(FUVEST - 2024)
Ao tratar do drama da personagem de Tomás Antonio Gonzaga, o narrador de O romanceiro da Inconfidência descreve-o do seguinte modo:
“Tanto impou de namorado! | |
E agora, quando se mira | |
vê-se um mísero coitado... | |
(como lá diz numa lira...) | |
- Se nas águas se mirasse, | |
veria ralo o cabelo | |
- Um par de esporas, somente. | |
E murcha e pálida, a face. | |
- Falta-lhe aquele desvelo | |
da sua pastora terna... | |
- Deveria socorrê-lo.. | |
-... a quem dará glória eterna!... – | |
Ai, que ricos libertinos! | |
Tudo era Inglaterra e França, | |
e, em redor, versos latinos... | |
- lá se lhes foi a esperança! | |
- Mas segue com seus embargos. | |
(Quem porfia, sempre alcança...) | |
- Os argumentos são largos. | |
- Que tem luzes, ninguém nega, | |
- Mas são coisas da Fortuna, | |
que bem se sabe ser cega... | |
- Não lhe sendo a hora oportuna, | |
perder-se-á tudo que alega”. |
a) Quais aspectos do Arcadismo aparecem nessa caracterização?
b) Em que medida o poema de Cecília Meireles contradiz esses aspectos?
Gabarito:
Resolução:
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
Ver questão
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
Ver questão
(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
Ver questão
(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
Ver questão