(UEL 2018 - 2a fase) Leia a seguir a tirinha do personagem Gaturro, de autoria de Nik.
Em relação às expressões que aparecem, respectivamente, nos quadros 4 e 8, “Me siento diminuto” e “¡¡Me siento a esperar porque otra vez se fue!!”, reescreva o(s) elemento(s) do texto responsável(is) pelo efeito de humor e explique como esse efeito acontece.
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(UEL 2018 - 2a fase) Leia os anúncios a seguir.
Com base nos anúncios,
a) Explicite a relação entre as expressões “chupa los cubiertos” e “mientras come” e o objetivo dos anúncios.
b) Identifique a qual coisa e/ou a qual pessoa os pronomes destacados nas palavras ‘Despreocúpate” e “Protégele”, respectivamente nos anúncios 1 e 2 fazem referência.
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(UEL 2018 - 2a fase) Leia o texto e analise o gráfico a seguir.
¿Desigualdad de género doméstica? España y Europa
¿Hay desigualdad de género en el trabajo doméstico en España? Un análisis de España y otros países europeos demuestra la importancia de las políticas de conciliación laboral y familiar para fomentar la igualdad de género en el hogar y el empleo.
Pablo Gracia
19/11/2014
La igualdad entre hombres y mujeres en el trabajo doméstico es un indicador fundamental de equidad de género. En décadas recientes, las sociedades occidentales han sufrido transformaciones muy importantes en las relaciones de género. El discurso y luchas feministas de la segunda ola (1960-1980) contribuyeron sobre una mayor –si bien incompleta– equidad en los roles de género. En paralelo, las mujeres se han venido incorporando de forma muy notoria al empleo desde la década de 1980, como muestran claramente los datos de la OCDE en esta materia. Ahora bien, ¿qué podemos decir de lo que ocurre dentro de los hogares? El trabajo doméstico se suele definir como trabajo (reproductivo) invisible. Pero debemos visibilizarlo para saber hasta qué punto hay igualdad de género en nuestra sociedad.
Los datos que presento aquí provienen del Harmonised European Time Use Survey (HETUS) de Eurostat, recogidos por el Multinational Time Use Study (MTUS). Estos datos nos permiten comparar la situación del trabajo doméstico en España con otros países europeos que tienen distintas tradiciones culturales y políticas familiares. Dichos datos permiten investigar la participación en el trabajo doméstico, incluyendo las tareas domésticas y el cuidado de los hijos, de mujeres y hombres a lo largo de las 24 horas de un día regular. Estas encuestas son un buen termómetro del nivel de igualdad de género de un país.
El Gráfico 1 presenta las horas diarias que emplean hombres y mujeres en eltrabajo doméstico en países con distintas tradiciones culturales y políticas familiares.
Existen pues claras diferencias entre países en cómo hombres y mujeres reparten su trabajo doméstico.
O texto e o gráfico apresentam os dados de uma pesquisa sobre a participação de homens e mulheres no trabalho doméstico, em diferentes países da Europa. Com base no texto e no gráfico, responda aos itens a seguir.
a) Qual a informação central que podemos obter do gráfico e do texto com relação à participação dos homens no trabalho doméstico nos lugares onde a pesquisa foi realizada?
b) Explique de que forma o texto contrasta, por um lado, a inserção da mulher no mercado laboral, e por outro, a inserção do homem no trabalho doméstico, considerando o que o próprio texto apresenta como sociedade com equidade de gênero.
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(UEL 2018 - 2a fase) Observe as imagens 1 e 2 a seguir.
Com base nas imagens, responda:
a) A imagem 1 pertence ao quadrinho uruguaio “Lúndrico”. Nela, um adulto adverte uma criança quanto a seu comportamento. Qual a causa do aparente espanto da criança?
b) A imagem 2 é de um adesivo comumente encontrado em estabelecimentos comerciais de países hispânicos. Explique em que termos a mensagem do quadrinho 1 e a mensagem do adesivo, imagem 2, refletem as mudanças no que se refere ao comportamento atual da sociedade.
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(UEL 2018 - 2a fase) Leia o texto a seguir.
Os hunos excedem em ferocidade e barbárie tudo quanto é possível imaginar de bárbaro e feroz. Sob uma forma humana, vivem em estado de animais. Alimentam-se de raízes de plantas silvestres e de carne meio crua, macerada entre suas coxas e o lombo de suas cavalgaduras. Suas vestimentas consistem em uma túnica de linho e jaqueta de peles de ratazana selvagem. A túnica é de cor escura e apodrece no corpo. Cobrem-se com um gorro e envolvem as pernas com pele de bode. Quando cavalgam, acredita-se estarem pregados em suas montarias, pequenas e feias, mas infatigáveis e rápidas como relâmpagos. Passam sua vida a cavalo; a cavalo se reúnem em assembleias, compram, vendem, bebem, comem e até dormem às vezes. Nada se iguala à destreza com que lançam, a distância prodigiosa, suas flechas armadas de ossos afiados, tão duros e mortíferos como o ferro.
(Res gestae, XXXI, 2).
(Ammiano Marcelino. Res Gestae XXXI, 2, 1-11. Apud GUERRAS, M. S. Os povos bárbaros. São Paulo, Ática, 1991. p. 41-42.)
A presença de populações germânicas do norte da Europa, consideradas bárbaras, era percebida pelos romanos desde muito cedo. No entanto, é apenas no século V d.C. que ocorre uma entrada maciça de tais povos em terras romanas, como os hunos, descritos no texto. Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, relacione a invasão dos bárbaros com o processo de desagregação do Império Romano, apontando seus aspectos políticos, econômicos e sociais.
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(UEL 2018 - 2a fase) Leia o texto a seguir.
A casa de Deus, que cremos ser uma, está, pois, dividida em três: uns oram, outros combatem e os outros, enfim, trabalham. Essas três partes que coexistem não sofrem com a sua disjunção; os serviços prestados por uma são a condição da obra das outras duas; e cada uma, por sua vez, se encarrega de aliviar o todo. De modo que essa tripla associação nem por isso é menos unida, e é assim que a lei tem podido triunfar e que o mundo tem podido gozar de paz.
(Adalbéron de Laon (c. 1020). Apud LE GOFF, Jacques. A Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa: Estampa, 1984. p.45-46.)
Esse texto se refere à Europa cristã medieval como a “casa de Deus”.
A partir de tais informações, aponte o papel da Igreja Católica na criação e na manutenção do chamado Regime Feudal.
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(UEL 2018 - 2a fase)
No ano de 1899, eclodiu em Nova York uma greve de meninos jornaleiros (conhecidos como newsies ou newsboys). A razão do protesto, que durou vários dias, foi o aumento de preço do The New York World e do The New York Journal, de propriedade de Joseph Pulitzer e William Hearst, respectivamente. Concorrentes, ambos viram seus lucros caírem quando acabou a guerra hispano-americana (1898), que rendia grandes manchetes e garantia alta vendagem de seus jornais.
Para manter os lucros, os empresários resolveram elevar o preço do exemplar, afetando diretamente os jornaleiros, que compravam os jornais e os revendiam ao público leitor. Era com o pequeno ganho da revenda que esses meninos sobreviviam, pois a grande maioria era pobre, muitos sem lar, órfãos ou fugitivos. Aos milhares, dormiam pelas ruas e vagavam pela cidade, desprovidos de qualquer assistência, fosse em educação, saúde ou moradia. Daquela vez, os meninos saíram vitoriosos da greve, mas a situação deles não melhorou.
Com base nos conhecimentos sobre o Mundo Contemporâneo, responda aos itens a seguir.
a) O que a greve representava para os empresários capitalistas do século XIX?
b) Explique a formação do chamado “trabalho infantil” desde a Revolução Industrial até os dias atuais.
(UEL 2018 - 2a fase)
Leia a letra da música e o texto a seguir.
Disseram que eu voltei americanizada
(Vicente Paiva/Luiz Peixoto/Carmen Miranda)
E disseram que eu voltei americanizada
Com o “burro” do dinheiro, que estou muito rica
Que não suporto mais o breque de um pandeiro
E fico arrepiada ouvindo uma cuíca
Disseram que com as mãos estou preocupada
E corre por aí que houve um certo zum-zum
Que já não tenho molho, ritmo, nem nada
E dos balangandãs já nem existe mais nenhum
Mas pra cima de mim, pra que tanto veneno?
Eu posso lá ficar americanizada?
Eu que nasci com samba e vivo no sereno
Topando a noite inteira a velha batucada
Nas rodas de malandro, minhas preferidas
Eu digo é mesmo “eu te amo” e nunca “I love you”
Enquanto houver Brasil... na hora das comidas
Eu sou do camarão ensopadinho com chuchu!
(PEIXOTO, L.; PAIVA, V. Disseram que eu voltei americanizada. Intérprete: Carmen Miranda. Rio de Janeiro: Odeon records, 1940.)
Em setembro de 1940, Carmen Miranda gravou esse samba, Disseram que eu voltei americanizada, como crítica à fria recepção que teve no Brasil ao retornar de férias. Ela vivia então nos Estados Unidos, onde lotava clubes e teatros e iniciava a carreira de atriz. Logo após sua chegada, Carmen apresentou-se no Cassino da Urca, no Rio de Janeiro, mas a plateia mostrou-se desconfiada e incomodada com a artista “americanizada”. Nas primeiras fileiras para ver o espetáculo, estavam presentes todo o Estado-maior (ministros da guerra / exército / justiça / trabalho / educação / marinha / interventores / chefia de polícia e outros) do Estado Novo, além de
empresários e industriais brasileiros, muitos com sobrenomes bem conhecidos, e que, a exemplo da elite de outros países, estavam fazendo negócios com a Alemanha do Führer [Hitler] e se identificando com sua postura anticomunista e antijudaica.
(CASTRO, R. Carmen, uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. p.250.)
Com base na letra da música, no texto e nos conhecimentos sobre o Estado Novo, responda aos itens a seguir.
a) Explique o posicionamento político e militar do Governo Vargas em relação aos governos alemão e americano durante a Segunda Guerra Mundial.
b) Explique a ideia de identidade nacional promovida pelo governo de Getúlio Vargas.
(UEL 2018 - 2a fase)
Leia os fragmentos a seguir, retirados do livro A hora da estrela, de Clarice Lispector.
Pois a datilógrafa não quer sair de meus ombros.
Logo eu que constato que a pobreza é feia
e promíscua. Por isso não sei se minha história
vai ser – ser o quê? Não sei de nada, ainda não
me animei a escrevê-la. Terá acontecimentos?
Terá. Mas quais? Também não sei. Não estou
tentando criar em vós uma expectativa aflita
e voraz: é que realmente não sei o que me espera,
tenho um personagem buliçoso nas mãos
e que me escapa a cada instante querendo que
eu o recupere. (p.22)
[...] Vejo agora que esqueci de dizer que por enquanto
nada leio para não contaminar com luxos
a simplicidade de minha linguagem. Pois como
eu disse a palavra tem que se parecer com a
palavra, instrumento meu. Ou não sou um escritor?
Na verdade sou mais ator porque, com
apenas um modo de pontuar, faço malabarismos
de entonação, obrigo o respirar alheio a me
acompanhar o texto. (p.23)
– que ela era incompetente. Incompetente para
a vida. Faltava-lhe o jeito de se ajeitar. Só vagamente
tomava conhecimento da espécie de ausência
que tinha de si em si mesma. Se fosse
criatura que se exprimisse diria: o mundo é fora
de mim, eu sou fora de mim. (Vai ser difícil escrever
esta história. Apesar de eu não ter nada
a ver com a moça, terei que me escrever todo
através dela por entre espantos meus. Os fatos
são sonoros mas entre os fatos há um sussurro.
É o sussurro o que me impressiona.) (p.24)
Faltava-lhe o jeito de se ajeitar. Tanto que (explosão)
nada argumentou em seu próprio favor
quando o chefe da firma de representante
de roldanas avisou-lhe com brutalidade (brutalidade
essa que parecia provocar com sua cara
de tola, que pedia tapa), com brutalidade que só
ia manter no emprego Glória, sua colega, porque
quanto a ela, errava demais na datilografia,
além de sujar invariavelmente o papel. Isso
disse ele. (p.24-25)
(LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.)
Quais são as diferenças entre os fragmentos do primeiro bloco (p.22 e p.23) e os do segundo bloco (p.24 e p.24-25) quanto à relação entre o narrador e o que está sendo narrado? Exemplifique com passagens do texto.
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(UEL 2018 - 2a fase)
Leia os trechos a seguir, retirados do conto Saíde, o Lata de Água, de Mia Couto.
Entrou em casa e fechou a porta. A mão ficou
no trinco, distraída, enquanto ele passeava os
olhos naquele vazio. Lembrou-se dos tempos
em que a encontrou: foram bonitos os dias de
Júlia Timane! (p.88)
Sentiu a força do vento na porta e acordou da
lembrança. Sempre que se recordava trabalhavam
facas dentro da alma. Estava proibido de ir
ao passado. E tudo por causa de Júlia, raio de
mulher. Fechou a porta com a decisão da fúria.
(p.90)
(COUTO, M. Saíde, o Lata de Água. In. Vozes anoitecidas. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.)
Esses dois fragmentos abrem e fecham uma parte do conto que corresponde à rememoração do protagonista Saíde. Neste instante de rememoração, são narrados fatos que dizem respeito a segredos guardados pelo protagonista. Após esse momento, na etapa do conto que caminha para o desfecho, ocorre uma revelação. Com base nesses fragmentos e nessa afirmação, responda aos itens a seguir.