser igual ao de reflexão, já que estamos tratando de uma colisão elástica e a bola não desliza.
Podemos usar a propriedade dos ângulos alternos internos para dizer que o ângulo O é igual ao ângulo de reflexão.
Assim, temos um triângulo equilátero, e só pode valer 60°.
b) Utilizando o mesmo raciocínio:
As retas OP e OR são os raios da circunferência. Então novamente, todos os ângulos indicados são iguais.
Como Rp é perpendicular a PQ, A soma dos 3 angulos devem valer 90°.
Então, deve valer 30°
c)
Pelos mesmo motivos das alternativas anteriores, no triangulo existem 3 ângulos de mesmo valor. O único ângulo desconhecido é alpha.
Nesse caso, alpha é dado por:
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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