Questão 59445

(FUVEST 2021 - 1ª fase)

Três triângulos equiláteros e dois quadrados formam uma figura plana, como ilustrado. Seus centros são os vértices de um pentágono irregular, que está destacado na figura. Se T é a área de cada um dos triângulos e Q a área de cada um dos quadrados, a área desse pentágono é

A

T + Q.

B

1/2 T + 1/2 Q.

C

T + 1/2 Q.

D

1/3 T + 1/4 Q.

E

1/3 T + 1/2 Q.

Gabarito:

T + 1/2 Q.



Resolução:

Como o objeto do centro se trata de um pentágono, então os segmentos AB, BC, CD e EA se tratam dos lados do pentágono ABCDE.

Se D é o centro do quadrado e E é o centro de um dos triângulos e como o lado superior do quadrado é igual ao lado inferior do triângulo, ao conectar os pontos D e E obtemos um segmento, ED, que passa pelo ponto médio do lado em comum ao quadrado e ao triângulo e que é também perpendicular a este lado em comum. Isto acontece porque ao conectarmos o centro E do triângulo ao ponto médio do lado inferior (que aqui podemos chamar de M) obtemos o segmento EM, mas como M também é o ponto médio do lado superior do quadrado de centro D, DM também é um semgento médio do quadrado. Logo, ED é um segmento que é a junção de dois segmentos médios do triângulo e do quadrado.

Devemos lembrar agora que em um triângulo equilátero, o segmento médio de um dos lados do triângulo é congruente à altura e à bissetriz em relação a esse lado do triângulo. Logo, o segmento EM é perpendicular ao lado em comum ao quadrado. E é trivial reconhecer que o segmento DM também é perpendicular a esse lado dado que ED é um lado de um pentágono.

Agora com esta prova em mãos, podemos estender esse conhecimento a todos os outros lados do pentágono. Agora note o seguinte: o lado DM é a metade do lado do quadrado. Logo, o quadrado vermelho mais escuro, dentro do quadrado maior, é um quadrado de lado igual à metade do lado do quadrado maior. Dessa forma, a área desse quadrado menor é igual à 1/4 da área do quadrado maior.
Logo, a área do quadrado menor é igual a 1/4 de Q.

Já a área mais avermelhada dentro dos triângulos pode ser obtida fazendo a seguinte observação:

Aqui dividimos essa área em duas, Área I e Área II. Porém, veja que, por simetria, essas duas áreas são iguais. Também tenha em mente a propriedade de alturas em triângulos equiláteros em que o centro do triângulo ou ortocentro do triângulo equilátero divide a altura desse triângulo em duas partes, uma parte com comprimento igual a 2/3 da altura e o outro comprimento com comprimento igual a 1/3 da altura. Logo, o comprimento do segmento do lado e superior da figura acima equivale a 1/3 da altura desses triângulos.

Chamando de 2x o lado desses triângulos, temos que os lados inferior e da direita da figura acima, por se tratarem da metade dos lados do triângulo, possuem comprimentos iguais a x.

Desta forma:

h=frac{2xsqrt{3}}{2}=xsqrt{3}

Área I:

A_I=frac{h}{3}cdot xcdotfrac{1}{2}=frac{xsqrt{3}}{3}cdotfrac{x}{2}=frac{x^2sqrt{3}}{6}

Como a Área II é igual a Área I, então:

A_{II}=A_I=frac{x^2sqrt{3}}{6}

A área total dessa figura (mais avermelhada pertencentes aos triângulos) é igual a:

A_I+A_{II}=frac{x^2sqrt{3}}{6}+frac{x^2sqrt{3}}{6}=2cdotfrac{x^2sqrt{3}}{6}=frac{x^2sqrt{3}}{3}

Porém, qual é a área desses triângulos?

T=frac{h}{2}cdot2x=frac{xsqrt{3}}{2}cdot2x=x^2sqrt{3}

Logo:

A_I+A_{II}=frac{1}{3}cdot x^2sqrt{3}=frac{1}{3}cdot T

 

Logo, por simetria, todas as áreas mais avermelhadas que pertencem aos triângulos possuem área igual a 1/3 T.

 

Desta forma, podemos descobrir a área total do pentágono pela soma:

áreas pertencentes aos triângulos:1/3 T + 1/3 T + 1/3 T  = T

áreas pertencentes aos quadrados: 1/4 Q + 1/4 Q = 1/2 Q

Soma total = área do pentágono = T + 1/2 Q.

A alternativa correta é a Letra E.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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