(FUVEST - 2019 - 2 fase - Questão 3)
Observe atentamente as imagens e depois responda às questões.
a) Explique o protesto relacionado ao chamado massacre de Tlatelolco, ocorrido no México, em 1968 (foto 1).
b) Explique o protesto relacionado à chamada Primavera de Praga, ocorrida na Tchecoslováquia, em 1968 (foto 2).
c) Relacione esses dois protestos ao contexto mundial desse período.
Gabarito:
Resolução:
a) O Massacre de Tlatelolco é o nome dado à forte repressão sofrida por um grupo de estudantes mexicanos que aproveitaram o fato da capital do país estar a dias de sediar os Jogos Olímpicos de 1968 para promover protestos contra o governo de Gustavo Díaz Ordaz Bolaños, de viés claramente autoritário. O estopim do movimento foi a ocupação militar da UNAM (Universidad Nacional Autonoma de México) como forma de conter a mobilização estudantil contra o governo. No massacre, calcula-se que morreram entre 200 e 300 estudantes.
b) Primavera de Praga é o nome dado ao movimento ocorrido na Tchecoslováquia em 1968 cujo objetivo era a redemocratização do regime socialista imposto pela URSS. Em 1968, Alexander Dubček resolveu romper com este sistema político soviético. Afastou as lideranças stalinistas do poder e passou a adotar medidas reformistas, que visavam à abertura política do país. Entre estas medidas, estava a descentralização, a liberalização do sistema e o incentivo às ciências e às artes. Esta reforma contou com o apoio de grande parte da população, principalmente de operários, estudantes e intelectuais. Rejeitado pela URSS, o movimento foi duramente reprimido por tropas do Pacto de Varsóvia.
c) Ambos movimentos se inserem no contexto da Guerra Fria, num momento de tensão internacional causado pela Guerra do Vietnã e pela proliferação de movimentos de protesto contra governos autoritários que tiveram os jovens como fator comum. Dentre os movimentos, destacam-se o Movimento Hippie, o Movimento Negro, as manifestações estudantis em Paris e a Passeata dos 100 mil no Brasil, todos em 1968.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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