(FUVEST- 2023 - 1ª fase)
Recentemente a região do Sahel, na África, vivenciou golpes de Estado em quatro países: Sudão, Mali, Chade e Burkina Faso. Podem ser indicadas como causas da instabilidade política na região:
Atuação de potências estrangeiras, resquícios da colonização e alto desenvolvimento tecnológico.
Abundância de recursos naturais, atuação de movimentos separatistas e desigualdade socioeconômica.
Escassez de recursos naturais, alto desenvolvimento tecnológico e diversidade étnica.
Desigualdade socioeconômica, diversidade étnica e elevada produção agrícola.
Escassez de recursos naturais, diversidade étnica e resquícios da colonização.
Gabarito:
Escassez de recursos naturais, diversidade étnica e resquícios da colonização.
(A) Incorreta. Os conflitos dos países citados envolvem, principalmente, disputas internas que são resquícios da colonização, mas que não tem, atualmente, uma influência direta de potências externas. Além disso, os países citados são predominantemente rurais e não possuem alto desenvolvimento tecnológico.
(B) Incorreta. A região do Sahel, onde se localizam os países citados, possui clima semi-árido, o que inviabiliza a agricultura durante boa parte do ano. Sendo assim, não há abundância de recursos naturais.
(C) Incorreta. O Sahel é uma das regiões com os menores IDHs do mundo, portanto, não há um grande desenvolvimento tecnológico.
(D) Incorreta. A produção agrícola da região é insuficiente para atender a demanda interna, tendo em vista que o Sahel possui um clima semi-árido. Ao contrário do Saara, a região do Sahel não é desértica, tendo meses de precipitação, porém, numa quantidade insuficiente para atender às demandas da população.
(E) Correta. Existem fatores naturais que dificultam o aumento dos índices de desenvolvimento humano do Sahel, porém, o papel da colonização europeia não deve ser ignorado, tendo em vista que esse período ainda tem um legado forte na instabilidade política da região.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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