(FUVEST- 2023 - 1ª fase)
Com base na peça publicitária da Anistia Internacional, é correto afirmar que
a correlação verbo-visual, reforçada pela polissemia do verbo “desligar”, contrapõe quem vive e quem observa a guerra.
os pronomes “você” e “eles” indicam compatibilidade ideológica entre grupos de regiões diferentes.
a linguagem visual impede a conscientização acerca das realidades das zonas de guerra.
a omissão do verbo no segundo período do texto coloca o leitor como participante da guerra.
os recursos visuais possuem independência da expressão linguística na interpretação da publicidade.
Gabarito:
a correlação verbo-visual, reforçada pela polissemia do verbo “desligar”, contrapõe quem vive e quem observa a guerra.
a) Alternativa correta. A propaganda faz referência às notícias que chegam em outros lugares, gerando um senso de empatia pelas pessoas que estão vivendo em lugares com situações de conflito — nós podemos desligar as notícias, mas eles não podem, já que, para eles, trata-se da realidade.
b) Alternativa incorreta. Não há indicação de compatibilidade ideológica, mas sim de diferenciação entre comunidades de regiões diferentes.
c) Alternativa incorreta. A linguagem visual visa essa conscientização, além de demonstrar um estereótipo daquilo que é transmitido nas televisões.
d) Alternativa incorreta. Não há esse posicionamento do leitor como participante da guerra, já que os participantes da guerra são eles.
e) Alternativa incorreta. Os recursos visuais remetem a uma família assistindo à televisão, o que só faz sentido a partir da leitura do texto, com o verbo desligar.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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