Questão 78790

(FUVEST - 2023)

Considerando A= left {1,2,3,4 
ight } e B= left {1,2,3,4,5,6 
ight },

 

a) quantas funções f: A 
ightarrow A (não necessariamente sobrejetoras) existem?

b) quantas são as funções f: B 
ightarrow B que satisfazem f(f(n))=n, para todo n epsilon  B?

c) escolhendo aleatoriamente uma função f: B 
ightarrow B bijetora, qual é a probabilidade de f ter ao menos um ponto fixo?

 

Note e adote: Dizemos que n epsilon  B é um ponto fixo de f se f(n)=n.

Gabarito:

Resolução:

A)  Como temos de f: A 
ightarrow A , então:

DOMÍNIO CONTRADOMÍNIO
1 1
2 2
3 3
4 4

Podemos perceber que cada elemento do domínio pode ter 4 imagens como possibilidade, veja, por exemplo: 

(1,1); (1,2); (1,3); (1,4) Portanto, teremos: 

4.4.4.4 = 4^{4} = 256

Portanto, teremos 256 funções existentes. 

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B) Temos que f(f(n)) = n  para  todo  n varepsilon B

F(n) = n 
ightarrow f(m) = n

Vamos analisar as possivilidades: 

1ª Possibilidade: m = n  

f(n) = n 

(1,1); (2,2); (3,3); (4,4); (5,5); (6,6) - 1 função

2ª Possibilidade: 

Temos (1,4); (4,1); (2,3), (3,2), (5,6); (6,5) por exemplo

Podemos perceber que são combinações: 

frac{C(6,2) . C(4,2) . C(2,2)}{3!}

frac{15 . 6 . 1}{3!} = 15 funções. 

3ª Possibilidade: Podemos ter: (1,1), (2,2), (3,3), (4,4) (5,6) , (6,5) 

Temos o ponto fixo: (1,1), (2,2), (3,3), (4,4), o qual podemos demostrar como: 

C(6,4) 

E (5,6) , (6,5)  é uma combinação de 2,2

Portanto: 

C(6,4). C(2,2) = 15 . 1 = 15 funções

4ª Possibilidade: Podemos ter nessa possibilidade, por exemplo: (5,5); (6,6); (2,3); (3,2); (1,4); (4,1) 

(2,3); (3,2);Duplas de pares ordenados, então temos combinação de 4,2

(1,4); (4,1)  - Duplas de pares ordenados, então temos combinação de 2,2

(5,5); (6,6); - Temos aqui ponto fixo. então: Combinação de 6,2

C(6,2) = frac{6!}{2!4!} = 15

Portanto, temos: 

C(6,2) . frac{C(4,2).C(2,2)}{2!} = 15 . 3 = 45

Por fim temos que somando as possibilidades: 

1 + 15 + 15 + 45 = 76 funções 

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C) Podemos pensar em o que eu quero = Total - o que eu não quero 

  • O que eu quero: Ter ao menos um ponto fixo 
  • O que eu não quero: Não ter ponto ponto fixo

Podemos pensar na permutação caótica (a1, a2, a3 ... an ) é uma permutação caótica se ai é diferente de i, para i  1 maior e igual a 1  e menor e igual a n : 1 leq i leq n

Por exemplo: 

(1,2,3)  e (2,3,1) são caóticas, mas (1,3,2) não é, pois o número 1 ficou na mesma posição. 

Temos que: f: I_{n} 
ightarrow I_{n}  tal  que f(i) = a_{i} não possui pontos fixos. 

f(1) 
eq 1 \ \ f(2) 
eq 2

E assim sucessivamente. 

Com isso temos que o total de funções bijetoras será: 

O número:

1 tem 6 possibilidades

2 tem 5 possibilidades 

3 tem 4 possibilidades 

4 tem 3 possibilidades 

5 tem 2 possibilidades 

6 tem 1  possibilidades 

Total = 6.5.4.3.2.1 = 720 funções 

Mas eu não quero que tenha pontos fixos, então: 

Permutação caótica - Desarranjo (f(i) é diferente de ai) 

D_{n} = n! . [frac{1}{0!} - frac{1}{1!}+ frac{1}{2!} - ... + frac{(-1)^{n}}{n!}]

D_{6} = 6! . [frac{1}{0!} - frac{1}{1!}+ frac{1}{2!} - frac{1}{3!} + frac{1}{4!} - frac{1}{5!} + frac{1}{6!}]

D_{6} = 720. [ frac{1}{2} - frac{1}{6} + frac{1}{24} - frac{1}{120} + frac{1}{720}] = 265

Portanto, temos 265 funções que não possuem pontos fixos 

O que eu quero: A função possuir ao menor um ponto fixo: 

720 - 265 = 455

Portanto: 

P = frac{Casos  favoraveis}{casos possiveis} = frac{455}{720 } = frac{91}{44}

 



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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