(UECE 2020) Uma pessoa, ao realizar um serviço na fachada de uma casa, fica apoiada pelos dois pés no topo de uma escada. Suponha que a escada perde o equilíbrio e tomba para trás, sem deslizar o ponto de apoio com o solo. Suponha também que a escada é inderfomável, e que a trajetória do ponto de contato da pessoa com a escada seja um arco de círculo. Considere que a escada exerce sobre o usuário uma força de reação que tem direção radial nesse arco de círculo. Sobre o trabalho realizado pela força de reação da escada sobre os pés do usuário durante a queda, é correto afirmar que:
Ver questão
(UPF 2017)
O legado simbólico está garantido
Legado é uma palavra perigosa quando aplicada a 1eventos que alavancam o uso de dinheiro público em infraestrutura, pois é um substantivo futuro empregado como argumento para justificar gastos bilionários em obras. 2Numa cidade de um país em que as propinas vêm sendo regra em empreitadas que podem ruir ou se transformar em 3elefantes brancos, 4falar em legado material no finzinho de um evento é uma aposta no escuro.
Quando a 5Força Nacional e os esquemas especiais que fizeram o 6Rio parecer 7um modelo de cidadania e organização durante os 15 dias de 2016 8deixarem a cidade, o carioca vai cair na real e “no real”, no sentido lacaniano: as forças ocultas de nosso abismo vão continuar insistindo em “não se inscrever” na consciência que temos de seus resultados. 9A cidade, partida por algo monstruoso, subterrâneo, renascerá: UPPs na lona, milícias, violência policial, Estado falido e acéfalo, calamidade na saúde, a baía poluída.
10Há, contudo, um legado imaterial que, paradoxalmente, é mais fácil de ser constatado, aferido, e até comprovado desde já: 11o Rio, quando recursos são alocados para onde devem, pode 12ser a cidade que gostaria de ser. E sentimos 13esse gosto, como uma promoção por tempo determinado. O improviso desse exemplo, motivado por um dinheiro de exceção (do COI e das obras), trouxe para o carioca um espelho ideal de si mesmo, refletido em bilhões de televisores e monitores Brasil adentro e mundo afora.
14A não ser que algo ainda aconteça nessa segunda-feira que já amanheceu e segue o giro das 1524 horas finais da despedida, 16a experiência mágica da Olimpíada transcorreu sem acidentes especialmente graves, sem desmoronamentos, sem vexames organizacionais, sem mortes de atletas atacados por mosquitos, sem ondas descontroladas de assaltos ou violência e sem atentados terroristas.
17O “eu acredito” gritado nas competições flutuou também na esfera do acreditar na cidade, no país, um “Yes, we can” lastreado em histórias como a da judoca Rafaela: apesar do descaso do poder público, alguém pode sair da Cidade de Deus e ir morar no Olimpo por algumas temporadas. A fama de mais bela cidade do mundo se cristalizou, a gentileza e a amizade dos cariocas foi exaltada, a troca cultural foi intensa e frutífera. (...) O incidente dos banheiros australianos na Vila Olímpica terminou com o canguru de pelúcia na mão do prefeito, e teve alta simbologia: depois do susto, não se soube de outra delegação que reclamasse ostensivamente, e o canguru acabou como amuleto invertido do sucesso dos 18Jogos. 19A água verde de algumas piscinas acabou dando até um charme à paleta multicolorida do 20evento, apesar de alguns olhos irritados. De resto, as instalações funcionaram como uma caixinha de música, com muita música, por sinal.
O metrô (com a Linha 4 cercada de suspeitas inevitáveis), as filas de BRT com ônibus a cada 15 segundos, os trens, as passarelas: quem circulou não teve do que reclamar, não houve 21tumultos, pisoteamentos. Foi um bom exercício, mas atenção: a maquiagem termina hoje. Circulando, circulando, vamos saber. Mas não teve quebra-quebra nem hooligans (coisa de Eurocopa), a não ser, claro, 22a gangue mijona de nadadores americanos liderada por Ryan Lochte, o mané modelo dos Jogos.
Trapalhada que, aliás, pode ser considerada uma espécie de cereja no bolo do 23legado imaterial, e 24com alto poder marquetológico: o único 25assalto a atletas foi uma farsa de estrangeiros e, 26ainda que os seguranças do posto tenham agido de maneira não exatamente exemplar, 27o assunto virou top story em grandes redes de TV ianques, e a maior superpotência do planeta se curvou 28ao Brasil. (...)
29Paralelamente, outro atleta americano, Michael Phelps, em postagem no seu Twitter, disse já estar com saudades do Brasil, de seu povo, de sua beleza. 30Totalmente abrasileirado, Usain Bolt, na final do futebol, em que o Brasil conquistou o ouro contra a Alemanha, filmou o gol de falta de Neymar e deve ser tema de desfile de escola de samba ou convidado para desfilar em 2017. Na final do revezamento no Engenhão, o homem mais rápido do mundo, agora aposentado e desempregado, mostrou que já sabe sambar. (...)
31Bem mais tarimbado, outro profissional do “NYT”, o colunista e repórter Roger Cohen, que já viveu no Brasil dos anos 1980, escreveu um artigo apontando o que mudou de lá para cá (era correspondente durante o governo Sarney), a consciência que o país tem hoje de seus problemas e o esforço que vem fazendo para superar a corrupção endêmica. Ele 32se disse cansado de toda a aposta contra a realização a tempo das tarefas para os Jogos, da ladainha idealizada sobre a selva-Brasil, e, com fina ironia, reclamou de se culpar o Rio por não ter resolvido “todos os seus problemas sociais antes da Rio-2016”: “Há algo no mundo desenvolvido que não gosta de um país em desenvolvimento que organiza um evento esportivo de grande envergadura”, escreveu, terminando por dizer que não adianta: o Brasil será um dos atores principais do século XXI.
Num mundo em que tudo é marca, esse “algo” que busca excluir o Brasil do futuro foi bombardeado pelo 33sucesso da Rio-2016, que virou uma trademark não só de nossa visibilidade, mas de nossa viabilidade como cidade e como país. 34Este é o legado simbólico mais forte. É preciso, porém, que a vontade de potência seja acompanhada pela vontade política com um viés de vetor social. Do contrário, o ciclo de vida da nova marca será curto.
(BLOCH, Arnaldo. O legado simbólico está garantido. 22 de agosto de 2016. O Globo. Adaptado. Disponível em http://oglobo.globo.com/esportes/o-legado-simbolico-esta-garantido-19969374 . Acesso em 22 ago. 2016)
No texto, o autor fala sobre legado. Com relação às ideias defendidas a respeito do tema, é correto afirmar que:
Ver questão
(MACKENZIE 2017)
Parece quase impossível existir algo tão complexo como o cérebro humano. Um neurocientista dedica anos de estudo apenas para se familiarizar com as principais regiões deste órgão, e não é para menos – são bilhões de células e trilhões de conexões. Por trás da fascinante estrutura neural, encontram-se funções bastante simples em seu objetivo. O cérebro existe para que possamos perceber o mundo e saber como reagir. É comum tratarmos a consciência como uma atividade passiva, mas não é bem assim – consciência requer metas, expectativas, capacidade de filtrar informações.
Se a mente lhe parece um espaço ativo, preenchido com mais coisas do que costuma aparecer em uma massa de circuitos, então você está certo ou certa. Você é a expressão física de uma história de desenvolvimento social muito maior do que imaginou. Seu cérebro é uma delicada entidade num constante frenesi de produção de conhecimento. A riqueza de suas vias reflete a riqueza de nossa vida.
Adaptado de Como o cérebro funciona, de John McCrone
Depreende-se corretamente do texto que:
Ver questão
(FGV - 2017) A tabela mostra a composição gasosa no ar inspirado e no ar expirado por uma pessoa.
Gases | % no ar inspirado | % no ar expirado |
Nitrogênio (N2) | 79 | 79 |
Oxigênio (O2) | 20,9 | 14 |
Dióxido de Carbono (CO2) | 0,03 | 5,6 |
José Mariano Amabis e Gilberto Rodrigues Martho. Biologia. Moderna, 2009.
Com base na fisiologia humana, é correto afirmar que:
Ver questão
(UECE - 2017) As raízes das angiospermas podem apresentar especializações que permitem classificá-las em diversos tipos. É correto afirmar que as raízes
Ver questão
(UECE - 2017) O caule serve de suporte mecânico para folhas e estruturas de reprodução vegetal, além de ser responsável pela integração estrutural e fisiológica entre raízes e folhas. Sobre o caule, são feitas as seguintes afirmações:
I. Os anéis de crescimento são círculos concêntricos no floema resultantes da variação de atividade do câmbio vascular em resposta a alterações climáticas.
II. As partes jovens do caule são revestidas pela epiderme, que é composta por uma camada de células, e contém estômatos, pelos quais ocorrem as trocas gasosas.
III. O câmbio vascular localiza-se na região central do caule, produzindo xilema secundário para o interior e floema secundário para o exterior.
É correto o que se afirma em:
Ver questão
(UERJ 2017)
Pietro Brun, meu tetravô paterno, embarcou em um navio no final do século 19, como tantos italianos pobres, em busca de uma utopia que atendia pelo nome de América. Pietro queria terra, sim. Mas o que o movia era um território de outra ordem. Ele queria salvar seu nome, encarnado na figura de meu bisavô, Antônio. Pietro fora obrigado a servir o exército como soldado por anos demais (...). Havia chegado a hora de Antônio se alistar, e o pai decidiu que não perderia seu filho. Fugiu com ele e com a filha Luigia para o sul do Brasil. Como desertava, meu bisavô Antônio foi levado em um bote até o navio que já se afastava do porto de Gênova. Embarcou como clandestino.
Ao desembarcar no Brasil, em 10 de fevereiro de 1883, Pietro declarou o nome completo. O funcionário do Império, como aconteceu tantas e tantas vezes, registrou-o conforme ouviu. Tornando-o, no mundo novo, Brum – com “m”. Meu pai, Argemiro, filho de José, neto de Antônio e bisneto de Pietro, tomou para si a missão de resgatar essa história e documentá-la.
No início dos anos 1990 cogitamos reivindicar a cidadania italiana. Possuímos todos os documentos, organizados numa pasta. Mas entre nós existe essa diferença na letra. Antes de ingressar com a documentação, seria preciso corrigir o erro do burocrata do governo imperial que substituiu um “n” por um “m”. Um segundo ele deve ter demorado para nos transformar, e com certeza morreu sem saber. E, se soubesse, não teria se importado, porque era apenas o nome de mais um imigrante a bater nas costas do Brasil despertencido de tudo.
Cabia a mim levar essa empreitada adiante.
Há uma autonomia na forma como damos carne ao nosso nome com a vida que construímos – e não com a que herdamos. (...) Eu escolho a memória. A desmemória assombra porque não a nomeamos, respira em nossos porões como monstros sem palavras. A memória, não. É uma escolha do que esquecer e do que lembrar – e uma oportunidade de ressignificar o passado para ganhar um futuro. Pela memória nos colocamos não só em movimento, mas nos tornamos o próprio movimento. Gesto humano, para sempre incompleto.
Ao fugir para o Brasil, metade dos Brun ganhou uma perna a mais. O “n” virou “m”. Mas essa perna a mais era um membro fantasma, um ganho que revelava uma perda.
(...)
Quando Pietro Brun atravessou o mar deixando mortos e vivos na margem que se distanciou, ele não poderia ser o mesmo ao alcançar o outro lado. Ele tinha de ser outro, assim como nós, que resultamos dessa aventura desesperada. Era imperativo que ele fosse Pietro Brum – e depois até Pedro Brum.
ELIANE BRUM
Meus desacontecimentos: a história da minha vida com as palavras. São Paulo: LeYa, 2014.
A partir da narrativa de um episódio familiar, a autora elabora reflexões que vão além desse contexto pessoal, generalizando-o.
Essa generalização pode ser observada no emprego da primeira pessoa do plural no seguinte trecho:
No esquema, as setas indicam o sentido de circulação do sangue.
Assinale a alternativa correta.
Ver questão
(UEA AM - 2017/ adaptada)
La agotadora vida de un algoritmo
Me levanto por la mañana y voy a trabajar. Antes paso por la cafetería donde una máquina me sirve el café con leche y la prensa que le solicito. 1Me subo en el autobús sin conductor que acaba de repostar en una gasolinera de autoservicio y, tras pasar por el peaje de la autopista sin personal de cabina, me deja en mi trabajo. El mismo autobús 2me lleva de vuelta, trayecto que aprovecho para hacer la compra online, pagar recibos por transferencia desde mi móvil y 3apuntar por email a mi hija en una excursión. Ya en casa, saco una muñeca y dos camisetas en mi impresora 3D para un cumpleaños infantil; tras un pequeño atasco, un asistente virtual me solucionó el problema y pude seguir. A última hora de la tarde voy a un gimnasio con torno de entrada con tarjeta magnética y videovigilancia. 4Practico fitness según los manuales y spinning siguiendo un vídeo. Pues sí, 5me levanto por la mañana y voy a trabajar; aunque dicen que la tecnología destruye empleos, es mentira: yo, sin ir más lejos, tengo dos: media jornada trabajo de robot Kiva y la otra media formo parte de un algoritmo en un conocido buscador de Internet.
(José Manuel Civeira Moure. http://elpais.com, 24.04.2016.)
Leia o texto atentamente e assinale a alternativa em que o verbo apresentado possui a mesma característica pronominal reflexiva presente em "me subo" (ref. 1)
Ver questão
(UDESC - 2017)
Dice una linda leyenda árabe que dos amigos viajaban por el desierto y en un determinado punto 1del viaje discutieron, por lo que uno le dio una bofetada 2al otro. El otro, ofendido, sin nada que decir, escribió en la arena:
“Hoy, mi amigo me pegó una bofetada en el rostro”
Siguieron adelante y llegaron a un oasis donde resolvieron bañarse.
El que había sido abofeteado y 3lastimado comenzó a ahogarse, siendo salvado por el amigo.
Al recuperarse tomó un estilete y escribió en una piedra:
4“Hoy, mi mejor amigo me salvó la vida”
Intrigado, el amigo preguntó:
¿Por qué después que te lastimé, escribiste en la arena y ahora escribes en una piedra?
Sonriendo, el otro amigo respondió:
Cuando un gran amigo nos ofende, deberemos escribir en la arena donde el viento del olvido y el perdón se encargarán de borrarlo y apagarlo; por otro lado, cuando nos pase algo grandioso, deberemos grabarlo en la piedra de la memoria del corazón 5donde viento ninguno en todo el mundo podrá borrarlo.
Disponible en: www.enbuenasmanos.com/leyenda-de-verdadero-amigo. Accesado en agosto 2016
Marque la opción que puede sustituir a la frase "donde viento ninguno en todo el mundo podrá borrarlo" (ref. 5), sin alterar su significado en el texto.
Ver questão