Questão 69281

(FUVEST - 2022 - 1ª fase)

Se vamos à essência da nossa formação, veremos que na realidade nos constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais tarde ouro e diamantes; depois, algodão, e em seguida café, para o comércio europeu.

Caio Prado Jr. Formação do Brasil Contemporâneo. São  aulo: Companhia das Letras, 2011, p. 29.

Sobre o sentido da colonização do Brasil, é correto afirmar:

A

Permitiu o desenvolvimento de um extenso parque industrial. 

B

Caracterizou-se pela forte presença da mão de obra assalariada. 

C

Esteve voltado, principalmente, para o mercado externo. 

D

Baseou-se na produção de manufaturas têxteis ou alimentares. 

E

Garantiu a expansão da pequena propriedade agrícola. 

Gabarito:

Esteve voltado, principalmente, para o mercado externo. 



Resolução:

a) Permitiu o desenvolvimento de um extenso parque industrial. 

Incorreto. Não houve um desenvolvimento de um extenso parque industrial ao longo do Brasil colônia. O Brasil faz parte do grupo de países que realizaram sua industrialização de forma tardia, no século XX, ou seja, bastante atrasada em relação aos pioneiros da industrialização, que iniciaram esse processo ainda no século XVIII.

b) Caracterizou-se pela forte presença da mão de obra assalariada. 

Incorreto. Nesse contexto, havia forte presença de mão de obra escrava. 

c) Esteve voltado, principalmente, para o mercado externo.

Correta. Observe que o texto todo diz a respeito do fornecimento de mercadorias para o mercado externo, como citado no texto, o comércio europeu. 

d) Baseou-se na produção de manufaturas têxteis ou alimentares.

Incorreto. A produção de manufaturas têxteis no Brasil colônia não era algo predominante.  

e) Garantiu a expansão da pequena propriedade agrícola. 

Incorreto. Não houve essa garantia na colonização do Brasil.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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