(Fuvest 2017 - 2ª fase - 2º dia)
Um balão sobe verticalmente com aceleração constante de 2 m/s2 a partir de um ponto localizado no solo a 36 m de um observador
, que permanece em repouso no solo. A medida em radianos do ângulo de elevação do balão em relação ao observador no instante
é denotada por
. Sabe-se que a massa do balão é de 90 kg.
a) Supondo que as forças que determinam o movimento do balão sejam o seu peso e o empuxo, calcule o volume do balão.
b) Suponha que, no instante , o balão se encontre no ponto
e que sua velocidade seja nula. Determine a velocidade média do balão entre o instante
em que
e o instante
em que
.
Adote: Aceleração da gravidade: 10 m/s2
Densidade do ar: 1,2 kg/m3.
Gabarito:
Resolução:
a) A força Peso tem módulo dado por P = mg, logo P = 900 N, e esta força atua verticalmente para baixo.
O balão sofre um empuxo E, cujo módulo é dado por E = dVg, em que d é a densidade do ar, e V é o volume do balão.
Da segunda Lei de Newton:
Fresultante = ma.
Logo, E -P = ma.
12V - 900 = 90*2.
12V = 90*12.
V = 90 m³.
b)Já que o movimento de subida é retilíneo e uniformemente variado, a sua velocidade média é dada pela média aritmética entre a velocidade no instante final e a velocidade no instantente inicial.
A velocidade instantânea do balão é dada por V(t) = 2t.
No instante t1, em que , o balão terá subido 36 m a partir do solo, isso porque
.
Da equação da posição y(t) = t², podemos inferir que t1 = 6 s.
Portanto, V(t1) = 12 m/s.
No instante t2, o balão estará numa posição y tal que .
Logo, .
Portanto, .
A velocidade média entre os instantes é:
.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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