FUVEST 2013

Questão 24227

Se alguém disser que a todo pecador penitente, que recebeu a graça da justificação, é de tal modo perdoada a ofensa e desfeita e abolida a obrigação à pena eterna, que não lhe fica obrigação alguma de pena temporal a pagar, seja neste mundo ou no outro, purgatório, antes que lhe possam ser abertas as portas para o reino dos céus – seja excomungado.  
Concílio de Trento. Sessão VI. Cânon XXX. Salvação. 13 de janeiro de 1547.  


Em meio às disputas religiosas ocorridas no século XVI, o texto expressa 

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Questão 24228

No engenho, pregava Antônio Vieira aos escravos, ‗sois imitadores de Cristo crucificado [...], porque padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo Senhor padeceu na sua cruz, e em toda a sua paixão [...] Cristo despido e vós despido: Cristo sem comer e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que se for acompanhada de paciência, também terá merecimento de martírio  

 
VAINFAS, Ronaldo. ―Deus contra Palmares: representações senhoriais e ideias jesuíticas‖ in: João José Reis & Flávio Gomes. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p.71. (Adaptado)  


Antônio Vieira nasceu em Portugal em 1608 e, ainda criança, mudou-se com a família para a Bahia. Na juventude entrou para a Companhia de Jesus, tornando-se um dos mais célebres divulgadores da fé católica. A atuação de Vieira expressa a   

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Questão 24229

Desafio o mais acalorado defensor da reconciliação a apresentar uma única vantagem que este continente possa colher da sua ligação à Grã-Bretanha. Repito e desafio: não se tira disso uma só vantagem. O nosso trigo receberá o seu preço em qualquer mercado da Europa, e as nossas mercadorias importadas terão de ser pagas, compremo-las onde quer que queiramos. Os homens de espírito passivo encaram com certa leviandade as ofensas da Grã-Bretanha e são capazes de exclamar: 'vinde, vinde, seremos novamente amigos apesar de tudo'.  


PAINE, Thomas. Senso Comum. In. WEFFORT, Francisco Correia (org.) Os Pensadores. Jefferson, Federalistas, Paine, Tocqueville. São Paulo: Abril Cultural, 1979. (Adaptado)

 
Escrito em fevereiro de 1776 na Filadélfia, o panfleto Senso Comum revela 

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Questão 24230

No início dos trabalhos da Constituinte de 1823, Dom Pedro I proferiu o seguinte discurso: 'Todas as Constituições que, à maneira de 1791 e 1792, têm estabelecido suas bases, e se têm querido organizar, a experiência nos tem mostrado que são totalmente teóricas e metafísicas e, por isso, inexequíveis: assim o prova a França, a Espanha e, ultimamente, Portugal. Elas não têm feito, como deviam, a felicidade geral, mas sim, depois de uma licenciosa liberdade, vemos que em uns países já aparece o despotismo, como consequência necessária de ficarem os povos reduzidos à triste situação de presenciarem e sofrerem todos os horrores da anarquia'.  


HOLANDA, Sérgio Buarque de. (dir.). História Geral da Civilização brasileira. O Brasil Monárquico. Tomo II. Volume 3 [9ª. Edição]. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. p. 209 (Adaptado).  


Ao se dirigir aos parlamentares da constituinte de 1823, Dom Pedro I se remete ao contexto político europeu do final do século XVIII e primeiras décadas do século XIX, demonstrando  

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Questão 24231

O eterno pesadelo de nossos homens do campo deixará de lhes fatigar, devolvendo a segurança para o trabalho e a esperança alentadora de que o fruto de seus negócios não será a presa do selvagem. São muitos os que levam seus gados a terras ocupadas antes pelos índios ou incessantemente atravessadas pelas invasões desoladoras. As novas terras conquistadas para a civilização se transformarão em campo de cria onde a custo relativamente baixo se multiplicará nosso gado.  


ALSINA, Adolfo. Servicio Histórico del Ejército (1876) apud PASSETTI, Gabriel. Indígenas e Criollos: política, guerra e traição nas lutas no sul da Argentina (1852-1885). São Paulo: Alameda, 2012. (Adaptado)  


O texto trata de um dos aspectos da construção da nação na Argentina na segunda metade do século XIX. O pronunciamento do ministro da guerra e da marinha, Adolfo Alsina, está relacionado  

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Questão 24232

A invenção cabocla da ―Cidade Santa‖ dava um novo sentido ao que eles chamavam de ―Monarquia‖. Não era um regime saudosista de restauração dos Bragança, mas uma ―Lei do Céu‖, um regime político sem rei que abria o caminho para diferentes chefias sertanejas. Os sertanejos declamavam os versos de José Maria: ―Quem tem, mói; quem não tem, também mói; e no fim todos ficam iguais!‖. Moer era a forma de pilar o milho ou a mandioca, isto é, os que tinham algum recurso e os que nada tinham viveriam como iguais. Todos deviam trabalhar pela sobrevivência e em defesa da comunidade.  


MACHADO, Paulo Pinheiro. Tragédia anunciada. Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 7. Edição n. 85. Outubro 2012. p.22. (Adaptado)   


O trecho selecionado refere-se ao movimento do Contestado, ocorrido entre 1912 e 1916, na região fronteiriça entre Santa Catarina e Paraná. Tal movimento era   

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Questão 24233

A criação do Museu Imperial em 1940, sob a tutela do governo de Getúlio Vargas, não foi um acidente. No momento de sua inauguração, em 1943, o museu teve seu valor consagrado pelo público e por um interesse político que visava ao fortalecimento de determinado conceito de nação. No Museu Imperial, a questão da pátria não aparece vinculada a batalhas, delimitações de fronteiras, mas sim ao pulso forte, íntegro e centralizador de um chefe de Estado que'soube cumprir bem alto a sua missão no serviço da pátria'  

SANTOS, Miriam Sepúlveda dos. Museu imperial: a construção do Império pela República. IN: ABREU, Regina & CHAGAS, Mário (orgs.). Memória e Patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: Lamparina, 2009, pp.130-131.(Adaptado)  


As narrativas históricas reconstroem o passado de diversas maneiras, cabendo aos museus uma singularidade fundamental, a saber, a de constituir ―provas‖ materiais dessas histórias.   


A partir dessas considerações, a criação do Museu Imperial representava 

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Questão 24234

Em 1997 o governo chinês demandou a reintegração de Hong-Kong a seu país. Diante das hesitações de Margareth Thatcher, tentando dilatar a decisão, Deng  Xiao  Ping lhe disse que recuperariam pela força o território, o que foi suficiente para que a suposta Dama de Ferro devolvesse docilmente Hong-Kong à China.  


Disponível em: . Acesso: 9 abr. 2013. (Adaptado).

 
A ilha de Hong Kong permaneceu sob domínio britânico de 1842 a 1997. As negociações entre Margareth Thatcher e Deng Xiao  Ping relacionam-se  

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Questão 24235

A catalã Montserrat Llopart Treviño, 59 anos, diz que este é um momento histórico. Embora seu idioma materno seja o catalão, Llopart foi alfabetizada em castelhano. Filha de um soldado que combateu na guerra civil espanhola pelo lado dos republicanos, desde pequena ela tomou consciência do que historiadores chamam de "genocídio cultural".   


Disponível  em: . Acesso: 25 nov. 2012. (Adaptado)  


Agora há gerações que puderam estudar e que sentem as coisas de outro modo, diferentemente de nossos pais que, naturalmente, sentiam medo após 40 anos de franquismo.‖ (Mireia, advogada, 44 anos).  


Disponível em:  Acesso: 5 dez. 2012.  


As manifestações separatistas cresceram na Catalunha ao longo de 2012, em decorrência da profunda crise econômica enfrentada pela Espanha. Os textos acima apontam para uma identidade catalã que  

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Questão 24236

El significado de los garabatos 

Si solés dibujar flores en cuanto tenés oportunidad, o hacés cuadraditos superpuestos en cada conversación telefónica, podés enterarte de qué se tratan estos trazos. 

Marcela Milesi 

¿Sos de las personas que hacen dibujos mientras hablan por teléfono, esas que cualquier espacio en blanco es idóneo para comenzar a trazar líneas? Esos dibujos son considerados ―garabatos de adultos‖. Aquí, algunos de sus significados bajo la mirada de la grafología. Para poder analizar e interpretar estos garabatos, primero debemos abordar el significado de arquetipos. El concepto de arquetipo fue desarrollado por Carl G Jung (psicólogo y psiquiatra suizo) y, en términos generales, los arquetipos son estructuras inconscientes o moldes de energía psíquica que forman parte del inconsciente colectivo. Éstos son verdaderos núcleos de significación, es decir, que son patrones fundamentales de formación de los símbolos. El arquetipo, por lo tanto, representa esencialmente un contenido inconsciente. Un análisis e interpretación grafológico implica la identificación y evaluación de cada trazo que compone aquello que estemos analizando, en este caso, el  garabato de un adulto. Por lo tanto, no podemos dejar de lado aspectos tales como el movimiento, la dimensión, la presión, la ubicación, etc. Llamaremos ―garabatos de adultos‖ a los dibujos que son realizados en forma espontánea, mientras mantenemos conversaciones en reuniones, hablamos por teléfono o tenemos conversaciones con nosotros mismos. Habitualmente los encontramos, en los márgenes de las hojas, en las tapas de cuadernos, en agendas, sobres, anotadores ubicados cerca del teléfono, etc. Dentro de los garabatos están los circunstanciales y los fijos o permanentes. ¿Qué reflejan los garabatos circunstanciales? Estos responden a un estado emocional y reflejarán de qué manera se está relacionando quien los hace con el hecho que está sucediendo. Reflejan su emocionalidad: si le genera tensión, nerviosismo, irritabilidad, necesidad de reconocimiento, angustia, euforia, etc. Los garabatos circunstanciales no reflejan rasgos que constituyen la personalidad de quien los realiza, solo como se relaciona con un hecho en particular. Por ejemplo, hacer flechas mientras hablamos por teléfono, cuadraditos, cuadrículas, etc., cuando habitualmente no las hacemos. ¿Cuáles son los garabatos fijos o permanentes? Son los que realizamos recurrentemente, es decir, que surgen en forma espontánea más allá de nuestro estado anímico y se repiten en el tiempo. Por ejemplo, tener como hábito dibujar cuadrados, corazones, flores, flechas, líneas, etc. Los dibujos grandes (más de la mitad de la hoja) indican la necesidad de expansión, de movimiento, de mostrarse, etc. Los dibujos pequeños nos hablarán de timidez y retraimiento, son personas que se conectan más consigo mismo y no muestran abiertamente sus pensamientos o sentimientos. Cuantas más líneas curvas veamos en el dibujo, nos hablará de mayor adaptabilidad. Son personas que se sienten a gusto con otros, con tendencia a compartir y relacionarse desde un mundo afectivo. Si predomina el ángulo o las líneas rectas, nos estará hablando de mayor individualismo, necesidad de separar el pensar del sentir, lógica, metodología, tendencia a racionalizar, etc. Las casas, flores, flechas, cuadrados, etc. tienen en sí mismo un simbolismo y, además de analizar su particularidad en cuanto al tipo de trazo, se considera que representa desde un aspecto simbólico, ya que el elegir hacer ese dibujo y no otro, no es casual. Por ejemplo: * Autos o vehículos: manifiesta deseo de cambio, de movimiento, dinamismo, impaciencia. Si el vehículo está estático, el dinamismo está bloqueado; si está en acción (le hacen las luces encendidas, alguien adentro conduciendo, o líneas de movimiento) representará que la persona está accionando y que se predispone hacia el dinamismo. * Caminos: es una vía de escape o de comunicación, es una necesidad de salida. * Casas: si están aisladas, es necesidad de tranquilidad. También puede representar gusto por la vida hogareña, dependiendo de los trazos. * Círculos: nos habla que la persona gira en torno a una situación que, muchas veces, no encuentra la salida. Cuando se hacen muchos círculos nos habla que la persona tiene la tendencia a encerrarse en su propio mundo o ideas. Los círculos se relacionan con el mundo afectivo. * Flores: es un símbolo femenino, de felicidad pero narcisista. Significa lucir, mostrar, adornar. Romanticismo, preocupaciones sentimentales, afectividad, necesidad de reconocimiento. * Cruz: son dos fuerzas que se oponen, indican capacidad de síntesis, decisión, autoconfianza, seriedad y cautela. * Paralelas: equidistancia, igualdad y orden. Indica actividad mental, claridad y objetividad. Cuando son en sentido vertical, nos hablará de constancia, dominio y orden. Cuando es horizontal, indica observación, organización, método y espíritu de lucha. * Cuadrado o rectángulo: organización, método, capacidad de síntesis, prudencia, paciencia, constancia, dominio, reserva y falta de expansión. * Cuadrícula: concentración y tensión, también nos habla de exceso de análisis, falta de confianza en sí mismo, dificultades para la toma de decisión y para darle iniciativa a una acción. * Flecha: manifestación de ataque, rapidez y orientación. Disposición para la actividad, gusto por la iniciativa y la acción voluntaria independiente, energía psíquica potente. Como así también puede significar, impulsividad en la toma de decisiones, pobre control del impulso, dificultades para la adaptación, falta de paciencia, prudencia y benevolencia.

Disponível em: . Acesso: 10 mar. 2013. 

De acordo com o texto, os ―garabatos‖ são desenhos feitos por adultos, 

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