(UEL 2018 - 2a fase)
Leia os excertos a seguir, retirados da crônica Verdades e mentiras sobre as mães, de Martha Medeiros.
Mãe é mãe: mentira.
Mãe foi mãe, mas faz um tempão. Agora mãe é jogadora de basquete, é top model, é atriz, é superstar. Mãe,
além disso, é pediatra, cozinheira, lavadeira, psicóloga, motorista. Também é política, tirana, ditadora, não
tem outro jeito. Mãe é pai. Sustenta a casa, fuma charuto e está jogando um bolão. Mãe é irmã: empresta as
roupas, vai a shows de rock e disputa namorado com a filha. Mãe é avó: pode ter um neto da mesma idade
que seu filho. Mãe é deputada, é sem-terra, é destaque em escola de samba, é guarda de trânsito, é campeã
de aeróbica. Só não é santa, casta e pura, a não ser que você acredite em milagres. Mãe foi mãe, agora é
mãe também.
[...]
Mamãe eu quero: verdade.
Você pode não querer ser uma, mas não conheço ninguém que não queira a sua.
Maio de 1996
(Adaptado de: MEDEIROS, M. Verdades e mentiras sobre as mães. In. Topless. Porto Alegre: L&PM, 2015. p.58-60.)
Com base nos excertos e na leitura da crônica, responda aos itens a seguir.
(UEL 2018 - 2a fase) Leia a reportagem a seguir.
Cristiano Machado, 29 anos de idade, capricha na caligrafia e enfeita as cartas com desenhos. As mensagens são escritas na cela que divide com outros rapazes na Penitenciária 3 de Hortolândia (100 km de SP), de onde espera sair no final deste ano. Até lá, tentará conquistar alguém que aceite dar fim a sete anos de isolamento afetivo com uma visita à unidade prisional. Nas mensagens, ele busca uma mulher “fiel e sincera” e que acredite na recuperação dele, preso desde 2010 por roubo. “Cansei dessa vida que levo desde os 11 anos.” A dica do correio do amor veio de um colega de detenção, que arranjou uma namorada por meio da seção. Como seduzir alguém em uma situação tão adversa? “Tem que mandar bonito nas cartas. Trocar aquela ideia para convencer ela a vir e mostrar que a gente é capaz de mudar”, disse ele, ao receber a Folha no presídio. Sorriso no rosto e com algemas, diz que teve respostas às missivas, mas nenhuma visita. “As cartas dos privados de liberdade são as que mais me emocionam. São pessoas que se sentem muito solitárias e, às vezes, procuram apenas uma companhia”, diz Lara Pires, uma das jornalistas responsáveis pela seção. Antes de voltar à cela, o rapaz que cursou até a 7ª série escreve um novo texto para que a reportagem entregue ao jornal. “Não tem mulher ideal, não tem modelo. Pode ser feia, bonita, gorda, velha. Sendo sincera, ótimo.”
Adaptado de: À espera de uma visita, presidiário escreve bonito. In. “CORREIO do namoro” atrai de viúva exigente a presidiário carente em busca de novo amor.
Folha de S. Paulo, Cotidiano, B6. 12 jun. 2017.
O trecho “Tem que mandar bonito nas cartas. Trocar aquela ideia para convencer ela a vir e mostrar que a gente é capaz de mudar” apresenta marcas de informalidade. Reescreva-o de modo a eliminar essas marcas sem alterar o seu sentido original.
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(UEL 2018)
Explique o que é Inversão Térmica e sua relação com a concentração de poluentes no ambiente
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(UEL 2018)
Leia a tirinha a seguir.
(Disponível em: <http://educacao.globo.com/geografia/assunto/atualidades/mobilidade-urbana.html>. Acesso em:10 jul. 2017.)
Descreva como o intemperismo físico e o químico participam na formação das bacias sedimentares ao longo do tempo geológico.
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(UEL 2018)
Sobre os fenômenos da imigração, emigração e migração de retorno, no Brasil, considere as tendências de fluxos migratórios internacionais a partir de 1980, exemplifique e explique:
a) 1 (um) fluxo de emigração e de migração de retorno.
b) 1 (um) fluxo de imigração.
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(UEL 2018)
Dentre os quatro sistemas de transportes de passageiros e de cargas utilizados no Brasil – o rodoviário, o ferroviário, o aeroviário e o aquaviário/hidroviário – indique o modelo mais usado e discuta um dos problemas desta opção modal.
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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Lucy caiu da árvore
Conta a lenda que, na noite de 24 de novembro de 1974, as estrelas brilhavam na beira do rio Awash, no interior da Etiópia. Um gravador K7 repetia a música dos Beatles “Lucy in the Sky with Diamonds”. Inspirados, os paleontólogos decidiram que a fêmea AL 288-1, cujo esqueleto havia sido escavado naquela tarde, seria apelidada carinhosamente de Lucy.
Lucy tinha 1,10 m e pesava 30 kg. Altura e peso de um chimpanzé. 1Mas não se iluda, Lucy não pertence à linhagem que deu origem aos macacos modernos. Ela já andava ereta sobre os membros inferiores. Lucy pertence à linhagem que deu origem ao animal que escreve esta crônica e ao animal que a está lendo, eu e você.
Os ossos foram datados. Lucy morreu 3,2 milhões de anos atrás. Ela viveu 2 milhões de anos antes do aparecimento dos primeiros animais do nosso gênero, o Homo habilis. A enormidade de 3 milhões de anos separa Lucy dos mais antigos esqueletos de nossa espécie, o Homo sapiens, que surgiu no planeta faz meros 200 mil anos. Lucy, da espécie Australopithecus afarensis, é uma representante das muitas espécies que existiram na época em que a linhagem que deu origem aos homens modernos se separou da que deu origem aos macacos modernos. 2Lucy já foi chamada de elo perdido, o ponto de bifurcação que nos separou dos nossos parentes mais próximos.
Uma das principais dúvidas sobre a vida de Lucy é a seguinte: ela já era um animal terrestre, como nós, ou ainda subia em árvores?
3Muitos ossos de Lucy foram encontrados quebrados, seus fragmentos espalhados pelo chão. Até agora, se acreditava que isso se devia ao processo de fossilização e às diversas forças às quais esses ossos haviam sido submetidos. Mas os cientistas resolveram estudar em detalhes as fraturas.
As fraturas, principalmente no braço, são de compressão, aquela que ocorre quando caímos de um local alto e apoiamos os membros para amortecer a queda. Nesse caso, a força é exercida ao longo do eixo maior do osso, causando um tipo de fratura que é exatamente o encontrado em Lucy. Usando raciocínios como esse, os cientistas foram capazes de explicar todas as fraturas a partir da hipótese de que Lucy caiu do alto de uma árvore de pé, se inclinou para frente e amortizou a queda com o braço.
4Uma queda de 20 a 30 metros e Lucy atingiria o solo a 60 km/h, o suficiente para matar uma pessoa e causar esse tipo de fratura. Como existiam árvores dessa altura onde Lucy vivia e muitos chimpanzés sobem até 150 metros para comer, uma queda como essa é fácil de imaginar.
A conclusão é que Lucy morreu ao cair da árvore. E se caiu era porque estava lá em cima. E se estava lá em cima era porque sabia subir. Enfim, sugere que Lucy habitava árvores.
Mas na minha mente ficou uma dúvida. Quando criança, eu subia em árvores. E era por não sermos grandes escaladores de árvores que eu e meus amigos vivíamos caindo, alguns quebrando braços e pernas. Será que Lucy morreu exatamente por tentar fazer algo que já não era natural para sua espécie?
Fernando Reinach
adaptado de O Estado de S. Paulo, 24/09/2016.
1. (Uerj 2018) Considere que Lucy tenha caído de uma altura igual a 20 m, com aceleração constante, atingindo o solo com a velocidade de 60 km/h.
Nessas condições, o valor da aceleração, em m/s2 corresponde aproximadamente a:
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Utilizados em diversas áreas de pesquisa, balões estratosféricos são lançados com seu invólucro impermeável parcialmente cheio de gás, para que possam suportar grande expansão à medida que se elevam na atmosfera.
Um balão, lançado ao nível do mar, contém gás hélio à temperatura de 27oC ocupando um volume inicial Vi. O balão sobe e atinge uma altitude superior a 35 km, onde a pressão do ar é 0,005 vezes a pressão ao nível do mar e a temperatura é -23oC.
Considerando que o gás hélio se comporte como um gás ideal, qual é, aproximadamente, a razão Vf/Vi entre os volumes final Vf e inicial Vi?
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A figura representa uma montagem experimental em que um béquer, contendo água à temperatura ambiente, é colocado no interior de uma campânula de vidro transparente, dotada de um orifício em sua cúpula, por onde passa uma mangueira ligada a uma bomba de vácuo. A bomba é ligada, e o ar vai sendo, gradualmente, retirado do interior da campânula.
Observa-se que, a partir de determinado instante,
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No início de 2017, o Brasil registrou uma das maiores epidemias de febre amarela de sua história. Em uma aula de Biologia, a professora dividiu a classe em dois grupos, solicitando que discutissem previamente e apresentassem seus conhecimentos sobre a doença. Os grupos trouxeram as seguintes informações:
Grupo 1 – Trata-se de doença associada ao saneamento precário, à falta de banheiros e ao consumo de alimentos contaminados. Na zona urbana, a transmissão da febre amarela é feita pelo mesmo transmissor de outras doenças, o que potencializa a propagação de várias enfermidades.
Grupo 2 – A forma silvestre da febre amarela encontra-se associada a ambientes abertos e secos, e a expansão da fronteira agrícola contribui para que a doença se espalhe pelas áreas urbanas. A vacinação é a forma mais eficaz para combater a disseminação da doença.
a) Com relação às informações apresentadas pelo Grupo 1, identifique a informação que está correta, complementando-a com detalhamentos que confirmem sua veracidade.
b) Com relação às informações apresentadas pelo Grupo 2, identifique a informação que está errada, reescrevendo-a de modo correto.
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