Questão 77077

(FUVEST- 2023 - 1ª fase)

 

 

Com base na peça publicitária da Anistia Internacional, é correto afirmar que

A

a correlação verbo-visual, reforçada pela polissemia do verbo “desligar”, contrapõe quem vive e quem observa a guerra.

B

os pronomes “você” e “eles” indicam compatibilidade ideológica entre grupos de regiões diferentes.

C

a linguagem visual impede a conscientização acerca das realidades das zonas de guerra.

D

a omissão do verbo no segundo período do texto coloca o leitor como participante da guerra.

E

os recursos visuais possuem independência da expressão linguística na interpretação da publicidade.

Gabarito:

a correlação verbo-visual, reforçada pela polissemia do verbo “desligar”, contrapõe quem vive e quem observa a guerra.



Resolução:

a) Alternativa correta. A propaganda faz referência às notícias que chegam em outros lugares, gerando um senso de empatia pelas pessoas que estão vivendo em lugares com situações de conflito — nós podemos desligar as notícias, mas eles não podem, já que, para eles, trata-se da realidade.

b) Alternativa incorreta​​​​​​​. Não há indicação de compatibilidade ideológica, mas sim de diferenciação entre comunidades de regiões diferentes.

c) Alternativa incorreta​​​​​​​. A linguagem visual visa essa conscientização, além de demonstrar um estereótipo daquilo que é transmitido nas televisões.

d) Alternativa incorreta​​​​​​​. Não há esse posicionamento do leitor como participante da guerra, já que os participantes da guerra são eles.

e) Alternativa incorreta​​​​​​​. Os recursos visuais remetem a uma família assistindo à televisão, o que só faz sentido a partir da leitura do texto, com o verbo ​​​​​​​desligar.



Questão 1779

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado

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Questão 1780

(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)

Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:

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Questão 1794

(Fuvest 2016)

Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:

Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...

Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:

Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...

E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.

Jorge Amado, Capitães da Areia.

1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.

Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento

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Questão 1804

(Fuvest 2012)

Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo. 

Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:

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