Questão 77047

(FUVEST- 2023 - 1ª fase)

 

“E desse modo os respectivos Lordes Espirituais, Temporais e Membros da Câmara dos Comuns (...) declaram:

Que o pretenso poder de suspender as leis ou executar as leis por autoridade real sem consentimento do Parlamento é ilegal;

(...)

Que a criação ou manutenção de um exército permanente no reino em tempos de paz, a menos que com o consentimento do Parlamento, é ilegal”.

 

Traduzido de English Bill of Rights, 1689. Disponível em https://avalon.law.yale.edu/.

 

Considerando o texto da lei e o contexto político da Inglaterra ao fim do processo revolucionário no século XVII, é correto afirmar que a Declaração de Direitos de 1689

A

suprime todas as prerrogativas do Parlamento.

B

dispensa o aval parlamentar para mudar a legislação.

C

impõe limites ao poder monárquico.

D

impossibilita a criação de um exército.

E

estabelece um regime republicano.

Gabarito:

impõe limites ao poder monárquico.



Resolução:

a) suprime todas as prerrogativas do Parlamento.

Incorreto. O texto apresenta que o consentimento do Parlamento para as decisões é fundamental e obrigatória.

b) dispensa o aval parlamentar para mudar a legislação.

Incorreto. Novamente, o aval do parlamento para as mudanças de legislação é fundamental, de acordo com o texto.

c) impõe limites ao poder monárquico.

Correto. A Declaração de Direitos de 1689 impõe limites ao poder monárquico, dando mais poder ao Parlamento ao tornar necessário a aprovação das ações do monarca e execução de leis a partir do Parlamento.

d) impossibilita a criação de um exército.

Incorreto. É permitido que se crie exércitos permanentes no reino, desde que tenham o consentimento do Parlamento.

e) estabelece um regime republicano.

Incorreto. Na verdade, estabelece o regime parlamentar, no qual o poder do monarca foi limitado e o Parlamento desempenhou um papel central na tomada de decisões e no controle do governo.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

Ver questão

Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

Ver questão

Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

Ver questão

Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

Ver questão