Questão 36807

(FUVEST - 2018 - 2ª FASE) Um espectrômetro óptico, representado na figura, utiliza um prisma como elemento de dispersão da luz de diferentes comprimentos de onda. O espectrômetro possui uma fenda de entrada de luz, F1, uma lente convergente, L1, um prisma de vidro com ângulos internos de 60º e uma segunda lente convergente, L2, que permite a focalização do comprimento de onda da luz refratada pelo prisma em uma fenda, F2, imediatamente à frente do detector D. Cada comprimento de onda é focalizado em posições laterais diferentes no plano focal de L2.

a) Determine a distância focal, f, da lente L1, posicionada a 30 mm da fenda F1, para que um feixe de luz branca, difratado pela fenda F1, incida no prisma com os seus raios paralelos entre si.

b) O espectrômetro foi construído impondo-se que um raio de luz violeta (lambdavioleta = 400 nm) se propague no interior do prisma (n = 1,53 para a luz violeta), paralelamente à sua face inferior. Nesta condição, determine o valor do ângulo de incidência, i, da luz branca, em relação à normal à superfície do prisma.

Para este espectrômetro, o gráfico na página de respostas apresenta o desvio angular, d, entre o feixe incidente e o feixe emergente do prisma, em função do comprimento de onda da luz refratada

c) Determine a diferença no desvio angular, Deltad, entre os feixes de luz violeta (lambdavioleta = 400 nm) e vermelha (lambdavermelho = 700 nm) refratados pelo prisma.

d) Considere que a distância da lente L2 ao ponto P seja 20 cm. Determine o deslocamento lateral, DeltaS, em relação à posição de medida para o raio violeta, do conjunto F2 e D2, para que o feixe de luz vermelha seja detectado.

Gabarito:

Resolução:

a)

Para que os raios saiam   da fenda e depois de passar pela lente todos estão paralelos entre si, é necessário que a fenda esteja exatamente em cima do ponto focal, logo:

f=30mm

b)

Vamos analisar a seguinte ilustração:

Usando a lei  de Snell:

sen(i). n_{ar} = sen(r).n_{prisma} Rightarrow sen(i) = sen(30).1,53 Rightarrow sen(i)= 0,77

Como a notinha forneceu sen(50)=0,77 logo i=50°

c)

Nesse caso devemos analisar o gráfico apresentado:

Assim podemos assumir que o desvio ´pode ser obtido por:

Delta d = 41,3-39,9 = 1,4 ^o

c)

Podemos determinar o deslocamento analisando a relação entre os raios vermelhos e  violetas como na figura a seguir: 

 

 

Assim podemos definir a seguinte relação, sabendo que o ângulo é muito pequeno:

tg(	heta) frac{ 	heta}{60} Rightarrow frac{x}{20} = frac{1,4}{60} Rightarrow x= 0,46 cm



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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