(Mackenzie 2009)
TEXTO
9Histórica e sociologicamente, os jogos em geral têm um papel muito importante3: são elementos essencialmente reveladores de características 8civilizatórias, 4isto é, através da história do jogo podemos conhecer muito da 7sociedade em que é praticado. O filósofo Platão foi um dos primeiros a reconhecer plenamente o valor formativo e disciplinador dos jogos. Ele observa que 5só se pode admitir a mudança de regras para crianças de até seis anos.
6A partir daí, as regras deveriam permanecer fixas, inalteradas, pois caso se 10habituassem 11às mudanças nas leis do jogo, os jovens desejariam experimentar alterações também nas leis da cidade, 1o que, segundo Platão, 2seria muito perigoso para a democracia.
Fátima Cabral
Assinale a alternativa CORRETA.
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(Pucsp 2009)
Mesmo os mais recalcitrantes "céticos", que insistem em negar o aquecimento global ou que ele seja provocado por atividades humanas, deveriam apoiar investimentos na busca de novas fontes energéticas.
Iniciar o parágrafo com o termo destacado serve para
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(FUVEST - 2009 - 1 FASE)
Texto para as questões de 21 a 23
Assim se explicam a minha estada debaixo da janela de Capitu e a passagem de um cavaleiro, um dandy, 3como então dizíamos. Montava um belo cavalo alazão, firme na sela, rédea na mão esquerda, a direita à cinta, botas de verniz, figura e postura esbeltas: a cara não me era desconhecida. 1Tinham passado outros, e ainda outros 2viriam atrás; todos iam às suas namoradas. Era uso do tempo namorar a cavalo. Relê Alencar: "Porque um estudante (dizia um dos seus personagens de teatro de 1858) não pode estar sem estas duas coisas, um cavalo e uma namorada". Relê Álvares de Azevedo. Uma das suas poesias é destinada a contar (1851) que residia em Catumbi, e, para ver a namorada no Catete, alugara um cavalo por três mil-réis...
Machado de Assis. Dom Casmurro.
Considerando-se o excerto no contexto da obra a que pertence, pode-se afirmar corretamente que as referências a Alencar e a Álvares de Azevedo revelam que, em "Dom Casmurro", Machado de Assis:
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(UERJ - 2009)
A metáfora é uma figura de linguagem que se caracteriza por conter uma comparação implícita.
O cartum de Sizenando constrói uma metáfora, que pode ser observada na comparação entre:
(FGV - 2009)
Obamanomics
Na percepção do eleitor americano médio, o candidato democrata, senador Barack Obama, a ser sacramentado na convenção do Partido Democrata, que começa amanhã, não navega bem em assuntos econômicos.
E, no entanto, um dos principais temas dessa campanha deveria ser a crise econômica em que o país está mergulhado há mais de um ano.
"O americano médio se sente duramente atingido no bolso. O dólar, que ainda é o dólar, símbolo de força e saúde econômica, perde valor a olhos vistos; a casa própria, um dos sonhos americanos, perde preço no mercado imobiliário; e o salário é corroído por uma inflação de 5,6% ao ano e pelo aumento do desemprego".
Apesar do seu carisma, Obama não chega a empolgar com sua plataforma de projetos para a área econômica. Defende aumento de investimentos públicos, principalmente em infraestrutura e reformas no sistema nacional de saúde. Sua proposta de seguro-saúde universal é voltada para eleitores que não conseguem pagar um plano privado. Nos Estados Unidos, não há um sistema de atendimento a todos, como no Brasil onde, mal ou bem, o SUS funciona. Lá, um seguro para família de quatro pessoas não sai por menos de USS 400 ao mês. Seu projeto implicaria custeio anual para o tesouro americano em torno de USS 50 bilhões a US$ 65 bilhões.
As reformas seriam financiadas por aumento de carga tributária dos americanos que ganham ao ano mais de USS 250 mil, segmento especialmente beneficiado pelos pacotes de cortes fiscais aprovados no governo Bush em 2001 e 2003. Obama não esconde que, em dez anos, pretende aumentar a arrecadação federal em USS 800 bilhões. (...)
Apesar de contar com grande apoio dos jovens, Obama começa a perder espaço no eleitorado, que teme o aprofundamento da crise e o considera pouco preparado para lidar com os atuais problemas.
Como lembra a revista The Economist, são essas as pessoas que mais estão sentindo o rigor da crise. "Os americanos cresceram em tempos de prosperidade. Eleitores jovens não se lembram de uma série de recessão, desde a última, que ocorreu no início dos anos 90."
Se continuar no mesmo diapasão, a campanha democrática será incapaz de tirar proveito da crise, em grande parte criada pelo governo republicano de George Bush.
E não deixa de ser irônico lembrar que o democrata Bill Clinton venceu o republicano Bush (pai) em 1992 sob o slogan "É a economia, idiota."
(O Estado de S. Paulo, 24.08.2008. Adaptado)
Considere o 3°. parágrafo do texto. Assinale a alternativa em que se apresenta o motivo por que se deve usar o ponto-e-vírgula no trecho e em que há uma frase na qual ele deve ocorrer.
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(UNIFESP - 2009)
Texto extraído de Formação da Literatura Brasileira, de Antonio Candido.
No Brasil, o homem de estudo, de ambição e de sala, que provavelmente era, encontrou condições inteiramente novas. Ficou talvez mais disponível, e o amor por Dorotéia de Seixas o iniciou em ordem nova de sentimentos: o clássico florescimento da primavera no outono.
Foi um acaso feliz para a nossa literatura esta conjunção de um poeta de meia idade com a menina de dezessete anos. O quarentão é o amoroso refinado, capaz de sentir poesia onde o adolescente só vê o embaraçoso cotidiano; e a proximidade da velhice intensifica, em relação à moça em flor, um encantamento que mais se apura pela fuga do tempo e a previsão da morte:
Ah! enquanto os destinos impiedosos
não voltam contra nós a face irada,
façamos, sim, façamos, doce amada,
os nossos breves dias mais ditosos.
Em - "Ficou talvez mais disponível, e o amor por Dorotéia de Seixas o iniciou em ordem nova de sentimentos: o clássico florescimento da primavera no outono. - a vírgula separa orações coordenadas com sujeitos gramaticais __________; os dois pontos introduzem uma __________.
Os espaços devem ser preenchidos, respectivamente, com:
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(FGV - 2009)
Como em tudo, no escrever também tenho uma espécie de receio de ir longe demais. Que será isso? _________? Retenho-me, como se _________ as rédeas de um cavalo que poderia galopar e me levar Deus sabe onde. Eu me guardo. Por que e para quê? para o que estou eu me poupando? Eu já tive clara consciência disso quando uma vez escrevi: "é preciso não ter medo de criar". Por que o medo? Medo de conhecer os limites de minha capacidade? ou medo do aprendiz de feiticeiro que não sabia como parar? Quem sabe, assim como uma mulher que se guarda intocada para dar-se um dia ao amor, talvez eu queira morrer toda inteira para que Deus me tenha toda."
Os espaços do texto devem ser preenchidos, respectivamente, com:
(UNIFESP - 2009)
Leia os textos e analise as afirmações.
I. A graça do texto 1 decorre da ambiguidade que assume o termo concreta na situação apresentada.
II. O texto 2 é exemplo de poesia concreta, relacionada ao experimentalismo poético, no qual o poema rompe com o verso tradicional e transforma-se em objeto visual.
III. Para a interpretação do texto 2, pode-se prescindir dos signos verbais.
Está CORRETO o que se afirma em:
(PUC/MG - 2009)
TRECHO 1
Belo Horizonte, que lindo nome! Fiquei a repeti-lo e a enroscar-me na sua sonoridade. Era longo, sinuoso, tinha de pássaro e sua cauda repetia rimas belas e amenas. Fonte. Monte. Ponte. Era refrescante. Continha fáceis ascensões e aladas evasões. Sugeria associações cheias de nobreza na riqueza das homofonias. Belerofonte. Laocoonte. Caronte. Era bom de repetir – Belorizonte, Belorizonte, Belorizonte – e ir despojando aos poucos a palavra: das arestas de suas consoantes e ir deixando apenas suas vogais ondularem molemente. Belo Horizonte.
Belorizonte, Beoizonte Beoionte. Fui à nossa sala de visitas e apliquei no ouvido a concha mágica que me abria os caminhos da distância. Ouvi seu ruído helênico e o apelo longínquo – beoioooooo – prolongado como silvo dos trens que subiam de Caminho Novo acima, dobrando o canto dos apitos na pauta das noites divididas.
NAVA, Pedro. Balão cativo. Ateliê, 2000. p. 85.
TRECHO 2
Belo Horizonte é hoje para mim uma cidade soterrada. Em vinte anos eliminaram a minha cidade e edificaram uma cidade estranha. Para quem continuou morando lá, a amputação pode ter sido lenta, quase indolor; para mim foi cirurgia de urgência, a prestações, sem a inconsciência do anestésico. Enterraram a minha cidade e muito de mim com ela. Em nome do progresso municipal, enterraram as minhas casas; enterraram os pisos de pedra das minhas ruas; enterraram os meus bares; minhas moças bonitas; meus bondes; minhas livrarias; bancos de praça; folhagens; enterraram-me vivo na cidade morta. Por cima de nós construíram casas modernas, arranha-céus, agências bancárias; pintaram tudo, deceparam as árvores, demoliram, mudaram fachadas, acrescentaram varandas, disfarçaram de novas as casas velhas, muraram o espaço livre, reviraram jardins, mexeram por toda a parte com uma sanha cruenta. Como se tivessem o propósito de desorientar-me, de destruir tudo que me estendia uma ponte entre o que sou e o que fui. Ai, Belo Horizonte!
TRECHO 3
Dessas marchas a pé havia uma que eu fazia com prazer. Era a da noite, indo para casa. Sempre só, seguia Afonso Pena pela beirada perfumosa do Parque ou pelo passeio fronteiro. Passava pela esquina de Seu Artur Haas e logo depois era um muro imenso até as paredes em construção da Delegacia Fiscal. Novo terreno baldio (ainda não havia Automóvel Clube). Depois era o Palácio da Justiça todo negro e fechado. Vinham as casas seguintes: A do Doutor Rodolfo Jacob; depois a deliciosa edificação em que residiriam sucessivamente o Dr. Francisco Peixoto, o Dr. Bolivar, a Dona Alice Neves, a quase igual do Dr. Balena. Em seguida o baldio, onde seria levantado o Conservatório Mineiro, a casa amarela do Maestro Flores […] Naquele ponto o céu era o mais longínquo do mundo e as estrelas palpitavam em alturas inconcebíveis. Eu andava de um lado para o outro na avenida como imantado por tal ou qual polo de atração. […] Nas noites escuras ou de chuva, tomava Cláudio Manuel, Chumbo, logo acima da esquina de Palmira dava com o Louco da Noite sempre parado debaixo dum poste de iluminação, pasmo, recebendo aquela luz voltaica e as águas do céu – sem ir, vir, esconder-se, voltar, falar. Imóvel, fora do tempo, estuporado, catatônico. Todos temiam-no na Serra. Mas ele era tímido e manso.
NAVA, Pedro. Beira-Mar. Memórias 4. Nova Fronteira, 1985. p. 132.
TRECHO 4
Noturno de Belo Horizonte
Dorme Belo Horizonte.
Seu corpo respira leve o aclive vagarento das ladeiras…
Não se escuta sequer o ruído das estrelas caminhando…
Mas os poros abertos da cidade
Aspiram com sensualidade com delícia
O ar da terra elevada.
Ar arejado batido nas pedras dos morros,
Varado através da água trançada das cachoeiras,
Ar que brota nas fontes com as águas
Por toda a parte de Minas Gerais.
ANDRADE, Mário de. Poesias completas.
Para responder a questão, leia os trechos 1, 2, 3, 4 e as considerações que se apresentam logo após o trecho 4.
I - Cada um dos trechos (1, 2, 3 e 4) apresenta uma leitura particular que o autor faz da cidade de Belo Horizonte. Em cada um deles, a partir de um ponto de vista, emerge uma cidade.
II - Quando lemos textos que leem a cidade, estamos partilhando de uma construção de sentido de um dado objeto, na qual está inscrito o modo como o autor desenha, mapeia a cidade, ou seja, apreende e representa tal objeto.
III - A descrição dos elementos físico-geográficos (a paisagem urbana) feita no universo do discurso literário pode ser talhada pela memória subjetiva, pela fabricação discursiva de um objeto, que difere daquela que se dá nos manuais de instrução da geografia ou de turismo.
A afirmativa está CORRETA em:
(Fgv 2009)
O tempo verbal em destaque na frase - "E, no entanto, um dos principais temas dessa campanha DEVERIA ser a crise econômica em que o país está mergulhado há mais de um ano". - expressa, no conjunto do texto
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