(UECE - 2022 - 2ª FASE)
Children set for more climate disasters than their grandparents, research shows
People born today will suffer many
times more extreme heatwaves and
other climate disasters over their
lifetimes than their grandparents,
[05] research has shown. The study is the
first to assess the contrasting
experience of climate extremes by
different age groups and starkly
highlights the intergenerational
[10] injustice posed by the climate crisis.
The analysis showed that a child
born in 2020 will endure an average of
30 extreme heatwaves in their lifetime,
even if countries fulfil their current
[15] pledges to cut future carbon emissions.
That is seven times more heatwaves
than someone born in 1960. Today’s
babies will also grow up to experience
twice as many droughts and wildfires
[20] and three times more river floods and
crop failures than someone who is 60
years old today.
However, rapidly cutting global
emissions to keep global heating to
[25] 1.5C would almost halve the heatwaves
today’s children will experience, while
keeping under 2C would reduce the
number by a quarter.
A vital task of the UN’s Cop26
[30] climate summit in Glasgow in November
is to deliver pledges of bigger emissions
cuts from the most polluting countries
and climate justice will be an important
element of the negotiations. Developing
[35] countries, and the youth strike
protesters who have taken to the
streets around the world, point out that
those who did least to cause the climate
crisis are suffering the most.
[40] “Our results highlight a severe
threat to the safety of young
generations and call for drastic emission
reductions to safeguard their future,”
said Prof Wim Thiery, at Vrije
[45] Universiteit Brussel in Belgium and who
led the research. He said people under
40 today were set to live
“unprecedented” lives, ie suffering
heatwaves, droughts, floods and crop
[50] failures that would have been virtually
impossible – 0.01% chance – without
global heating
Dr Katja Frieler, at the Potsdam
Institute for Climate Impact Research in
[55] Germany and part of the study team,
said: “The good news is we can take
much of the climate burden from our
children’s shoulders if we limit warming
to 1.5C by phasing out fossil fuel use.
[60] This is a huge opportunity.”
Leo Hickman, editor of Carbon
Brief, said: “These new findings
reinforce our 2019 analysis which
showed that today’s children will need
[65] to emit eight times less CO2 over the
course of their lifetime than their
grandparents, if global warming is to be
kept below 1.5C. Climate change is
already exacerbating many injustices,
[70] but the intergenerational injustice of
climate change is particularly stark.”
The research, published in the
journal Science, combined extreme
event projections from sophisticated
[75] computer climate models, detailed
population and life expectancy data,
and global temperature trajectories
from the Intergovernmental Panel on
Climate Change.
[80] The scientists said the increases
in climate impacts calculated for today’s
young people were likely to be
underestimates, as multiple extremes
within a year had to be grouped
together and the greater intensity of
[85] events was not accounted for.
There was significant regional
variation in the results. For example,
the 53 million children born in Europe
and central Asia between 2016 and
[90] 2020 will experience about four times
more extreme events in their lifetimes
under current emissions pledges, but
the 172 million children of the same age
in sub-Saharan Africa face 5.7 times
[95] more extreme events.
“This highlights a disproportionate
climate change burden for young
generations in the global south,” the
researchers said.
[100] Dohyeon Kim, an activist from
South Korea who took part in the global
climate strike on Friday, said:
“Countries of the global north need to
push governments to put justice and
[105] equity at the heart of climate action,
both in terms of climate [aid] and
setting more ambitious pledges that
take into consideration historical
responsibilities.”
[110] The analysis found that only those
aged under 40 years today will live to
see the consequences of the choices
made on emissions cuts. Those who are
older will have died before the impacts
[115] of those choices become apparent in the
world.
https://www.theguardian.com/environment/ 2021/sep/27/
In “Those who are older will have died before the impact of those choices” (lines 114-116), the verb tenses are
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(UNESP - 2022 - 2 FASE) Para responder às questões 01 e 02, examine a tirinha do cartunista André Dahmer.
Depreende-se da fala do personagem no primeiro quadrinho que
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(UNESP - 2022 - 2 FASE) Para responder às questões 01 e 02, examine a tirinha do cartunista André Dahmer.
Para produzir o efeito cômico e também crítico da tirinha, o cartunista mobiliza os seguintes recursos expressivos:
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(UNESP - 2022 - 2 FASE) Leia o ensaio “Império reverso”, de Eduardo Giannetti, para responder às questões de 03 a 05. Império reverso — O filósofo grego Diógenes fez da autossuficiência e do controle das paixões os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila no interior da qual pernoitava eram suas únicas posses. Intrigado com relatos sobre essa estranha figura, o imperador Alexandre Magno resolveu conferir de perto. Foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo, peça-me o que desejar e lhe atenderei.” Diógenes [...] não titubeou: “O senhor teria a delicadeza de afastar-se um pouco? Sua sombra está bloqueando o meu banho de sol.” O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menor número de coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e depois mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombou do morador da cisterna por ter “desperdiçado” a oferta que lhe caíra do céu, o imperador rebateu: “Pois saiba então você que, se eu não fosse Alexandre, eu teria desejado ser Diógenes.” Os extremos se tocam. — “Querei só o que podeis”, pondera o padre Antônio Vieira, “e sereis omnipotentes.”
(Eduardo Giannetti. Trópicos utópicos, 2016.)
Depreende-se do ensaio uma crítica, sobretudo,
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(UNESP - 2022 - 2 FASE) Leia o ensaio “Império reverso”, de Eduardo Giannetti, para responder às questões de 03 a 05. Império reverso — O filósofo grego Diógenes fez da autossuficiência e do controle das paixões os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila no interior da qual pernoitava eram suas únicas posses. Intrigado com relatos sobre essa estranha figura, o imperador Alexandre Magno resolveu conferir de perto. Foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo, peça-me o que desejar e lhe atenderei.” Diógenes [...] não titubeou: “O senhor teria a delicadeza de afastar-se um pouco? Sua sombra está bloqueando o meu banho de sol.” O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menor número de coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e depois mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombou do morador da cisterna por ter “desperdiçado” a oferta que lhe caíra do céu, o imperador rebateu: “Pois saiba então você que, se eu não fosse Alexandre, eu teria desejado ser Diógenes.” Os extremos se tocam. — “Querei só o que podeis”, pondera o padre Antônio Vieira, “e sereis omnipotentes.”
(Eduardo Giannetti. Trópicos utópicos, 2016.)
A resposta de Diógenes a Alexandre Magno pode ser caracterizada como
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(UNESP - 2022 - 2 FASE) Leia o ensaio “Império reverso”, de Eduardo Giannetti, para responder às questões de 03 a 05. Império reverso — O filósofo grego Diógenes fez da autossuficiência e do controle das paixões os valores centrais de sua vida: um casaco, uma mochila e uma cisterna de argila no interior da qual pernoitava eram suas únicas posses. Intrigado com relatos sobre essa estranha figura, o imperador Alexandre Magno resolveu conferir de perto. Foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo, peça-me o que desejar e lhe atenderei.” Diógenes [...] não titubeou: “O senhor teria a delicadeza de afastar-se um pouco? Sua sombra está bloqueando o meu banho de sol.” O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menor número de coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e depois mecenas de Aristóteles, aprendeu a lição. Quando um cortesão zombou do morador da cisterna por ter “desperdiçado” a oferta que lhe caíra do céu, o imperador rebateu: “Pois saiba então você que, se eu não fosse Alexandre, eu teria desejado ser Diógenes.” Os extremos se tocam. — “Querei só o que podeis”, pondera o padre Antônio Vieira, “e sereis omnipotentes.”
(Eduardo Giannetti. Trópicos utópicos, 2016.)
Ao se transpor o trecho “Foi até ele e propôs: ‘Sou o homem mais poderoso do mundo, peça-me o que desejar e lhe atenderei.’” para o discurso indireto, os termos sublinhados assumem as formas:
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(UNESP - 2022 - 2 FASE) Para responder às questões de 06 a 08, leia o soneto de Luís de Camões.
Enquanto quis Fortuna1 que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento2
Me fez que seus efeitos escrevesse.
Porém, temendo Amor3 que aviso desse
Minha escritura a algum juízo isento4,
Escureceu-me o engenho5com tormento,
Para que seus enganos não dissesse.
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades, quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são, e não defeitos6
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos
(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)
1 Fortuna: entidade mítica que presidia a sorte dos homens.
2 suave pensamento: sentimento amoroso.
3 Amor: entidade mítica que personifica o amor.
4 juízo isento: os inocentes do amor, aqueles que nunca se apaixonaram.
5 engenho: talento poético, inspiração.
6 defeitos: inverdades, fantasia.
Segundo o eu lírico, Amor torna os amantes
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(UNESP - 2022 - 2 FASE) Para responder às questões de 06 a 08, leia o soneto de Luís de Camões.
Enquanto quis Fortuna1 que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento2
Me fez que seus efeitos escrevesse.
Porém, temendo Amor3 que aviso desse
Minha escritura a algum juízo isento4,
Escureceu-me o engenho5com tormento,
Para que seus enganos não dissesse.
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades, quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são, e não defeitos6
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos
(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)
1 Fortuna: entidade mítica que presidia a sorte dos homens.
2 suave pensamento: sentimento amoroso.
3 Amor: entidade mítica que personifica o amor.
4 juízo isento: os inocentes do amor, aqueles que nunca se apaixonaram.
5 engenho: talento poético, inspiração.
6 defeitos: inverdades, fantasia.
No soneto, o eu lírico dirige-se, mediante vocativo,
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(UNESP - 2022 - 2 FASE) Para responder às questões de 06 a 08, leia o soneto de Luís de Camões.
Enquanto quis Fortuna1 que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento2
Me fez que seus efeitos escrevesse.
Porém, temendo Amor3 que aviso desse
Minha escritura a algum juízo isento4,
Escureceu-me o engenho5com tormento,
Para que seus enganos não dissesse.
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades, quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são, e não defeitos6
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos
(Luís de Camões. 20 sonetos, 2018.)
1 Fortuna: entidade mítica que presidia a sorte dos homens.
2 suave pensamento: sentimento amoroso.
3 Amor: entidade mítica que personifica o amor.
4 juízo isento: os inocentes do amor, aqueles que nunca se apaixonaram.
5 engenho: talento poético, inspiração.
6 defeitos: inverdades, fantasia.
No soneto, Amor teme que
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(UNESP - 2022 - 2ª FASE) Para responder às questões de 09 a 11, leia a crônica “Elegia do Guandu”, de Carlos Drummond de Andrade, publicada originalmente em 2 de novembro de 1974.
E se reverenciássemos neste 2 de novembro os mortos do Guandu, que descem a correnteza, a caminho do mar — o mar que eles não alcançam, pois encalham na areia das margens, e os urubus os devoram?
Perdoai se apresento matéria tão feia, em dia de flores consagradas aos mortos queridos. Estes não são amados de ninguém, ou o são de mínima gente. Seus corpos, não há quem os reclame, de medo ou seja lá pelo que for.
Se algum deles tem sorte de derivar pela restinga da Marambaia e ali é recolhido por pescadores — ah, peixe menos desejado — ganha sepultura anônima, que a piedade dos humildes providencia. Mas não é prudente pescar mortos do Guandu: há sempre a perspectiva de interrogatórios que fazem perder o dia de trabalho, às vezes mais do que isso: a liberdade, que se confisca aos suspeitos e aos que explicam mal suas pescarias macabras.
São marginais caçados pela polícia ou por outros marginais, são suicidas, são acidentados? Difícil classificá-los, se não trazem a marca registrada dos trucidadores ou estes sinais: mãos amarradas, amarrado de vários corpos, pesos amarrados aos pés. Estes últimos são mortos fáceis de catalogar, embora só se lhes vejam as cabeças em rodopio à flor d’água, mas os que vêm boiando e fluindo, fluindo e boiando, em sonho aquático deslizante, estes desesperaram da vida, ou a vida lhes faltou de surpresa?
Os mortos vão passando, procissão falhada. Eis desce o rio um lote de seis, uns aos outros ligados pela corda fraternizante. É espetáculo para se ver da janela de moradores de Itaguaí, assistentes ribeirinhos de novela de espaçados capítulos. Ver e não contar. Ver e guardar para conversas íntimas: — Ontem, na tintura da madrugada, passaram três garrafinhas. Eu vi, chamei a Teresa pra espiar também...
Garrafinhas chamam-se eles, os trucidados com chumbo aos pés, e não mais como ficou escrito em livros de cartório. O garrafinha no 1 não é diferente do garrafinha no 2 ou 3. Foram todos nivelados pelo Guandu. Como frascos vazios, de pequeno porte e nenhuma importância, lá vão rio abaixo, Nova Iguaçu abaixo, rumo do esquecimento das garrafas e dos crimes que cometeram ou não cometeram, ou dos crimes que neles foram cometidos.
[...]
O Guandu não responde a inquéritos nem a repórteres. Não distingue, carrega. Não comenta, não julga, não reclama se lhe corrompem as águas; transporta. Em sua impessoalidade serve a desígnios vários, favorece a vida que quer se desembaraçar da morte, facilita a morte que quer se libertar da vida. Pela justiça sumária, pelo absurdo, pelo desespero.
Mas não é ao Guandu que cabe dedicar uma elegia, é aos mortos do Guandu, nos quais ninguém pensa no dia de pensar os e nos mortos. Os criminosos, os não criminosos, os que se destruíram, os que resvalaram. Mortos sem sepultura e sem lembrança. Trágicos e apagados deslizantes na correnteza. Passageiros do Guandu, apenas e afinal.
(Carlos Drummond de Andrade. Os dias lindos, 2013.)
Pode-se apontar na crônica um teor, sobretudo
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