(FUVEST- 2022 - 1 fase)
A pandemia da COVID-19 acendeu o alerta sobre os impactos que a rápida disseminação de enfermidades produz em um mundo cada vez mais globalizado. Além disso, ressaltou a importância das pesquisas científicas na descoberta, tratamento e controle de doenças tropicais negligenciadas, muitas delas recorrentes em diferentes países do mundo. Os mapas a seguir indicam as taxas de incidência de doenças tropicais negligenciadas (total de casos por milhão de habitantes) e o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos respectivos países.
Fabrício Marques. “Uma agenda para as doenças esquecidas”. Revista Pesquisa FAPESP, abril/2021. Adaptado.
Em relação à incidência de doenças tropicais negligenciadas, é correto afirmar:
Na África, é maior nos países com os maiores PIB per capita, em especial na região subsaariana.
Na Ásia, é menor nos países com os menores PIB per capita, com destaque para Ásia Setentrional.
Na América do Sul, é menor nos países da América Platina, com os menores PIB per capita da região.
Na América do Norte, com elevado PIB per capita, a incidência é menor em comparação ao Oriente Médio.
Na Oceania, apesar do PIB per capita elevado, verifica-se alta incidência, com destaque para a Austrália.
Gabarito:
Na América do Norte, com elevado PIB per capita, a incidência é menor em comparação ao Oriente Médio.
a) Incorreta, pois, na África as doenças em questão são em maior número nos países com os menores PIB per capita, sendo o caso da região subsaariana.
b) Incorreta, pois, na Ásia essas doenças estão em maior número nos países com menores PIB per capta, com destaque para a Ásia meridional.
c) Incorreta, pois, na América do Sul tais doenças estão, sim, em menor número nos países da América Platina, contudo, esses países estão dentre os com maior PIB per capita da região.
d) Correta, pois, a América do Norte, com alto PIB per capita, possui uma incidência menor dessas doenças em comparação ao Oriente Médio, como podemos ver pela coloração mais escura o Oriente Médio, no primeiro mapa.
e) Incorreta, pois, na Austrália temos um alto PIB per capita e uma baixa incidência dessas doenças.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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