Questão 36907

(FUVEST 2017 - Segunda Fase, 3o dia) 

Esta planta foi elaborada no contexto da nova política estabelecida pela Coroa portuguesa para suas possessões na América, durante o chamado período pombalino (1750 - 1777). A partir dela,

a) identifique dois elementos que contrastam a organização espacial das comunidades indígenas com a organização espacial proposta pelos poderes coloniais;

b) descreva as principais diretrizes políticas e culturais do projeto pombalino para a população indígena da América.

Gabarito:

Resolução:

a) A organização social dos nativos antes da colonização pairava sob formas que desconheciam hierarquizações sociais ou religiosas - organização esta que muitos historiadores denominam por comunismo primitivo, embasados na orientação marxista de progresso dos modos de produção discorrido na obra A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. Tal fator é representado pela ausência de locais com finalidades específicas e pela posição circular das ocas em torno de um espaço aberto, sem uma"instituição" central, aspecto levado em consideração pela ordem proposta pelos colonizadores.

A organização colonizadora dotava dos ideais iluministas, que apontava racionalidade em dispor de centralidade nas representações do antigo regime. Nesse contexto, o poder político foi representado pela casa do diretor e o poder religioso pela igreja.

b) Pombal rompeu com os jesuítas e expulsou-os, proibindo também a escravidão nativa. O "casamento misto" foi estimulado e também houve a cessão de direitos jurídicos iguais aos dos demais súditos. Essas medidas visavam principalmente possibilitar o aumento do contingente militar em prol das guerras contra os espanhóis no sul do território, as chamadas Guerras Guaraníticas



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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