FUVEST 2013

Questão 40692

(UFU/2013) “Só é possível pensar e dizer que o ente é, pois o ser é, mas o nada não é; sobre isso, eu te peço, reflita, pois esta via de inquérito é a primeira de que te afasto; depois afasta-te daquela outra, aquela em que erram os mortais desprovidos de saber e com dupla cabeça, pois, no peito, a hesitação dirige um pensamento errante: eles se deixam levar surdos e cegos, perplexos, multidão inepta, para quem ser e não ser é considerado o mesmo e não o mesmo, para quem todo o caminho volta sobre si mesmo”.

Parmênides, Sobre a Natureza, 6, 1-9.

 

Sobre este trecho do poema de Parmênides, é correto afirmar que

I - só se pode pensar e dizer que o ser é.
II - para os mortais o ser é considerado diferente do não ser.
III - é possível dizer o não ser, embora não se possa pensá-lo.
IV - duas vias de inquérito devem ser afastadas: a do não ser e a dos mortais.

Assinale a alternativa que contém todas as afirmações corretas.

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Questão 40708

(UEL - 2013)

Leia o texto a seguir.

A questão não está mais em se um homem é honesto, mas se é inteligente. Não perguntamos se um livro é proveitoso, mas se está bem escrito. As recompensas são prodigalizadas ao engenho e ficam sem glórias as virtudes. Há mil prêmios para os belos discursos, nenhum para as belas ações.

(ROUSSEAU, J. J. Discurso sobre as ciências e as artes. 3.ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p.348. Coleção Os Pensadores.)

O texto apresenta um dos argumentos de Rousseau à questão colocada em 1749, pela Academia de Dijon, sobre o seguinte problema: O restabelecimento das Ciências e das Artes terá contribuído para aprimorar os costumes?

Com base nas críticas de Rousseau à sociedade, assinale a alternativa correta.

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Questão 40738

(PUC/RJ - 2013)  A fundação da Virgínia e da Nova Inglaterra, no início do século XVII, fez a Inglaterra adentrar a disputa colonial no Novo Mundo. Nos vastos domínios dos impérios ibéricos nas Américas, foram produzidas sociedades muito diversas e complexas – por exemplo, as do V.R. da Nova Espanha, as da região caribenha e as do V.R. do Peru. Entretanto, também nas colônias britânicas, desde a sua formação, fortes diferenças acabaram forjando sociedades bem diversas. Essa diversidade foi expressão de vários fatores, entre eles estão:

I. O fato de os propósitos das Companhias de Comércio de Londres e de Plymouth terem sido radicalmente distintos, tal como as populações que transportaram para a América.

II. O predomínio dos interesses mercantis e escravistas nas colônias da Virgínia, ao sul, contrastando com as motivações de ordem mais religiosa e políticas dos puritanos que orientaram a ocupação das colônias ao norte.

III. A dificuldade de a Igreja Anglicana fazer valer a sua autoridade e administração nas colônias do norte, berço da intolerância religiosa, loci de separatistas religiosos – dos congregacionistas, presbiterianos, batistas e anabatistas etc.

IV. A decisão prévia do Rei James I de oferecer colônias particulares a donatários ou proprietários – como William Penn e Lord Baltimore – na região das Colônias do Meio.

Assinale a alternativa CORRETA:

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Questão 40948

(UEL 2013)

Observe a figura e leia o texto a seguir.

A crise da razão se manifesta na crise do indivíduo, por meio da qual se desenvolveu. A ilusão acalentada pela filosofia tradicional sobre o indivíduo e sobre a razão – a ilusão da sua eternidade – está se dissipando. O indivíduo outrora concebia a razão como um instrumento do eu, exclusivamente. Hoje, ele experimenta o reverso dessa autodeificação.
(HORKHEIMER, M. Eclipse da razão. São Paulo: Centauro, 2000, p.131.)

Com base na figura e nos conhecimentos sobre a crise da razão e do indivíduo na contemporaneidade, em Horkheimer, considere as afirmativas a seguir.

I. A crise do indivíduo implica na sua fragmentação: embora ele ainda se represente, a imagem que possui de si é incompleta, parcial.
II. A crise do indivíduo resulta de uma incompreensão: ignorar que ele é uma particularidade ordenada (microcosmo) inserida numa totalidade ordenada (macrocosmo).
III. O indivíduo, que é unitário, apreende a si mesmo e ao mundo plenamente, faltando-lhe, porém, os meios adequados para comunicar tal conhecimento.
IV. O desenvolvimento das ciências humanas levou a uma recusa da ideia universal de homem: nega-se à razão o poder de fundamentar absolutamente o conhecimento sobre o indivíduo.

Assinale a alternativa correta.

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Questão 40959

(UNIOESTE 2013)

Em seu artigo Max Horkheimer: teoria crítica e materialismo interdisciplinar (2011), o filósofo Luís Sérgio Repa afirma que a teoria crítica procurou reintegrar a razão pelas promessas não cumpridas pelo Iluminismo. Entre os pensadores ligados a Escola de Frankfurt, Max Horkheimer se destacou por ter sistematizado e teorizado a teoria crítica, além de ter formulado um programa de pesquisa.

Entre os principais fundamentos teóricos da teoria crítica frankfurtiana, assinale a alternativa correta.

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Questão 40981

(Unioeste 2013) Em seu texto, O Enfraquecimento da Sociedade Civil, Michael Hardt salienta que na obra de Michel Foucault, a intermediação institucional que define a relação entre sociedade civil e Estado aparece em uma funcionalidade totalmente projetada para fins autoritários e antidemocráticos. Foucault se refere às múltiplas formas de organização e produção de forças sociais pelo Estado que impedem que forças pluralistas e interesses da sociedade civil se sobressaiam sobre o Estado.

Tendo em vista essa intermediação entre Estado e sociedade civil, assinale a alternativa que corresponda à concepção foucaultiana de Estado.

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Questão 41016

(UPE 2013) Dentre os variados aspectos do pensamento humano, existe o pensamento mítico. Sobre essa forma de pensar, leia o texto a seguir: Um mito diz respeito, sempre, a acontecimentos passados: antes da criação do mundo, ou durante os primeiros tempos, em todo o caso faz muito tempo. Mas o valor intrínseco atribuído ao mito provém de que estes acontecimentos, que decorrem supostamente em um momento do tempo, formam também uma estrutura permanente. Esta se relaciona simultaneamente ao passado, ao presente e ao futuro.

Lévi-Strauss, C. Antropologia Estrutural. Rio, 1975, p. 241

 

Com relação a essa forma do pensar humano, assinale com V as afirmativas Verdadeiras e com F as Falsas.

I- O mito é uma tentativa fracassada de explicação da realidade.

II- O ser humano encontrou, na consciência mítica, a base para organizar um conhecimento sobre a realidade.

III- O mito é recuperado no cotidiano do homem contemporâneo e se apresenta com uma abrangência diferente daquela que se fazia sentir no homem primitivo.

IV- A única ideia verdadeira sobre mito faz-se presente no homem moderno, quando este deseja superar a própria impotência e se tornar um ser excepcional.

V- O mito é uma forma autônoma de pensamento, quando ligado à tarefa de esclarecer a existência humana no mundo.

 

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

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Questão 41033

(UEG/2013)

A ciência desconfia da veracidade de nossas certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da ausência de crítica e da falta de curiosidade. Por isso, onde vemos coisas, fatos e acontecimentos, a atitude científica vê problemas e obstáculos, aparências que precisam ser explicadas.

 CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003. p. 218.

Com base na afirmação precedente pode-se afirmar que:

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Questão 41042

(UEG 2013)

As histórias, resultado da ação e do discurso, revelam um agente, mas este agente não é autor nem produtor. Alguém a iniciou e dela é o sujeito, na dupla acepção da palavra, mas ninguém é seu autor.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Apud SÁTIRO, A.; WUENSCH, A. M. Pensando melhor – iniciação ao filosofar. São Paulo: Saraiva, 2001. p. 24.

A filósofa alemã Hannah Arendt foi uma das mais refinadas pensadoras contemporâneas, refletindo sobre eventos como a ascensão do nazismo, o Holocausto, o papel histórico das massas etc. No trecho citado, ela reflete sobre a importância da ação e do discurso como fomentadores do que chama de “negócios humanos”.

Nesse sentido, Arendt defende o seguinte ponto de vista:

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Questão 41057

(UNIMONTES - 2013)

Deleuze e Guattari entendem a filosofia como possibilidade de instauração do caos. Nesse sentido, a filosofia é capaz de criticar a si mesma e também às outras formas de pensar e agir. Com relação à filosofia, podemos afirmar:

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