Questão 35012

(FUVEST - 2018 - 1a fase)
Considere o polinômio

P(x) = x^{n} + a_{n-1}x^{n-1}+...+a_{1}x+a_{0},

em que a_{0},...,a_{n-1} in mathbb{R}. Sabe-se que as suas n raízes estão sobre a circunferência unitária e que a_{0}<0.

O produto das n raízes de P(x), para qualquer inteiro n geq 1, é:

A

-1

B

i^{n}

C

i^{n+1}

D

(-1)^{n}

E

(-1)^{n+1}

Gabarito:

(-1)^{n+1}



Resolução:

Utilizando a relação de Girard, temos que o produtos das raízes desse polinômio é dada pela divisão de a_{0} pelo coeficiente de x^{n}, com seu sinal variando de acordo com o valor de n.

P = left(-1 
ight )^{n}.a_{0}.

Como as raízes estão sobre a circunferência unitaria, o módulo de todas as raízes vale 1. Logo o módulo do produto das raízes também vale 1.

left | P 
ight | = left | left(-1 
ight )^{n} a_{0} 
ight |  
ightarrow    left | P 
ight | = left | left(-1 
ight )^{n} 
ight |left | a_{0} 
ight |  (O módulo dos produtos é o produto dos módulos)

left | a_{0} 
ight | = 1

No enunciado está escrito que a_{0} < 0. 

Logo, a_{0} = -1

Então o produto das raízes é:

P = left(-1 
ight )^{n}.-1 = left(-1 
ight )^{n+1}



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

Ver questão

Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

Ver questão

Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

Ver questão

Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

Ver questão