(UNESP - 2019 - 2ª FASE)
Leia o texto para responder, em português, às questões 33, 34 e 36.
Medieval Monsters: Terrors, Aliens, Wonders
Monsters captivated the imagination of medieval men and women, just as they continue to fascinate us today. Drawing on the Morgan’s superb collection of illuminated manuscripts, this major exhibition, the first of its kind in North America, will explore the complex social role of monsters in the Middle Ages.
Medieval Monsters will lead visitors through three sections based on the ways monsters functioned in medieval societies. “Terrors” explores how monsters enhanced the aura of those in power, be they rulers, knights, or saints. A second section on “Aliens” demonstrates how marginalized groups in European societies – such as Jews, Muslims, women, the poor, and the disabled – were further alienated by being figured as monstrous. The final section, “Wonders”, considers a group of strange beauties and frightful anomalies that populated the medieval world. Whether employed in ornamental, entertaining, or contemplative settings, these fantastic beings were meant to inspire a sense of marvel and awe in their viewers.
Medieval Monsters: Terrors, Aliens, Wonders runs from June 8 to September 23, 2018 at The Morgan Library & Museum.
(www.themorgan.org, s/d. Adaptado.)
a) De acordo com o primeiro parágrafo, qual é a justificativa para uma exposição de iluminuras de monstros da Idade Média atualmente? Qual é a proposta da exposição?
b) O que os grupos sociais retratados na seção “Aliens” têm em comum? Qual era a consequência, na Idade Média, de se retratar esses grupos sociais como monstros?
(UNESP - 2019 - 2ª FASE)
Leia o trecho inicial do romance O Ateneu, de Raul Pompeia (1863-1895), para responder a questão.
“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.”
Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico; diferente do que se encontra fora, tão diferente, que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a criatura à impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora, e não viesse de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam.
Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam, a saudade dos dias que correram como melhores. Bem considerando, a atualidade é a mesma em todas as datas. Feita a compensação dos desejos que variam, das aspirações que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base fantástica de esperanças, a atualidade é uma. Sob a coloração cambiante das horas, um pouco de ouro mais pela manhã, um pouco mais de púrpura ao crepúsculo – a paisagem é a mesma de cada lado, beirando a estrada da vida.
Eu tinha onze anos.
Frequentara como externo, durante alguns meses, uma escola familiar do Caminho Novo, onde algumas senhoras inglesas, sob a direção do pai, distribuíam educação à infância como melhor lhes parecia. Entrava às nove horas timidamente, ignorando as lições com a maior regularidade, e bocejava até às duas, torcendo-me de insipidez sobre os carcomidos bancos que o colégio comprara, de pinho e usados, lustrosos do contato da malandragem de não sei quantas gerações de pequenos. Ao meio-dia, davam-nos pão com manteiga. Esta recordação gulosa é o que mais pronunciadamente me ficou dos meses de externato; com a lembrança de alguns companheiros – um que gostava de fazer rir à aula, espécie interessante de mono louro, arrepiado, vivendo a morder, nas costas da mão esquerda, uma protuberância calosa que tinha; outro adamado, elegante, sempre retirado, que vinha à escola de branco, engomadinho e radioso, fechada a blusa em diagonal do ombro à cinta por botões de madrepérola. Mais ainda: a primeira vez que ouvi certa injúria crespa, um palavrão cercado de terror no estabelecimento, que os partistas denunciavam às mestras por duas iniciais como em monograma.
Lecionou-me depois um professor em domicílio.
Apesar deste ensaio da vida escolar a que me sujeitou a família, antes da verdadeira provação, eu estava perfeitamente virgem para as sensações novas da nova fase. O internato! Destacada do conchego placentário da dieta caseira, vinha próximo o momento de se definir a minha individualidade.
(O Ateneu, 1999.)
a) Que relação o narrador estabelece entre a vida familiar e a vida no internato? Justifique sua resposta.
b) Por que razão o narrador chama de “eufemismo” os “felizes tempos”?
Ver questão
(UNESP - 2019 - 2ª FASE)
Examine a pintura do artista holandês Pieter Claesz (1597-1661) e a tradução da expressão latina Memento mori.
(Vanitas, 1625. www.franshalsmuseum.nl)
Memento mori: Lembra-te de que morrerás.
(Renzo Tosi (org.).Dicionário de sentenças latinas e gregas, 2010.)
a) Além da caveira, que outro elemento retratado na pintura de Pieter Claesz alude à expressão Memento mori? Justifique sua resposta.
b) Tendo em vista o contexto de sua produção, a temática explorada pela pintura remete mais diretamente a qual escola literária? Justifique sua resposta.
Ver questão
(UNESP - 2019 - 2ª FASE)
Leia o texto para responder, em português, às questões 33, 34 e 36.
Medieval Monsters: Terrors, Aliens, Wonders
Monsters captivated the imagination of medieval men and women, just as they continue to fascinate us today. Drawing on the Morgan’s superb collection of illuminated manuscripts, this major exhibition, the first of its kind in North America, will explore the complex social role of monsters in the Middle Ages.
Medieval Monsters will lead visitors through three sections based on the ways monsters functioned in medieval societies. “Terrors” explores how monsters enhanced the aura of those in power, be they rulers, knights, or saints. A second section on “Aliens” demonstrates how marginalized groups in European societies – such as Jews, Muslims, women, the poor, and the disabled – were further alienated by being figured as monstrous. The final section, “Wonders”, considers a group of strange beauties and frightful anomalies that populated the medieval world. Whether employed in ornamental, entertaining, or contemplative settings, these fantastic beings were meant to inspire a sense of marvel and awe in their viewers.
Medieval Monsters: Terrors, Aliens, Wonders runs from June 8 to September 23, 2018 at The Morgan Library & Museum.
(www.themorgan.org, s/d. Adaptado.)
a) Com que função eram empregadas as iluminuras da seção “Wonders” na Idade Média? Qual era o efeito produzido sobre o público?
b) Em que seção da exposição a imagem “Siren”, apresentada no texto, poderia estar localizada? Justifique sua resposta com base nas características dos grupos representados em cada seção.
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(UNESP - 2019 - 2ª FASE)
Leia o poema de Manuel Bandeira (1886-1968) para responder a questão.
Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
(Libertinagem & Estrela da manhã, 1993.)
a) Cite uma característica distintiva da poesia lírica que não se encontra nesse poema.
b) Cite três elementos que evidenciam o caráter narrativo desse poema
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(UNESP - 2019 - 2ª FASE)
Leia o trecho inicial do romance O Ateneu, de Raul Pompeia (1863-1895), para responder a questão.
“Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu. Coragem para a luta.”
Bastante experimentei depois a verdade deste aviso, que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de carinho que é o regime do amor doméstico; diferente do que se encontra fora, tão diferente, que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental, com a vantagem única de fazer mais sensível a criatura à impressão rude do primeiro ensinamento, têmpera brusca da vitalidade na influência de um novo clima rigoroso. Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipócrita dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, não nos houvesse perseguido outrora, e não viesse de longe a enfiada das decepções que nos ultrajam.
Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam, a saudade dos dias que correram como melhores. Bem considerando, a atualidade é a mesma em todas as datas. Feita a compensação dos desejos que variam, das aspirações que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base fantástica de esperanças, a atualidade é uma. Sob a coloração cambiante das horas, um pouco de ouro mais pela manhã, um pouco mais de púrpura ao crepúsculo – a paisagem é a mesma de cada lado, beirando a estrada da vida.
Eu tinha onze anos.
Frequentara como externo, durante alguns meses, uma escola familiar do Caminho Novo, onde algumas senhoras inglesas, sob a direção do pai, distribuíam educação à infância como melhor lhes parecia. Entrava às nove horas timidamente, ignorando as lições com a maior regularidade, e bocejava até às duas, torcendo-me de insipidez sobre os carcomidos bancos que o colégio comprara, de pinho e usados, lustrosos do contato da malandragem de não sei quantas gerações de pequenos. Ao meio-dia, davam-nos pão com manteiga. Esta recordação gulosa é o que mais pronunciadamente me ficou dos meses de externato; com a lembrança de alguns companheiros – um que gostava de fazer rir à aula, espécie interessante de mono louro, arrepiado, vivendo a morder, nas costas da mão esquerda, uma protuberância calosa que tinha; outro adamado, elegante, sempre retirado, que vinha à escola de branco, engomadinho e radioso, fechada a blusa em diagonal do ombro à cinta por botões de madrepérola. Mais ainda: a primeira vez que ouvi certa injúria crespa, um palavrão cercado de terror no estabelecimento, que os partistas denunciavam às mestras por duas iniciais como em monograma.
Lecionou-me depois um professor em domicílio.
Apesar deste ensaio da vida escolar a que me sujeitou a família, antes da verdadeira provação, eu estava perfeitamente virgem para as sensações novas da nova fase. O internato! Destacada do conchego placentário da dieta caseira, vinha próximo o momento de se definir a minha individualidade.
(O Ateneu, 1999.)
a) Identifique os sujeitos dos verbos “houvesse” e “viesse”, sublinhados no segundo parágrafo.
b) Transcreva o trecho “Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu.” (1º parágrafo) para o discurso indireto.
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(UNESP - 2019 - 2ª FASE)
Leia o poema de Manuel Bandeira (1886-1968) para responder a questão.
Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
(Libertinagem & Estrela da manhã, 1993.)
a) De que modo o fato de morar “num barracão sem número” contribui para a caracterização de João Gostoso?
b) Cite dois elementos da linguagem jornalística presentes no poema
Ver questão
(UNESP - 2019 - 2ª FASE)
Leia o poema de Manuel Bandeira (1886-1968) para responder a questão.
Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
(Libertinagem & Estrela da manhã, 1993.)
a) Em que verso se verifica um desvio em relação à norma-padrão da língua escrita (mas recorrente na língua oral)? Reescreva o verso, corrigindo esse desvio.
b) Cite duas características, uma de natureza temática e outra de natureza formal, que afastam esse poema da tradição parnasiano-simbolista.
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(UNESP - 2019 - 2ª FASE)
Leia o texto para responder, em português, às questões 35 e 36.
Medi-evil: the monstrous middle ages
Monsters are still everywhere. Godzilla keeps stomping through silver-screen cities, zombies lurch through eight seasons of the TV series “The Walking Dead” and the vampires of “Twilight” nibble necks across thousands of pages of the book series by Stephanie Meyer.
But those looking for some historical context should head to the Morgan Library and Museum in New York to see around 70 works (such as illuminated manuscripts) from the 9th to the 16th century that show how ogres of the imagination have always inspired terror and wonder. In a time when the distant was unknowable, they filled the gaps. Almost always from afar, the monster was a substitute for those perceived to stray from the norm.
Keep your eyes peeled for a perennial medieval favourite, the Blemmyae: disgusting headless humanoids with their faces transplanted onto their chests. These were quite possibly the inspiration for Guillermo Del Toro’s Pale Man in the film Pan’s Labyrinth (2006) – a horrifying fellow whose eyeballs peer out abjectly from his clawed hands.
(https://espresso.economist.com, 09.06.2018. Adaptado.)
a) De acordo com o texto, cite dois exemplos de monstros que ocorrem em obras contemporâneas.
b) De acordo com o texto, que tipo de sensação os monstros Blemmyae despertam? Por que os Blemmyae podem ter sido a inspiração para a criação do Homem Pálido no filme O labirinto do fauno (2006)?
(UNESP - 2019 - 2ª FASE)
Leia o texto para responder, em português, às questões 33, 34 e 36.
Medieval Monsters: Terrors, Aliens, Wonders
Monsters captivated the imagination of medieval men and women, just as they continue to fascinate us today. Drawing on the Morgan’s superb collection of illuminated manuscripts, this major exhibition, the first of its kind in North America, will explore the complex social role of monsters in the Middle Ages.
Medieval Monsters will lead visitors through three sections based on the ways monsters functioned in medieval societies. “Terrors” explores how monsters enhanced the aura of those in power, be they rulers, knights, or saints. A second section on “Aliens” demonstrates how marginalized groups in European societies – such as Jews, Muslims, women, the poor, and the disabled – were further alienated by being figured as monstrous. The final section, “Wonders”, considers a group of strange beauties and frightful anomalies that populated the medieval world. Whether employed in ornamental, entertaining, or contemplative settings, these fantastic beings were meant to inspire a sense of marvel and awe in their viewers.
Medieval Monsters: Terrors, Aliens, Wonders runs from June 8 to September 23, 2018 at The Morgan Library & Museum.
(www.themorgan.org, s/d. Adaptado.)
Leia o texto para responder, em português, às questões 35 e 36.
Medi-evil: the monstrous middle ages
Monsters are still everywhere. Godzilla keeps stomping through silver-screen cities, zombies lurch through eight seasons of the TV series “The Walking Dead” and the vampires of “Twilight” nibble necks across thousands of pages of the book series by Stephanie Meyer.
But those looking for some historical context should head to the Morgan Library and Museum in New York to see around 70 works (such as illuminated manuscripts) from the 9th to the 16th century that show how ogres of the imagination have always inspired terror and wonder. In a time when the distant was unknowable, they filled the gaps. Almost always from afar, the monster was a substitute for those perceived to stray from the norm.
Keep your eyes peeled for a perennial medieval favourite, the Blemmyae: disgusting headless humanoids with their faces transplanted onto their chests. These were quite possibly the inspiration for Guillermo Del Toro’s Pale Man in the film Pan’s Labyrinth (2006) – a horrifying fellow whose eyeballs peer out abjectly from his clawed hands.
(https://espresso.economist.com, 09.06.2018. Adaptado.)
a) De acordo com o texto, a exposição no Morgan Library and Museum abrange qual período histórico? Quantas obras compõem a exposição?
b) No trecho do segundo parágrafo “Almost always from afar, the monster was a substitute for those perceived to stray from the norm”, os trechos sublinhados podem se referir a que grupos sociais identificados no texto anterior “Medieval Monsters: Terrors, Aliens, Wonders”? Justifique sua resposta.
Ver questão