(FUVEST - 2019 - 2a FASE)
Observe com atenção as duas imagens, que remetem à propaganda política durante a Era Vargas (1930-1945), e responda ao que se pede.
a) Aponte um elemento formal de mobilização comum aos dois cartazes.
b) Identifique os dois movimentos políticos representados nas propagandas a que se referem as duas imagens.
c) Mencione um traço convergente e outro divergente entre as plataformas destes projetos políticos.
Gabarito:
Resolução:
a) Ambos cartazes remetem a movimentos contrários ao governo e que apelavam para ao expectador de forma direta e impositiva. Nota-se que ao utilizar de maneira enfática o termo “você”, os dois cartazes fazem um apelo a certo dever cívico de cada cidadão de lutar por uma causa maior.
b) O primeiro cartaz corresponde à Revolução Constitucionalista de 1932. Já o segundo faz parte da Intentona Integralista de 1938.
c) Ambos movimentos se opunham ao governo Vargas, contudo, fazem parte de momentos diferentes e tinham motivações diversas. O movimento de 1932 teve como epicentro a cidade de São Paulo e contou com liderança de estudantes e cafeicultores paulistas que tinham como objetivo o fim do Governo Provisório Vargas (com características ditatoriais) e o estabelecimento de uma Constituição. Já o movimento integralista tem inspiração fascista e objetivava a queda do governo Vargas já no Estado Novo e o estabelecimento de um governo de viés totalitário, unipartidarista e com forte predomínio do Poder Executivo sobre os demais poderes.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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