(FUVEST - 2023)
Em 4 de março de 1513, o espanhol Juan Ponce de León saiu da ilha de Porto Rico com três navios e cerca de 200 homens para explorar o Norte. No dia 2 de abril, quase um mês mais tarde, ele conquistou um novo território: a Flórida. Ficou lá por cinco dias e depois recomeçou a expedição, agora indo na direção Sul. Mas dessa vez o movimento foi diferente. Havia uma corrente nas águas do mar tão forte que, mesmo com vento a favor, os navios eram empurrados para trás – o San Cristóbal, o menor dos três, chegou a se perder dos outros por dois dias. Ponce de León e seus marinheiros não sabiam, mas estavam bem no meio da Corrente Marítima do Golfo – que é especialmente forte entre a Flórida e as Bahamas, onde eles estavam. Com o tempo, os navegadores espanhóis aprenderam a usar aquilo a seu favor: a corrente dava um belo empurrão na volta das expedições, permitindo retornar à Europa mais depressa.
Disponível em https://super.abril.com.br/sociedade/. Adaptado. Baseado no texto e em seus conhecimentos, responda:
a) Tendo Flórida e Europa como referência, indique para qual sentido a corrente marítima do Golfo levava os navios.
b) Indique duas razões por que essa corrente oceânica, em seu local de origem, é quente na superfície.
c) Cite e explique um efeito dessa corrente oceânica sobre o clima da Europa Setentrional.
Gabarito:
Resolução:
a) A Corrente do Golfo orientava os navios na direção Nordeste.
b) A origem da Corrente do Golfo está associada à regiões de baixa latitude, em que o aquecimento da superfície é constante o ano todo. Além disso, a reduzida profundida do oceano na região permite um aumento da temperatura da água superficial.
c) A direção da Corrente do Golfo atinge a costa oeste da Europa, possibilitando temperaturas mais quentes da água, que atua de forma a regular a temperatura da atmosfera na Europa Sentrional. Caso a Corrente do Golfo não existisse, o clima europeu seria ainda mais frio.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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