(UNICAMP - 2007) Em 26 de outubro de 2006, um jornal de S.Paulo veiculou a seguinte propaganda:
“Se no Brasil ninguém paga caro por mentir, por que você vai pagar caro pela verdade? Assine o Jornal X a partir de R$ XX,XX.” |
a) A propaganda explora dois sentidos de “pagar caro”. Quais?
b) A propaganda procura construir certas imagens para o jornal. Quais?
c) Para construir essas imagens, a propaganda torna natural uma imagem estereotipada do Brasil. Comente a importância da construção sintática “se (....), por que (...)” e do pronome “ninguém’ nesse processo.
Ver questão
(UNICAMP - 2007) O trecho abaixo (texto 1), extraído de um artigo publicado no caderno “VIDA&” do Estado de S.Paulo, de 18 de agosto de 2006, aborda uma questão polêmica relacionada à ética médica. Esse artigo inclui dois excertos: um do Código de Ética Médica (texto 2) e uma Resolução do Conselho Federal de Medicina (texto 3).
Texto 1 “(...) médicos de todo o País distribuem aos pacientes cupons que dão descontos na compra de produtos farmacêuticos. Os cupons são feitos pelos próprios laboratórios. A (empresa X), por exemplo, distribui cupons que dão 80% de desconto na compra de uma loção cicatrizante. A (empresa Y) criou um cartão de fidelidade que garante descontos de até 50% na compra de medicamentos para doenças crônicas, como diabete e asma. Os dois laboratórios firmaram convênios com diversas farmácias no Brasil. (...) O cupom da empresa X, por exemplo, não tem valor sem o carimbo, a assinatura e o registro do médico no Conselho de Medicina. No caso da empresa Y, o cartão definitivo só é dado depois que o médico fornece ao cliente um provisório. (...) |
O que dizem as normas • (Texto 2) Código de Ética Médica: O artigo 98 afirma que é vedado ao médico “exercer a profissão com interação ou dependência de farmácia, laboratório ou qualquer organização destinada à fabricação, manipulação ou comercialização de produtos de prescrição médica de qualquer natureza (...)”. |
• (Texto 3) Resolução 1595 do Conselho Federal de Medicina: Considerando que “o trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivo de lucro”, o CFM proíbe “a vinculação da prescrição médica ao recebimento de vantagens materiais oferecidas por agentes econômicos interessados na (...) comercialização de produtos farmacêuticos ou equipamentos de uso na área médica”. |
a) As posições expressas nos textos 2 e 3 são semelhantes? Responda sim ou não e justifique.
b) A situação descrita no texto 1 fere as normas apresentadas nos textos 2 e 3? Responda sim ou não e justifique.
Ver questão
(UNICAMP - 2007) O trecho abaixo foi extraído de Iracema. Ele reproduz a reação e as últimas palavras de Batuiretê antes de morrer:
“O velho soabriu as pesadas pálpebras, e passou do neto ao estrangeiro um olhar baço. Depois o peito arquejou e os lábios murmuraram: — Tupã quis que estes olhos vissem antes de se apagarem, o gavião branco junto da narceja. O abaeté derrubou a fronte aos peitos, e não falou mais, nem mais se moveu.” |
(José de Alencar, Iracema: lenda do Ceará. Rio de Janeiro: MEC/INL, 1965, p. 171-172.)
a) Quem é Batuiretê?
b) Identifique os personagens a quem ele se dirige e indique os papéis que desempenham no romance.
c) Explique o sentido da metáfora empregada por Batuiretê em sua fala.
Ver questão
(UNICAMP - 2007) Leia a passagem abaixo de Dom Casmurro:
“Se eu não olhasse para Ezequiel, é provável que não estivesse aqui escrevendo este livro, porque o meu primeiro ímpeto foi correr ao café e bebê-lo. Cheguei a pegar na xícara, mas o pequeno beijava-me a mão, como de costume, e a vista dele, como o gesto, deu-me outro impulso que me custa dizer aqui; mas vá lá, diga-se tudo. Chamem-me embora assassino; não serei eu que os desdiga ou contradiga; o meu segundo impulso foi criminoso. Inclinei-me e perguntei a Ezequiel se já tomara café.” |
(Machado de Assis, Dom Casmurro, em Obra Completa. Vol 1. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1979, p.936.)
a) Explique o “primeiro ímpeto” mencionado pelo narrador.
b) Por que o narrador admite que seu “segundo impulso” foi criminoso?
c) O episódio da xícara de café está diretamente relacionado com a redação do livro de memórias de Bento Santiago. Por quê?
(UNICAMP - 2007) O poema abaixo pertence ao livro A rosa do povo (1945):
Cidade prevista
|
(Carlos Drummond de Andrade, A rosa do povo, em Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992, p.158-159.)
a) A quem se dirige o eu lírico e com que finalidade?
b) A que “cidade” se refere o título do poema e como ela é representada?
c) Que características centrais de A Rosa do Povo se encontram nesse poema?
(UNICAMP - 2007) Leia a seguinte passagem de “A hora e a vez de Augusto Matraga”:
“O casal de pretos, que moravam junto com ele, era quem mandava e desmandava na casa, não trabalhando um nada e vivendo no estadão. Mas, ele, tinham-no visto mourejar até dentro da noite de Deus, quando havia luar claro. Nos domingos, tinha o seu gosto de tomar descanso: batendo mato, o dia inteiro, sem sossego, sem espingarda nenhuma e nem nenhuma arma para caçar; e, de tardinha, fazendo parte com as velhas corocas que rezavam o terço ou os meses dos santos. Mas fugia às léguas de viola ou sanfona, ou de qualquer outra qualidade de música que escuma tristezas no coração.” |
(João Guimarães Rosa, “A hora e a vez de Augusto Matraga”, em Sagarana. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 1984, p.359.)
a) Identifique o casal que vive junto com o protagonista da narrativa.
b) Explique o comportamento do protagonista no trecho acima, confrontando-o com sua trajetória de vida.
c) O que há de contraditório no descanso dominical a que o narrador se refere?
(UNICAMP - 2007) Leia o diálogo abaixo, de Auto da Barca do Inferno:
DIABO
|
(Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno, em Antologia do Teatro de Gil Vicente. Org. Cleonice Berardinelli, Rio de Janeiro: Nova Fronteira/ Brasília: INL, 1984, p.89.)
a) Por que o cavaleiro chama a atenção do Diabo?
b) Onde e como morreram os dois Cavaleiros?
c) Por que os dois passam pelo Diabo sem se dirigir a ele?
(UNICAMP - 2007) Os versos abaixo pertencem a O guardador de rebanhos:
O que nós vemos das coisas são as coisas.
|
( Alberto Caeiro, O guardador de rebanhos, em Fernando Pessoa, Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983, p.151-152.)
a) Um dos principais recursos retóricos empregados na poesia de Alberto Caeiro é a tautologia. Identifique um exemplo desse recurso e explique como se relaciona com a visão de mundo de Alberto Caeiro.
b) Qual o sentido da metáfora empregada entre parênteses?
c) Explique o sentido do paradoxo presente no 3º. verso da 3ª. estrofe.
(UNICAMP - 2007) Na cantina do colégio, durante o almoço, foram servidos 10 tipos de alimentos e bebidas: 1 – arroz, 2 – feijão, 3 – bife, 4 – salada de alface, 5 – salada de tomate, 6 – purê de batata, 7 – sopa de ervilha, 8 – suco de pêssego, 9 – pudim de leite e 10 – chá de hortelã.
a) Na preparação de quais alimentos acima foram utilizados frutos ou sementes?
b) Dentre os frutos carnosos utilizados na preparação dos alimentos, um é classificado como drupa e outro como baga. Quais são eles? Que característica morfológica diferencia os dois tipos de frutos?
c) Indique o prato preparado à base de uma estrutura caulinar. Explique por que essa estrutura pode ser assim denominada.
Ver questão
(UNICAMP - 2007) A figura abaixo mostra uma situação jocosa referente à fragmentação de um invertebrado hipotético, em que cada um dos fragmentos deu origem a um indivíduo. Um exemplo real muito conhecido é o da fragmentação da estrela-do-mar, cujos fragmentos dão origem a outras estrelas-do-mar.
a) Tanto a figura quanto o caso da estrela-do-mar se referem à reprodução assexuada. Explique em que a reprodução assexuada difere da sexuada.
b) Dê uma vantagem e uma desvantagem da reprodução assexuada em relação à sexuada. Justifique.
c) Os invertebrados podem apresentar outros tipos de reprodução assexuada. Indique um desses tipos e dê um exemplo de um grupo de invertebrados em que ele ocorre.
Ver questão