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A charge de Angelo Agostini foi publicada em 1880, em meio aos debates sobre a Lei dos Sexagenários no parlamento brasileiro.
A charge
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“Entre os anos de 2012 e 2022, o número de pessoas autodeclaradas pretas e pardas aumentou em uma taxa superior à do crescimento do total da população do país, segundo o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE. No caso dos negros, essa porcentagem variou de 7,4% em 2012 para 10,6% em 2022. ‘(...) uma das hipóteses para o crescimento da proporção é que a percepção racial tenha mudado dentro da população, nos últimos anos’.”
O Globo, 22/07/2022; CNN Brasil, 16/06/2023.
“Pois bem, é justamente a partir daí que aparece a necessidade de teorizar as ‘raças’ como o que elas são, ou seja, construtos sociais, formas de identidade baseadas numa ideia biológica errônea, mas eficaz, socialmente, para construir, manter e reproduzir diferenças e privilégios. Se as raças não existem num sentido estritamente realista de ciência, ou seja, se não são um fato do mundo físico, são, contudo, plenamente existentes no mundo social, produtos de formas de classificar e de identificar que orientam as ações dos seres humanos.”
GUIMARÃES, Antônio Sergio Alfredo. Raças e estudos de relações raciais no Brasil. Novos Estudos CEBRAP, n.54, 1999. p.153.
Relacionando os dados trazidos pela PNAD/IBGE e o conceito de raça do sociólogo Antônio Sergio Alfredo Guimarães, é correto afirmar:
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“O lugar do ensino superior agora tem as portas abertas. A (...) Constituição é que impõe essa situação por decreto. Mas (...) este não pode garantir que todos tenham a tal ‘capacidade’ que lhes vai permitir o aproveitamento dessa educação. Há rapazes – até agora são poucas as moças com a força de vontade que Jabu, ainda menina, tinha para dar e vender – que recebem bolsas ou auxílios de algum tipo (...). As ‘aulas de reforço’ (...): um band-aid. Steve sabe que isso não é uma solução para o abismo da educação ruim do fundo do qual os alunos tentam emergir.
A Luta não terminou.
– (...) Eu tenho alunos de estudos africanos que não sabem escrever (...).
– Então o que é que nós devíamos estar fazendo? (...) O professor Nielson ainda usa terno (...), embora o padrão da indumentária tenha relaxado a partir do exemplo dado pelas túnicas de Mandela. (...) – Você não está propondo que a gente baixe ainda mais os critérios de admissão à universidade. Então a universidade é pra avançar no conhecimento ou é pra andar pra trás?
O que Steve está perguntando é se esse ensino adicional de faz de conta na esperança de elevar os alunos a um nível universitário pode compensar dez anos de educação primária e secundária de péssimo nível.”
GORDIMER, Nadine. O melhor tempo é o tempo presente. São Paulo: Companhia das Letras, 2014. p.82-83.
No excerto do romance da escritora sul-africana Nadine Gordimer, é possível identificar:
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“Por quê? Porque pensar em direitos humanos tem um pressuposto: reconhecer que aquilo que consideramos indispensável para nós é também indispensável para o próximo. (...).
Nesse ponto as pessoas são frequentemente vítimas de uma curiosa obnubilação. Elas afirmam que o próximo tem direito, sem dúvida, a certos bens fundamentais, como casa, comida, instrução, saúde, coisas que ninguém bem formado admite hoje em dia que sejam privilégio de minorias, como são no Brasil. Mas será que pensam que seu semelhante pobre teria direito a ler Dostoievski ou ouvir os quartetos de Beethoven? (...). Ora, o esforço para incluir o semelhante no mesmo elenco de bens que reivindicamos está na base da reflexão sobre os direitos humanos.”
CANDIDO, Antonio. Vários escritos. 3ª ed. revista e ampliada. São Paulo: Duas Cidades, 1995.
Com base na leitura do texto, pode-se afirmar que Antonio Candido defende que o acesso a bens como a literatura e a música
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TEXTO PARA AS QUESTÕES 11 E 12
Vincent van Gogh. Salvador Dalí. Frida Kahlo. Casual perusers of ads everywhere would be forgiven for thinking that art galleries are enjoying some sort of golden age. The truth is less exciting, more expensive and certainly more depressing. For this is no ordinary art on offer; this art is “immersive”, the latest lovechild of TikTok and enterprising warehouse landlords. The first problem with immersive art? It's not actually very immersive. A common trope of “immersive” retrospectives is to recreate original pieces using gimmicky tech. But merely aiming a projector at a blank canvas doesn’t do much in the way of sensory stimulation. My favourite element of an “immersive” show I have been to was their faithful recreation of Van Gogh’s bedroom. An ambitious feat, executed with some furniture and, of course, mutilated pastiches of his paintings. While projectors, surround sound and uncomfortably wacky seating are mainstays of immersive art, there are also the VR headsets. But many exhibitions don’t even include these with the standard ticket, so my return to reality has twice been accompanied by an usher brandishing a credit card machine. Sometimes these installations are so banal and depthless, visitors have often walked through installations entirely oblivious to whatever is happening around them. Despite the fixation “immersive experiences” have with novelty, the products of their labours are remarkably similar: disappointing light shows punctuated by a few gamified set pieces.
Disponível em https://www.vice.com/en/article/. Adaptado.
De acordo com o texto, muitos visitantes das exposições de arte imersivas demonstram
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TEXTO PARA AS QUESTÕES 11 E 12
Vincent van Gogh. Salvador Dalí. Frida Kahlo. Casual perusers of ads everywhere would be forgiven for thinking that art galleries are enjoying some sort of golden age. The truth is less exciting, more expensive and certainly more depressing. For this is no ordinary art on offer; this art is “immersive”, the latest lovechild of TikTok and enterprising warehouse landlords. The first problem with immersive art? It's not actually very immersive. A common trope of “immersive” retrospectives is to recreate original pieces using gimmicky tech. But merely aiming a projector at a blank canvas doesn’t do much in the way of sensory stimulation. My favourite element of an “immersive” show I have been to was their faithful recreation of Van Gogh’s bedroom. An ambitious feat, executed with some furniture and, of course, mutilated pastiches of his paintings. While projectors, surround sound and uncomfortably wacky seating are mainstays of immersive art, there are also the VR headsets. But many exhibitions don’t even include these with the standard ticket, so my return to reality has twice been accompanied by an usher brandishing a credit card machine. Sometimes these installations are so banal and depthless, visitors have often walked through installations entirely oblivious to whatever is happening around them. Despite the fixation “immersive experiences” have with novelty, the products of their labours are remarkably similar: disappointing light shows punctuated by a few gamified set pieces.
Disponível em https://www.vice.com/en/article/. Adaptado.
O texto apresenta uma crítica às exposições de arte imersivas que está relacionada com
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Matrizes podem ser usadas para se obter informações sobre uma rede social. Para compreender como isso pode ser feito, consideremos como exemplo uma pequena rede social formada por 4 pessoas: P1, P2, P3, P4. A matriz associada a essa rede social é a matriz 4×4:
O valor 1 (um) na posição a32 (linha 3, coluna 2) da matriz significa que a pessoa P3 segue a pessoa P2, ao passo que o valor 0 (zero) na posição a24 (linha 2, coluna 4) significa que a pessoa P2 não segue a pessoa P4. O valor 0 (zero) será atribuído às posições aii. O significado do valor da posição bmn da matriz produto M x M=M2 é a quantidade de conexões da pessoa Pm até a pessoa Pn passando exatamente por uma pessoa, diferente delas duas, que chamaremos de conexão de grau 2.
Dessa forma, os valores das posições da matriz M2 podem refletir o alcance da rede social, suas potencialidades e fraquezas, a influência de certos membros dela, dentre outros aspectos.
Com relação à rede social apresentada, é correto afirmar que:
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Na série ficcional Wandinha, o poder da visão é transmitido entre as bruxas, conforme o modelo genealógico hipotético a seguir:
Considerando a genealogia apresentada, o poder da visão tem herança
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Em Dois irmãos, de Milton Hatoum, os gêmeos Yaqub e Omar representam duas personalidades antagônicas que se enfrentam ao longo da narrativa. A rivalidade entre eles tem como resultado:
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“O Quim disse-me também que as feridas do Cão Tinhoso eram por causa da guerra e da bomba atômica [...] O Quim disse-me isso de o Cão Tinhoso ser muito velho quando um dia o vimos a bocejar sem dentes na boca. Foi nesse dia que me contou a história da bomba atômica com os japoneses pequeninos a morrer todos que era uma beleza e o Cão Tinhoso a fugir depois de ela rebentar e a correr uma distância monstra para não morrer.”
Luís Bernardo Honwana. Nós matamos o Cão Tinhoso!.
A radiação ionizante, resultante da explosão da bomba atômica, é capaz de provocar feridas na pele iguais às do Cão Tinhoso, que são consequências de
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