(FUVEST - 2023)
Considere a peça publicitária para responder à questão:
https://plugcitarios.com/blog/2013/08/04/15-anuncios-do-greenpeace-que-deveriam-mudar-o-mundo/. Adaptado.
a) Explique como imagem e texto reforçam a relação entre passado e futuro expressa na peça publicitária.
b) Tomando como referência o pronome possessivo “suas”, em que consiste a ambiguidade do texto publicitário?
Gabarito:
Resolução:
A) A árvore frondosa, formada por raízes muito profundas e ramificadas, indica o valor do tempo passado na constituição de uma planta sólida e forte, já que a raiz, que dá sustentação à árvore, se desenvolve ao longo de anos, permitindo que a planta se mantenha viva no futuro. Articulando-se a imagem ao texto da propaganda, em que se chama a atenção do leitor para a preservação das raízes, conclui-se que o Greenpeace, autor do anúncio, pretende divulgar a ideia do cuidado que se deve ter com a natureza em razão dessa força que ela possui. Alia-se a isso a referência, no texto, as raízes do próprio leitor, ao se afirmar que “elas são seu passado e sua única esperança de futuro”, o que significa dizer que a preservação das raízes, constituídas no passado, tanto da natureza quanto dos seres humanos, é o que garante a existência de ambos ao longo do tempo.
B) No trecho “Preserve suas raízes”, há ambiguidade no uso do pronome “suas”, que se refere tanto às raízes da árvore quanto às raízes do leitor. O que se pretende mostrar, no texto publicitário, é que o leitor deve preservar a espécie humana e a natureza (fazendo referência às raízes dos dois), sugerindo que ambos dependem um do outro para sobreviver.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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