FUVEST 2017

Questão 25544

(UNESP - 2017/2 - 1ª FASE) 

Leia o trecho extraído do artigo “Cosmologia, 100”, de Antonio Augusto Passos Videira e Cássio Leite Vieira

“Vou conduzir o leitor por uma estrada que eu mesmo percorri, árdua e sinuosa.” A frase – que tem algo da essência do hoje clássico A estrada não percorrida (1916), do poeta norte-americano Robert Frost (1874-1963) – está em um artigo científico publicado há cem anos, cujo teor constitui um marco histórico da civilização.

Pela primeira vez, cerca de 50 mil anos depois de o Homo sapiens deixar uma mão com tinta estampada em uma pedra, a humanidade era capaz de descrever matematicamente a maior estrutura conhecida: o Universo. A façanha intelectual levava as digitais de Albert Einstein (1879-1955).

Ao terminar aquele artigo de 1917, o físico de origem alemã escreveu a um colega dizendo que o que produzira o habilitaria a ser “internado em um hospício”. Mais tarde, referiu-se ao arcabouço teórico que havia construído como um “castelo alto no ar”.

O Universo que saltou dos cálculos de Einstein tinha três características básicas: era finito, sem fronteiras e estático – o derradeiro traço alimentaria debates e traria arrependimento a Einstein nas décadas seguintes.

Em “Considerações Cosmológicas na Teoria da Relatividade Geral”, publicado em fevereiro de 1917 nos Anais da Academia Real Prussiana de Ciências, o cientista construiu (de modo muito visual) seu castelo usando as ferramentas que ele havia forjado pouco antes: a teoria da relatividade geral, finalizada em 1915, esquema teórico já classificado como a maior contribuição intelectual de uma só pessoa à cultura humana.

Esse bloco matemático impenetrável (mesmo para físicos) nada mais é do que uma teoria que explica os fenômenos gravitacionais. Por exemplo, por que a Terra gira em torno do Sol ou por que um buraco negro devora avidamente luz e matéria.

Com a introdução da relatividade geral, a teoria da gravitação do físico britânico Isaac Newton (1642-1727) passou a ser um caso específico da primeira, para situações em que massas são bem menores do que as das estrelas e em que a velocidade dos corpos é muito inferior à da luz no vácuo (300 mil km/s).

Entre essas duas obras de respeito (de 1915 e de 1917), impressiona o fato de Einstein ter achado tempo para escrever uma pequena joia, “Teoria da Relatividade Especial e Geral”, na qual populariza suas duas teorias, incluindo a de 1905 (especial), na qual mostrara que, em certas condições, o espaço pode encurtar, e o tempo, dilatar.

Tamanho esforço intelectual e total entrega ao raciocínio cobraram seu pedágio: Einstein adoeceu, com problemas no fígado, icterícia e úlcera. Seguiu debilitado até o final daquela década.

Se deslocados de sua época, Einstein e sua cosmologia podem ser facilmente vistos como um ponto fora da reta. Porém, a historiadora da ciência britânica Patricia Fara lembra que aqueles eram tempos de “cosmologias”, de visões globais sobre temas científicos. Ela cita, por exemplo, a teoria da deriva dos continentes, do geólogo alemão Alfred Wegener (1880-1930), marcada por uma visão cosmológica da Terra.

Fara dá a entender que várias áreas da ciência, naquele início de século, passaram a olhar seus objetos de pesquisa por meio de um prisma mais amplo, buscando dados e hipóteses em outros campos do conhecimento.

Folha de S.Paulo, 01.01.2017. Adaptado.

Emprega-se a vírgula para indicar, às vezes, a elipse do verbo: “Ele sai agora: eu, logo mais.”

(Evanildo Bechara. Moderna gramática portuguesa, 2009. Adaptado.)

Verifica-se a ocorrência de vírgula para indicar a elipse do verbo no seguinte trecho:

Ver questão

Questão 25545

(UNESP - 2017/2 - 1ª FASE) 

Leia o trecho extraído do artigo “Cosmologia, 100”, de Antonio Augusto Passos Videira e Cássio Leite Vieira

“Vou conduzir o leitor por uma estrada que eu mesmo percorri, árdua e sinuosa.” A frase – que tem algo da essência do hoje clássico A estrada não percorrida (1916), do poeta norte-americano Robert Frost (1874-1963) – está em um artigo científico publicado há cem anos, cujo teor constitui um marco histórico da civilização.

Pela primeira vez, cerca de 50 mil anos depois de o Homo sapiens deixar uma mão com tinta estampada em uma pedra, a humanidade era capaz de descrever matematicamente a maior estrutura conhecida: o Universo. A façanha intelectual levava as digitais de Albert Einstein (1879-1955).

Ao terminar aquele artigo de 1917, o físico de origem alemã escreveu a um colega dizendo que o que produzira o habilitaria a ser “internado em um hospício”. Mais tarde, referiu-se ao arcabouço teórico que havia construído como um “castelo alto no ar”.

O Universo que saltou dos cálculos de Einstein tinha três características básicas: era finito, sem fronteiras e estático – o derradeiro traço alimentaria debates e traria arrependimento a Einstein nas décadas seguintes.

Em “Considerações Cosmológicas na Teoria da Relatividade Geral”, publicado em fevereiro de 1917 nos Anais da Academia Real Prussiana de Ciências, o cientista construiu (de modo muito visual) seu castelo usando as ferramentas que ele havia forjado pouco antes: a teoria da relatividade geral, finalizada em 1915, esquema teórico já classificado como a maior contribuição intelectual de uma só pessoa à cultura humana.

Esse bloco matemático impenetrável (mesmo para físicos) nada mais é do que uma teoria que explica os fenômenos gravitacionais. Por exemplo, por que a Terra gira em torno do Sol ou por que um buraco negro devora avidamente luz e matéria.

Com a introdução da relatividade geral, a teoria da gravitação do físico britânico Isaac Newton (1642-1727) passou a ser um caso específico da primeira, para situações em que massas são bem menores do que as das estrelas e em que a velocidade dos corpos é muito inferior à da luz no vácuo (300 mil km/s).

Entre essas duas obras de respeito (de 1915 e de 1917), impressiona o fato de Einstein ter achado tempo para escrever uma pequena joia, “Teoria da Relatividade Especial e Geral”, na qual populariza suas duas teorias, incluindo a de 1905 (especial), na qual mostrara que, em certas condições, o espaço pode encurtar, e o tempo, dilatar.

Tamanho esforço intelectual e total entrega ao raciocínio cobraram seu pedágio: Einstein adoeceu, com problemas no fígado, icterícia e úlcera. Seguiu debilitado até o final daquela década.

Se deslocados de sua época, Einstein e sua cosmologia podem ser facilmente vistos como um ponto fora da reta. Porém, a historiadora da ciência britânica Patricia Fara lembra que aqueles eram tempos de “cosmologias”, de visões globais sobre temas científicos. Ela cita, por exemplo, a teoria da deriva dos continentes, do geólogo alemão Alfred Wegener (1880-1930), marcada por uma visão cosmológica da Terra.

Fara dá a entender que várias áreas da ciência, naquele início de século, passaram a olhar seus objetos de pesquisa por meio de um prisma mais amplo, buscando dados e hipóteses em outros campos do conhecimento.

Folha de S.Paulo, 01.01.2017. Adaptado.

Em “O Universo que saltou dos cálculos de Einstein tinha três características básicas [...]” (4º parágrafo), a oração destacada encerra sentido de

Ver questão

Questão 25546

(UNESP - 2017/2 - 1ª FASE)

Quando este(a) autor(a) publicou seu primeiro livro, duas vertentes assinalavam o panorama da ficção brasileira: o regionalismo e a reação espiritualista. Sua obra vai representar uma síntese feliz das duas vertentes. Como regionalista, volta-se para os interiores do país, pondo em cena personagens plebeias e “típicas”. Leva a sério a função da literatura como documento, ao ponto de reproduzir a linguagem característica daquelas paragens. Porém, como os autores da reação espiritualista, descortina largo sopro metafísico, costeando o sobrenatural, em demanda da transcendência. No que superou a ambas, distanciando-se, foi no apuro formal, no caráter experimentalista da linguagem, na erudição poliglótica, no trato com a literatura universal de seu tempo, de que nenhuma das vertentes dispunha, ou a que não atribuíam importância. E no fato de escrever prosa como quem escreve poesia – ou seja, palavra por palavra, ou até fonema por fonema.

(Walnice Nogueira Galvão. “Introdução”, 2000. Adaptado.)

Esse comentário refere-se a

Ver questão

Questão 25548

(UNESP - 2017/2 - 1ª FASE)

Public space and the right to the city

               It is essential to promote social inclusion by providing spaces for people of all socio-economic backgrounds to use and enjoy. Quality public spaces such as libraries and parks can supplement housing as study and recreational spaces for the urban poor.

              There is a need to ensure that there is an equitable distribution of public spaces within cities. Through the provision of quality public spaces in cities can reduce the economic and social segregation that is prevalent in many developed and developing cities. By ensuring the distribution, coverage and quality of public spaces, it is possible to directly influence the dynamics of urban density, to combine uses and to promote the social mixture of cities’ inhabitants.

              Rights and duties of all the public space stakeholders should be clearly defined. Public spaces are public assets as a public space is by definition a place where all citizens are legitimate to be and discrimination should be tackled there. Public space has the capacity to gather people and break down social barriers. Protecting the inclusiveness of public space is a key prerequisite for the right to the city and an important asset to foster tolerance, conviviality and dialogue.

              Public spaces in slums are only used to enable people to move. There is a lack of public space both in quantity and quality, leading to high residential density, high crime rates, lack of public facilities such as toilets or water, difficulties to practice outdoor sports and other recreational activities among others.

(www.learning.uclg.org)

 

According to the text, by definition, public spaces

Ver questão

Questão 25549

(UNESP - 2017/2 - 1ª FASE)

Public space and the right to the city

               It is essential to promote social inclusion by providing spaces for people of all socio-economic backgrounds to use and enjoy. Quality public spaces such as libraries and parks can supplement housing as study and recreational spaces for the urban poor.

              There is a need to ensure that there is an equitable distribution of public spaces within cities. Through the provision of quality public spaces in cities can reduce the economic and social segregation that is prevalent in many developed and developing cities. By ensuring the distribution, coverage and quality of public spaces, it is possible to directly influence the dynamics of urban density, to combine uses and to promote the social mixture of cities’ inhabitants.

              Rights and duties of all the public space stakeholders should be clearly defined. Public spaces are public assets as a public space is by definition a place where all citizens are legitimate to be and discrimination should be tackled there. Public space has the capacity to gather people and break down social barriers. Protecting the inclusiveness of public space is a key prerequisite for the right to the city and an important asset to foster tolerance, conviviality and dialogue.

              Public spaces in slums are only used to enable people to move. There is a lack of public space both in quantity and quality, leading to high residential density, high crime rates, lack of public facilities such as toilets or water, difficulties to practice outdoor sports and other recreational activities among others.

(www.learning.uclg.org)

 

Segundo o texto, o direito à cidade por parte dos cidadãos ocorrerá por meio

Ver questão

Questão 25550

(UNESP - 2017/2 - 1ª fase)

Public space and the right to the city

               It is essential to promote social inclusion by providing spaces for people of all socio-economic backgrounds to use and enjoy. Quality public spaces such as libraries and parks can supplement housing as study and recreational spaces for the urban poor.

              There is a need to ensure that there is an equitable distribution of public spaces within cities. Through the provision of quality public spaces in cities can reduce the economic and social segregation that is prevalent in many developed and developing cities. By ensuring the distribution, coverage and quality of public spaces, it is possible to directly influence the dynamics of urban density, to combine uses and to promote the social mixture of cities’ inhabitants.

              Rights and duties of all the public space stakeholders should be clearly defined. Public spaces are public assets as a public space is by definition a place where all citizens are legitimate to be and discrimination should be tackled there. Public space has the capacity to gather people and break down social barriers. Protecting the inclusiveness of public space is a key prerequisite for the right to the city and an important asset to foster tolerance, conviviality and dialogue.

              Public spaces in slums are only used to enable people to move. There is a lack of public space both in quantity and quality, leading to high residential density, high crime rates, lack of public facilities such as toilets or water, difficulties to practice outdoor sports and other recreational activities among others.

(www.learning.uclg.org)

 

No trecho do terceiro parágrafo “Public spaces are public assets”, o termo em destaque tem sentido, em português, de

Ver questão

Questão 25551

(UNESP - 2017/2 - 1ª FASE)

Public space and the right to the city

               It is essential to promote social inclusion by providing spaces for people of all socio-economic backgrounds to use and enjoy. Quality public spaces such as libraries and parks can supplement housing as study and recreational spaces for the urban poor.

              There is a need to ensure that there is an equitable distribution of public spaces within cities. Through the provision of quality public spaces in cities can reduce the economic and social segregation that is prevalent in many developed and developing cities. By ensuring the distribution, coverage and quality of public spaces, it is possible to directly influence the dynamics of urban density, to combine uses and to promote the social mixture of cities’ inhabitants.

              Rights and duties of all the public space stakeholders should be clearly defined. Public spaces are public assets as a public space is by definition a place where all citizens are legitimate to be and discrimination should be tackled there. Public space has the capacity to gather people and break down social barriers. Protecting the inclusiveness of public space is a key prerequisite for the right to the city and an important asset to foster tolerance, conviviality and dialogue.

              Public spaces in slums are only used to enable people to move. There is a lack of public space both in quantity and quality, leading to high residential density, high crime rates, lack of public facilities such as toilets or water, difficulties to practice outdoor sports and other recreational activities among others.

(www.learning.uclg.org)

 

No trecho do terceiro parágrafo “as a public space is by definition”, o termo em destaque pode ser substituído, sem alteração de sentido, por

Ver questão

Questão 25552

(UNESP - 2017/2 - 1ª FASE)

Public space and the right to the city

               It is essential to promote social inclusion by providing spaces for people of all socio-economic backgrounds to use and enjoy. Quality public spaces such as libraries and parks can supplement housing as study and recreational spaces for the urban poor.

              There is a need to ensure that there is an equitable distribution of public spaces within cities. Through the provision of quality public spaces in cities can reduce the economic and social segregation that is prevalent in many developed and developing cities. By ensuring the distribution, coverage and quality of public spaces, it is possible to directly influence the dynamics of urban density, to combine uses and to promote the social mixture of cities’ inhabitants.

              Rights and duties of all the public space stakeholders should be clearly defined. Public spaces are public assets as a public space is by definition a place where all citizens are legitimate to be and discrimination should be tackled there. Public space has the capacity to gather people and break down social barriers. Protecting the inclusiveness of public space is a key prerequisite for the right to the city and an important asset to foster tolerance, conviviality and dialogue.

              Public spaces in slums are only used to enable people to move. There is a lack of public space both in quantity and quality, leading to high residential density, high crime rates, lack of public facilities such as toilets or water, difficulties to practice outdoor sports and other recreational activities among others.

(www.learning.uclg.org)

 

In the fourth paragraph, an example of public facilities is

Ver questão

Questão 25553

(UNESP - 2017/2 - 1ª FASE)

“One never builds something finished”:  the brilliance of architect Paulo Mendes da Rocha

Oliver Wainwright February 4, 2017

               “All space is public,” says Paulo Mendes da Rocha. “The only private space that you can imagine is in the human mind.” It is an optimistic statement from the 88-year-old Brazilian architect, given he is a resident of São Paulo, a city where the triumph of the private realm over the public could not be more stark. The sprawling megalopolis is a place of such marked inequality that its superrich hop between their rooftop helipads because they are too scared of street crime to come down from the clouds.

               But for Mendes da Rocha, who received the 2017 gold medal from the Royal Institute of British Architects this week – an accolade previously bestowed on such luminaries as Le Corbusier and Frank Lloyd Wright – the ground is everything. He has spent his 60-year career lifting his massive concrete buildings up, in gravity-defying balancing acts, or else burying them below ground in an attempt to liberate the Earth’s surface as a continuous democratic public realm. “The city has to be for everybody,” he says, “not just for the very few.”

(www.theguardian.com. Adaptado.)

 

According to the text, São Paulo

Ver questão

Questão 25554

(UNESP - 2017/2 - 1ª FASE)

“One never builds something finished”: the brilliance of architect Paulo Mendes da Rocha

Oliver Wainwright February 4, 2017

               “All space is public,” says Paulo Mendes da Rocha. “The only private space that you can imagine is in the human mind.” It is an optimistic statement from the 88-year-old Brazilian architect, given he is a resident of São Paulo, a city where the triumph of the private realm over the public could not be more stark. The sprawling megalopolis is a place of such marked inequality that its superrich hop between their rooftop helipads because they are too scared of street crime to come down from the clouds.

               But for Mendes da Rocha, who received the 2017 gold medal from the Royal Institute of British Architects this week – an accolade previously bestowed on such luminaries as Le Corbusier and Frank Lloyd Wright – the ground is everything. He has spent his 60-year career lifting his massive concrete buildings up, in gravity-defying balancing acts, or else burying them below ground in an attempt to liberate the Earth’s surface as a continuous democratic public realm. “The city has to be for everybody,” he says, “not just for the very few.”

(www.theguardian.com. Adaptado.)

 

Conforme o texto, Paulo Mendes da Rocha

Ver questão