(FUVEST 2015 - 2 fase) Leia o seguinte texto jornalístico:
PARA PARA
Numa de suas recentes críticas internas, a ombudsman desta Folha propôs uma campanha para devolver o acento que a reforma ortográfica roubou do verbo “parar”. Faz todo sentido. O que não faz nenhum sentido é ler “São Paulo para para ver o Corinthians jogar”. Pior ainda que ler é ter de escrever.
Juca Kfouri, Folha de S. Paulo, 22/09/2014. Adaptado.
a) No primeiro período do texto, existe alguma palavra cujo emprego conota a opinião do articulista sobre a reforma ortográfica? Justifique sua resposta.
b) Para evitar o “para para” que desagradou ao jornalista, pode-se reescrever a frase “São Paulo para para ver o Corinthians jogar”, substituindo a preposição que nela ocorre por outra de igual valor sintático-semântico ou alterando a ordem dos termos que a compõem. Você concorda com essa afirmação? Justifique sua resposta.
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(FUVEST 2015 - 2 fase) Leia o seguinte texto:
Mal traçadas
Canadá planeja extinguir os carteiros
No mundo inteiro, os serviços de correio tentam se adaptar à disseminação do e-mail, do Facebook, do SMS e do Skype, que golpearam quase até a morte os hábitos tradicionais de correspondência, mas em nenhum lugar se chegou tão longe quanto no Canadá. Em dezembro, o Canada Post anunciou nada menos que a extinção do carteiro tal como o conhecemos. A meta é acabar com o andarilho uniformizado que, faça chuva ou faça sol, distribui envelopes de porta em porta e, às vezes, até conhece os rostos por trás dos nomes dos destinatários. Os adultos de amanhã se lembrarão dele tanto quanto os de hoje se recordam dos leiteiros, profetizou o blog de assuntos metropolitanos do jornal Toronto Star, conformado à marcha inelutável da modernidade tecnológica.
Claudia Antunes, http://revistapiaui.estadao.com.br. Adaptado
a) Qual é a relação de sentido existente entre o título “Mal traçadas” e o assunto do texto?
b) Sem alterar o sentido, reescreva o trecho “conformado à marcha inelutável da modernidade tecnológica”, substituindo a palavra “conformado” por um sinônimo e o adjetivo “inelutável” pelo verbo lutar, fazendo as modificações necessárias.
Exemplo: “marcha inevitável da modernidade tecnológica” = marcha da modernidade tecnológica que não se pode evitar.
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(FUVEST - 2015 - 2ª FASE)
Leia a seguinte mensagem publicitária de uma empresa da área de logística:
A gente anda na linha para levar sua empresa mais longe
Mudamos o jeito de transportar contêineres no Brasil e Mercosul. Através do modal ferroviário, oferecemos soluções logísticas econômicas, seguras e sustentáveis.
a) Visando a obter maior expressividade, recorre-se, no título da mensagem, ao emprego de expressão com duplo sentido. Indique essa expressão e explique sucintamente.
b) Segundo o anúncio, uma das vantagens do produto (transporte ferroviário) nele oferecido é o fato de esse produto ser “sustentável”. Cite um motivo que justifique tal afirmação.
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(FUVEST 2015 - 2 fase) Limite inferior
Aprendi muito com o economista-filósofo Roberto de Oliveira Campos, particularmente quando tive a honra e a oportunidade de conviver com ele durante anos na Câmara dos Deputados. Sentávamos juntos e assistíamos aos mesmos discursos, alguns muito bons e sábios. Frequentemente, diante de alguns incontroláveis colegas que exerciam uma oratória de alta visibilidade, com os dois braços agitados tentando encontrar uma ideia, Roberto me surpreendia com a afirmação: “Delfim, acabo de demonstrar um teorema”. E sacava uma mordaz conclusão crítica contra o incauto orador. Um belo dia, um falante e conhecido deputado ensurdeceu o plenário com uma gritaria que entupiu os ouvidos dos colegas. A quantidade de sandices ditas no longo discurso com o ar de quem estava inventando o mundo fez Roberto reagir com incontida indignação. Soltou de supetão: “Delfim, construí um axioma, uma afirmação preliminar que deve ser aceita pela fé, sem exigir prova: a ignorância não tem limite inferior”. E completou, com a perversidade de sua imensa inteligência: “Com ele poderemos construir mundos maravilhosos”.
Antonio Delfim Netto, Folha de S. Paulo, 17/09/2014. Adaptado
a) Explique por que o axioma formulado por Roberto de Oliveira Campos tornaria possível “construir mundos maravilhosos”.
b) Identifique o trecho do texto que explica o emprego da expressão “oratória de alta visibilidade”.
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(FUVEST - 2015 - 2ª FASE)
Examine a tirinha.
a) De acordo com o contexto, o que explica o modo de falar das personagens representadas pelas duas traças?
b) Mantendo o contexto em que se dá o diálogo, reescreva as duas falas do primeiro quadrinho, empregando o português usual e gramaticalmente correto.
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(FUVEST 2015 - 2 fase) Andai, ganha-pães, andai; reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai. No fim de tudo isto, o que lucrou a espécie humana? Que há mais umas poucas de dúzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico? Que lho digam no Parlamento inglês, onde, depois de tantas comissões de inquérito, já deve de andar orçado o número de almas que é preciso vender ao diabo, o número de corpos que se têm de entregar antes do tempo ao cemitério para fazer um tecelão rico e fidalgo como Sir Roberto Peel, um mineiro, um banqueiro, um granjeeir ou seja o que for: cada homem rico, abastado, custa centos de infelizes, de miseráveis.
Almeida Garrett, Viagens na minha terra.,
a) Destas reflexões feitas pelo narrador de Viagens na minha terra, deduz-se que ele tinha em mente um determinado ideal de sociedade. O que caracteriza esse ideal? Explique resumidamente.
b) Identifique, em Viagens na minha terra, o tipo social sobre o qual, principalmente, irá recair a crítica presente nas reflexões do narrador, no trecho aqui reproduzido. O que, de acordo com o livro, caracteriza esse tipo social?
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(FUVEST 2015 - 2 fase) Responda ao que se pede
a) Qual é a relação entre o “sistema de filosofia” do “Humanitismo”, tal como figurado nas Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e as correntes de pensamento filosófico e científico presentes no contexto histórico-cultural em que essa obra foi escrita? Explique resumidamente.
b) De que maneira, em O cortiço, de Aluísio Azevedo, são encaradas as correntes de pensamento filosófico e científico de grande prestígio na época em que o romance foi escrito? Explique sucintamente.
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(FUVEST 2015 - 2 fase) A uma religiosidade de superfície, menos atenta ao sentido íntimo das cerimônias do que ao colorido e à pompa exterior, quase carnal em seu apego ao concreto (...); transigente e, por isso mesmo, pronta a acordos, ninguém pediria, certamente, que se elevasse a produzir qualquer moral social poderosa. Religiosidade que se perdia e se confundia num mundo sem forma e que, por isso mesmo, não tinha forças para lhe impor sua ordem.
Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil. Adaptado
Tendo em vista estas reflexões de Sérgio Buarque de Holanda a respeito do sentido da religião na formação do Brasil, responda ao que se pede.
a) Essas reflexões se aplicam à sociedade representada nas Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida? Justifique resumidamente.
b) Os juízos aqui expressos por Sérgio Buarque de Holanda encontram exemplificação em Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, especialmente na parte em que se narra o período de formação do menino Brás Cubas? Justifique sucintamente.
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(FUVEST 2015 - 2 fase) Leia o poema de Drummond para responder às questões relativas a dois versos de sua última estrofe.
Considerando-se a “Elegia 1938” no contexto de Sentimento do mundo, explique sucintamente
a) a que se refere o eu lírico com a expressão “felicidade coletiva”?
b) o que simboliza, para o eu lírico, a “ilha de Manhattan”?
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Uma bola é lançada com velocidade horizontal de 2,5 m/s do alto de um edifício e alcança o solo a 5,0 m da base do mesmo.
Despreze efeitos de resistência do ar e indique, em metros, a altura do edifício.
Considere: g = 10 m/s²