(UFU - 2007)
Heráclito de Éfeso viveu entre os séculos VI e V a. C. e sua doutrina, apesar de criticada pela filosofia clássica, foi resgatada por Hegel, que recuperou sua importante contribuição para a Dialética. Os dois fragmentos a seguir nos apresentam este pensamento.
- “Este mundo, igual para todos, nenhum dos deuses e nenhum dos homens o fez; sempre foi, é e será um fogo eternamente vivo, acendendo-se e apagando-se conforme a medida.” (fragmento 30).
- “Para as almas, morrer é transformar-se em água; para a água, morrer é transformar-se em terra. Da terra, contudo, forma-se a água, e da água a alma.” (fragmento 36).
De acordo com o pensamento de Heráclito, marque a alternativa incorreta.
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(Uel 2007) Leia o texto a seguir:
“A comunidade constituída a partir de vários povoados é a cidade definitiva, após atingir o ponto de uma autossuficiência praticamente completa; assim, ao mesmo tempo que já tem condições para assegurar a vida de seus membros, ela passa a existir também para lhes proporcionar uma vida melhor. Toda cidade, portanto, existe naturalmente, da mesma forma que as primeiras comunidades; aquela é o estágio final destas, pois a natureza de uma coisa é o seu estágio final, porquanto o que cada coisa é quando o seu crescimento se completa nós chamamos de natureza de cada coisa, quer falemos de um homem, de um cavalo ou de uma família. Mais ainda: o objetivo para o qual cada coisa foi criada - sua finalidade - é o que há de melhor para ela, e a autossuficiência é uma finalidade e o que há de melhor.”
ARISTÓTELES. Política. Tradução de Mário da Gama Kury. 2ª ed. Brasília: UnB, 1988, p.15.
Com base na citação acima e em seus conhecimentos sobre a concepção de Estado e sociedade em Aristóteles, considere as afirmativas a seguir:
Estão corretas apenas as afirmativas:
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(Uel 2007) Em A República, Platão analisa cinco formas de governo a fim de determinar qual delas é a melhor e mais justa, isto é, qual delas corresponde ao modelo de constituição idealizado por ele. Segundo Platão, o Estado é a imagem amplificada do homem justo. Considere o seguinte diálogo entre Sócrates e Adimanto, apresentado em A República, Livro VIII.
Sócrates – Sendo assim, diz: não é o desejo insaciável daquilo que a democracia considera o seu bem supremo que a perde?
Adimanto – E que bem é esse?
Sócrates – A liberdade. [...]
Adimanto – Sim, é isso o que se ouve muitas vezes.
Sócrates – O que eu ia dizer há pouco é: não é o desejo insaciável desse bem, e a indiferença por todo o resto, que muda este governo e o obriga a recorrer à tirania?
Adimanto – Como?
Sócrates – Quando um Estado democrático, sedento de liberdade, passa a ser dominado por maus chefes, que fazem com que ele se embriague com esse vinho puro para além de toda a decência, então, se os seus magistrados não se mostram inteiramente dóceis e não lhe concedem um alto grau de liberdade, ele castiga-os, acusando-os de serem criminosos e oligarcas. [...] E ridiculariza os que obedecem aos magistrados e trata-os de homens servis e sem valor. Por outro lado, louva e honra, em particular e em público, os governantes que parecem ser governados e os governados que parecem ser governantes. Não é inevitável que, num Estado assim, o espírito de liberdade se estenda a tudo?
Fonte: PLATÃO. A República. Tradução de Enrico Corvisieri. São Paulo: Nova Cultural, 1997, p. 280-281.
Com base no diálogo anterior e nos conhecimentos sobre as formas de governo analisadas por Platão, considere as seguintes afirmativas:
I. A democracia é a negação da justiça, pois ela rejeita o princípio da escolha de governantes pelo critério da capacidade específica.
II. A democracia é uma forma de governo que, ao dar livre curso aos desejos supérfluos e perniciosos dos indivíduos, se degenera em tirania.
III. A democracia é a mais bela forma de governo, pois privilegia a liberdade que é o mais belo de todos os bens.
IV. Na democracia, cada indivíduo assume a sua função própria dentro da polis.
Estão corretas apenas as afirmativas:
(Ufu 2007) O trecho seguinte, do diálogo platônico Górgias, refere-se ao modo de filosofar de Sócrates.
“Assim, Cálicles, desmanchas o nosso convênio e te desqualificas para investigar comigo a verdade, se externares algo contra tua maneira de pensar.”
PLATÃO. Górgias. Trad. de Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2002, p. 198, 495a.
Marque a alternativa que expressa corretamente o procedimento filosófico empregado por Sócrates.
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(UFU - 2007)
Sobre Tomás de Aquino, considere o seguinte trecho, extraído de uma conhecida História da Filosofia.
“O sistema tomista baseia-se na determinação rigorosa das relações entre a razão e a revelação. Ao homem, cujo fim último é Deus, o qual excede toda a compreensão da razão, não basta a investigação filosófica baseada na razão. Mesmo aquelas verdades que a razão pode alcançar sozinha, não é dado a todos alcançá-las, e não está livre de erros o caminho que a elas conduz. Foi, portanto, necessário que o homem fosse instruído convenientemente e com mais certeza pela revelação divina. Mas a revelação não anula nem torna inútil a razão: ‘a graça não elimina a natureza, antes a aperfeiçoa’. A razão natural subordina-se à fé tal como no campo prático as inclinações naturais se subordinam à caridade.”
ABBAGNANO, Nicola. História da Filosofia . Lisboa: Presença, 1978, p. 29-30, Vol. IV.
Com base no texto, é correto afirmar que Tomás de Aquino
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(Ufu 2007) Sobre a questão dos universais na Idade Média, considere o texto a seguir e marque a alternativa correta.
“Resume-se, frequentemente, a contribuição histórica de Guilherme de Ockham ao ‘nominalismo’. Sem ser falsa, esta visão é insuficiente. É incontestável que, para Guilherme de Ockham, existem apenas seres singulares e substâncias individuais ou qualidades particulares. Mas seu impacto repousa mais fundamentalmente num tipo de análise da linguagem da qual ele é ao mesmo tempo o teórico e um de seus praticantes mais finos.”
BIARD, Jöel. “Guilherme de Ockham”.In: LABRUNE, Monique & JAFFRO, Laurent (coord.). A construção da filosofia ocidental (Gradus Philosophicus). São Paulo: Mandarim, 1996, p. 166.
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(Ufu 2007) Considere a citação.
“[...] a sociologia enquanto disciplina desenvolvera-se no decurso da segunda metade do século XIX principalmente a partir da institucionalização e da transformação, dentro das universidades, do trabalho realizado pelas associações para a reforma da sociedade, cujo programa de ação se tinha ocupado primordialmente do mal-estar e dos desequilíbrios vividos pelo número incontável da população operária urbana.”
Fundação Calouste Gulbenkian. Para Abrir as Ciências Sociais. São Paulo: Editora Cortez, 1996, p. 35.
Com relação ao contexto histórico e intelectual da emergência da Sociologia como disciplina científica, assinale a alternativa correta.
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(Uel 2007) A desigualdade é um problema histórico que se manifesta em diversos aspectos da estrutura social brasileira. Analise o gráfico a seguir sobre o rendimento médio real mensal dos negros e não negros nas Regiões Metropolitanas e Distrito Federal – Biênio 2004/2005.
De acordo com os dados sobre as diferenças entre o rendimento médio de negros e não negros nas regiões metropolitanas do Brasil, assinale a alternativa correta:
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(Uel 2007) O quadro abaixo, criado pelo italiano Giuseppe Pellizza, é uma expressiva representação da emergência dos movimentos sociais no final do século XIX, ao mostrar uma multidão de trabalhadores que, determinadamente, avança para reivindicar seus direitos. Esse fenômeno de desenvolvimento das organizações coletivas, como o movimento sindical e os partidos políticos, teve início na Europa e Estados Unidos do século XIX, espalhando-se por todo o mundo ocidental.
Qual das afirmativas abaixo corresponde às condições sociais daquele período?
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(Ufsm 2007)
A ilustração refere-se à decisão ministerial de Rui Barbosa, em dezembro de 1890, de queimar documentos relativos à escravidão. Apesar desse ato, que procurou eliminar as evidências históricas da escravidão, o passado pode ser resgatado. Analise as afirmativas propostas.
I. Na busca de melhores condições de existência ou da própria liberdade, os escravos, além de lutarem abertamente contra o sistema escravista (em fugas, revoltas), também agiam no interior dele, recorrendo a irmandades e, inclusive, à justiça.
II. A brecha camponesa, além de ter a função econômica de aliviar o proprietário do custo da subsistência de seu escravo, também servia como mecanismo de controle da ordem, pois, a ilusão de propriedade, muitas vezes, prendia o cativo à fazenda e a seu senhor.
III. O Levante dos Malês foi um importante movimento de resistência escrava no Brasil da 1a metade do século dezenove e teve como protagonistas, majoritariamente, escravos e libertos africanos, muitos deles islâmicos.
Está(ão) correta(s)
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