(FUVEST - 2024)
Observe o mapa da expansão da cafeicultura nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro nos séculos XIX e XX.
Sobre o papel da cafeicultura na dinâmica territorial dessas áreas, é correto afirmar:
Iniciada no Vale do Paraíba do Sul, entre São Paulo e Rio de Janeiro, na década de 1830, a cafeicultura teve pouco êxito nessa região pelas dificuldades de cultivo, em função do clima frio e da escassez de trabalho escravizado.
A expansão da produção cafeeira no estado de São Paulo se deu em direção à zona oriental do estado, na década de 1850, em decorrência da infraestrutura de transporte existente na região e da presença de trabalho assalariado.
O início da cafeicultura no estado de São Paulo se deu na região oeste, na década de 1930, em decorrência da expansão da produção no norte do Paraná, com expansão para o oeste paulista, aproveitando-se da qualidade do solo.
A produção cafeeira, nos séculos XIX e XX, concentrava-se nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, com a introdução de novas variedades altamente produtivas e resistentes ao clima frio dessas regiões.
Expandindo-se na direção oeste do território paulista, a produção cafeeira impulsionou, nos séculos XIX e XX, a estruturação econômica do estado de São Paulo, impactando o desenvolvimento da malha ferroviária e portuária.
Gabarito:
Expandindo-se na direção oeste do território paulista, a produção cafeeira impulsionou, nos séculos XIX e XX, a estruturação econômica do estado de São Paulo, impactando o desenvolvimento da malha ferroviária e portuária.
(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
No contexto do cartum, a presença de numerosos animais de estimação permite que o juízo emitido pela personagem seja considerado
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(FUVEST - 2016 - 1ª FASE)
Para obter o efeito de humor presente no cartum, o autor se vale, entre outros, do seguinte recurso:
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(Fuvest 2016)
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma vingança contra a cidade dos ricos. Mas os ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de vacinas? Era um pobre deus das florestas d’África. Um deus dos negros pobres. Que podia saber de vacinas? Então a bexiga desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga de negra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria com o alastrim marcar seus filhinhos negros. O lazareto é que os matava. Mas as macumbas pediam que ele levasse a bexiga da cidade, levasse para os ricos latifundiários do sertão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
Ele é mesmo nosso pai
e é quem pode nos ajudar...
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos negros não o esqueçam avisa no seu cântico de despedida:
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia.
1lazareto: estabelecimento para isolamento sanitário de pessoas atingidas por determinadas doenças.
Costuma-se reconhecer que Capitães da Areia pertence ao assim chamado “romance de 1930”, que registra importantes transformações pelas quais passava o Modernismo no Brasil, à medida que esse movimento se expandia e diversificava. No excerto, considerado no contexto do livro de que faz parte, constitui marca desse pertencimento
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(Fuvest 2012)
Como não expressa visão populista nem elitista, o livro não idealiza os pobres e rústicos, isto é, não oculta o dano causado pela privação, nem os representa como seres desprovidos de vida interior; ao contrário, o livro trata de realçar, na mente dos desvalidos, o enlace estreito e dramático de limitação intelectual e esforço reflexivo.
Essas afirmações aplicam-se ao modo como, na obra:
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