Questão 36367

(FUVEST - 2018 - 2a fase)

Considere as funções f:left [ -frac{pi }{2}, frac{pi }{2}
ight ]
ightarrow left [ -1,1 
ight ] e g:left [0,pi 
ight ]
ightarrow left [ -1,1 
ight ] definidas por f(x) = senx e g(x) = cosx. Sendo f e g bijetoras, existem funções f-1 e g-1 tais que f-1 circ f = f circ f-1 = id e g-1 circ g = g circ g-1 = id, em que id é a função identidade. 

a) Para 0 leq alpha leq 1, mostre que left ( g circ f^{-1} 
ight )(alpha )=sqrt{1-alpha ^{2}}.

b) Mostre que f^{-1}left ( frac{1}{2} 
ight )+g^{-1}left ( frac{sqrt{6}+sqrt{2}}{4} 
ight )=frac{pi }{4}.

Gabarito:

Resolução:

a) 

0leq alpha leq1 \ g(f^{-1})(alpha)= sqrt{1-alpha^2}

Substituindo as funções f e g no que deve ser demonstrado:

cos(arcsen : alpha)= sqrt{1-alpha^2}

Considerando arcsen : alpha=y

Então aplicando sen em ambos os lados da equação:

sen: y= alpha

pela relação fundamental:  sen^2y+cos^2y=1

substituindo 

alpha^2 + cos^2y=1 \ cos: y=pm sqrt{1- alpha^2}

como estamos alfa deve estar entre 0 e 1, estamos no primeiro quadrante, onde o cosseno é positivo, logo:

cos(arcsen: alpha)=cos(y)= sqrt{1- alpha ^2}: 	herefore

_______________________________________________________________

b)

f^{-1}(frac{1}{2})+g^{-1}(frac{sqrt6+sqrt2}{4})=frac{ pi }{4}

analisando a primeira parte, temos:

arcsen(frac{1}{2}) = alphaRightarrow sen alpha= frac{1}{2}Rightarrow alpha= frac{ pi }{6}

analisando a segunda parte, temos:

arccos(frac{sqrt6+sqrt2}{4}) = etaRightarrow cos eta= frac{sqrt6+sqrt2}{4}

Mas, como: 

alpha+eta= frac{ pi}{4}

Substituindo alfa, e isolando beta, temos:

eta= frac{ pi}{4}-frac{ pi}{6}

Aplicando cosseno em ambos os lados:

cos : eta=cos( frac{ pi}{4}-frac{ pi }{6})

Usando a relação de soma / subtração de arcos:

cos :eta= sen :frac{ pi}{4} cdot sen : frac{ pi}{6} +cos :frac{ pi}{4} cdot cos : frac{ pi}{6}

Substituindo os valores de seno e cosseno conhecidos:

cos :eta= frac{sqrt2}{2} cdot frac{1}{2}+frac{sqrt2}{2} cdot frac{sqrt3}{2}

cos :eta= frac{sqrt2+sqrt6}{4}

Provando a relação que devemos encontrar na segunda parte.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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