(FUVEST- 2022 - 1ª fase)
Considerando os elementos visuais e verbais da figura, é possível interpretar a fala da mulher como
sinal da sua insatisfação com o local escolhido para o encontro.
sentimento de inferioridade, por não possuir um telefone celular.
constatação de que relações pessoais acarretam exclusão das redes sociais.
resposta aos apelos pela troca equitativa de informações.
expressão sarcástica em protesto pela ausência de interlocução.
Gabarito:
expressão sarcástica em protesto pela ausência de interlocução.
a. INCORRETA, uma vez que a mulher não demonstra insatisfação com o local em sua fala, isso sequer é mencionado.
b. INCORRETA, tendo em vista que não é possível saber, a partir dos elementos disponíveis, se a mulher possui ou não um telefone celular, o que já elimina essa alternativa.
c. INCORRETA, dado que é exatamente o oposto, a mulher está sendo sarcástica pois está tentando desenvolver uma relação pessoal mas o homem continua ligado no celular, nem olhando para ela.
d. INCORRETA, visto que não há uma troca equitativa de informações, o homem não está nem olhando para ela enquanto ela fala.
e. CORRETA, pois a mulher está claramente sendo sarcástica em sua colocação, que pode ser traduzida como “Você se importa se eu colar seu celular na minha testa para que eu possa fingir que você está olhando para mim enquanto eu falo?”. Além disso, sua posição corporal, de braços cruzados, também indica insatisfação com o monólogo.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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