(FUVEST - 2023)
Sobre o movimento cultural denominado Tropicália que se desenvolveu nos anos 1960 associado à era dos Festivais, responda:
a) Cite o nome de um(a) artista ou de uma canção identificada com o movimento.
b) Aponte duas características do movimento.
c) Indique uma diferença da Tropicália em relação às denominadas canções de protesto e outro em relação à Jovem Guarda.
Gabarito:
Resolução:
a) Cite o nome de um(a) artista ou de uma canção identificada com o movimento.
Artistas: Rita Lee, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Os mutantes; Tom Zé, Gal Costa, Nara Leão, Torquato Neto.
Músicas: "É proibido proibir"; "Aquele abraço"; "Domingo no parque"; "Alegria, alegria"; "Baby"
b) Aponte duas características do movimento.
Características do movimento: rompimento com os padrões estéticos; mescla de diferentes estilos artísticos e musicais; ligados ao movimento de contracultura; estética que se aproximavam no movimento hippie, com longos cabelos e roupas coloridas; críticas ácidas aos valores tradicionais burgueses; uso de guitarras elétricas em conjunção com instrumentos afro-brasileiros;
c) Indique uma diferença da Tropicália em relação às denominadas canções de protesto e outro em relação à Jovem Guarda.
As canções de protesto utilizavam muito os jogos de palavras e acabaram caindo numa repetição de fórmulas musicais e poéticas, enquanto o tropicalismo surge fazendo as críticas que queriam fazer ao regime mas utilizando de influências artísticas e musicais completamente diferentes e novas . E, quanto à Jovem Guarda, esse movimento se voltava mais para o entretenimento e o mercado do que para o nacionalismo ou engajamento político, como a Tropicalia e as canções de protesto.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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