(FUVEST - 2024)
A temperatura ideal para uso de um forno a lenha para preparo de pizzas pode ser inferida pela observação da coloração das paredes internas do forno. Abaixo da temperatura ideal, um material particulado preto proveniente da queima da lenha pode ser visto recobrindo as paredes internas. Quando a temperatura ideal é atingida, esse material particulado não é mais observado e a superfície mais clara do interior do forno pode ser vista, como apresentado nas fotos.
A coloração da superfície interior do forno permite inferir a temperatura ideal, pois
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(FUVEST - 2024)
Fogareiros abastecidos com pequenos botijões de gás são equipamentos corriqueiros em trilhas e escaladas de duração prolongada para possibilitar o cozimento de alimentos. Em geral, esses botijões são abastecidos com propano, isobutano ou n-butano. A tabela mostra a temperatura de ebulição e o calor liberado na combustão desses três gases, à pressão atmosférica.
Com base nessas informações, qual seria o gás mais indicado para a utilização em um ambiente com temperatura típica de -6 °C, considerando a viabilidade e o consumo de gás necessário para o preparo de alimentos?
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(FUVEST - 2024)
Para gerar hidrogênio, foi utilizado o aparato ilustrado na figura.
Ao frasco à esquerda adicionou-se uma quantidade prédeterminada de raspas de zinco metálico e ácido clorídrico. Em seguida, o frasco foi fechado com uma rolha conectada a uma tubulação. À medida que o hidrogênio é produzido pela reação , o gás se acumula em uma proveta previamente cheia de água. Dado que a solubilidade do hidrogênio na água é desprezível, o volume ocupado pelo gás na proveta corresponde ao volume de hidrogênio produzido durante a reação.
Considerando que, nas condições do experimento, foram gerados 49,8 mL de hidrogênio, qual a quantidade de Zn metálico, em gramas, que de fato reagiu?
Note e adote: Volume molar do gás ideal nas condições do experimento = 24,9 L.
Massa molar do Zn = 65,4 g/mol.
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(FUVEST - 2024)
Considere o anúncio jornalístico e os comentários do X (antigo Twitter) para responder à questão.
a) O anúncio da abertura de um café no Museu da Língua Portuguesa causou muita agitação nas redes sociais. Considerando os comentários retirados do antigo Twitter, como se caracteriza a postura dos usuários em relação à reportagem e ao próprio idioma?
b) Os comentários apresentados revelam o registro informal da língua. Identifique dois exemplos de registros informais e explique de que maneira colaboram para a construção de sentido do texto.
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(FUVEST - 2024)
Leia o texto para responder à questão.
“Tudo que nos acontece, especialmente nesta era da (Des)Informação, pode ser sintetizado pelas imagens que passam, céleres, pela internet, com destaque para as que estão nas redes sociais. Os textos vão ficando cada vez mais curtos, os vídeos, minúsculos, porém, mais numerosos e cheios de efeitos. As fotos, cada vez mais sofisticadas, mais ‘nítidas’ ou elaboradas com técnicas de inteligência artificial, fazem com que duvidemos do que vemos, o que nos torna cada vez mais incrédulos e inseguros daquilo que nos acontece. Quem não se chocou com as imagens de destruição dos prédios dos Três Poderes brasileiros por conta do ataque de vândalos no dia 8 de janeiro? E o que dizer das fotos e vídeos dos Yanomami, exibindo o descaso, o descuido, a crueldade, o genocídio em curso, como já afirmam as diversas instituições responsáveis pelos direitos humanos no Brasil e no mundo? Muitos de nós realmente ficamos sem palavras, e não porque ‘uma imagem vale mais do que mil palavras’, mas sobretudo porque ainda há quem questione se estamos vendo o que estamos vendo e, o que é mais preocupante, saindo em defesa ou contrapondo essas imagens com outras, ‘fakes’ e eivadas de teorias conspiratórias. Olhar, no mundo em que vivemos, mais do que nunca é buscar e ‘fabricar uma significação’. Nesses tempos em que reinam a desinformação e as teorias conspiratórias, ter ‘olhos de ver’ é mais um dos desafios que temos de enfrentar no nosso cotidiano, especialmente se estamos nas mídias sociais. Está cada dia mais complicado pensar sobre o que vemos.”
Januária Cristina Alves. Uma imagem é sempre muito mais do que uma imagem. 02/02/2023. Disponível em https://www.nexojornal.com.br/. Adaptado.
a) Qual o significado no texto da expressão “olhos de ver”? Relacione o seu sentido com a sua importância em tempos de “(Des)Informação”.
b) Mantendo o sentido do texto, escreva três palavras que podem substituir, respectivamente, “céleres”, “incrédulos" e “eivadas”.
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Leia o texto para responder à questão.
“Quando falo de humanidade não estou falando só do Homo sapiens, me refiro a uma imensidão de seres que nós excluímos desde sempre: caçamos baleia, tiramos barbatana de tubarão, matamos leão e o penduramos na parede para mostrar que somos mais bravos que ele. Além da matança de todos os outros humanos que a gente achou que não tinham nada, que estavam aí só para nos suprir com roupa, comida, abrigo. Somos a praga do planeta, uma espécie de ameba gigante. Ao longo da história, os humanos, aliás, esse clube exclusivo da humanidade — que está na declaração universal dos direitos humanos e nos protocolos das instituições —, foram devastando tudo ao seu redor. É como se tivessem elegido uma casta, a humanidade, e todos que estão fora dela são a sub-humanidade. Não são só os caiçaras, quilombolas e povos indígenas, mas toda vida que deliberadamente largamos à margem do caminho. E o caminho é o progresso: essa ideia prospectiva de que estamos indo para algum lugar. Há um horizonte, estamos indo para lá, e vamos largando no percurso tudo que não interessa, o que sobra, a sub-humanidade — alguns de nós fazemos parte dela.
É incrível que esse vírus que está aí agora esteja atingindo só as pessoas. Foi uma manobra fantástica do organismo da Terra tirar a teta da nossa boca e dizer: ‘Respirem agora, quero ver’. Isso denuncia o artifício do tipo de vida que nós criamos, porque chega uma hora que você precisa de uma máscara, de um aparelho para respirar, mas, em algum lugar, o aparelho precisa de uma usina hidrelétrica, nuclear ou de um gerador de energia qualquer.
E o gerador também pode apagar, independentemente do nosso decreto, da nossa disposição. Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre. Não é preciso nenhum sistema bélico complexo para apagar essa tal de humanidade: se extingue com a mesma facilidade que os mosquitos de uma sala depois de aplicado um aerossol. Nós não estamos com nada: essa é a declaração da Terra.”
Ailton Krenak. A vida não é útil. 2020.
a) Identifique o processo de formação das palavras “humanidade” e “sub-humanidade”, bem como o seu sentido no texto.
b) Mantendo a correlação verbal, reescreva, na folha de respostas, o trecho a seguir iniciando por “Estávamos”. Estamos sendo lembrados de que somos tão vulneráveis que, se cortarem nosso ar por alguns minutos, a gente morre.
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Considere os dois verbetes a seguir para responder à questão.
a) Qual o tratamento dado ao termo "traveco", na segunda acepção do Dicionário Michaelis, e no Glossário Antidiscriminatório? De que modo os sentidos desse termo, no Dicionário e no Glossário, se aproximam ou se afastam?
b) Redija uma atualização do verbete “travesti” para o Dicionário Michaelis, incluindo sua classe e gênero gramaticais.
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Leia o texto para responder à questão.
“A Dinamarca vai devolver ao Brasil um manto tupinambá que está em Copenhague desde pelo menos 1699. A peça, considerada extremamente rara, será doada para o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, pelo Museu Nacional da Dinamarca. O manto é feito de penas vermelhas de guará. Artista, Glicéria Tupinambá está completando sua formação em antropologia no Museu Nacional e vem realizando um trabalho de encontro e pesquisa dos mantos e outros artefatos de seus ancestrais junto às instituições europeias. Em 2006, Glicéria estava trabalhando na composição de um novo manto tupinambá como forma de agradecimento a entidades sagradas, os Encantados, pelo processo de retomada do território indígena. Por meio de fotos, ela vinha tentando entender a técnica para fazer a trama dos mantos da mesma forma que era feita por seus antepassados. ‘Eu fui entendendo a questão do ponto, que é o ponto do jereré, que as mulheres tupinambá utilizam para fazer instrumentos de pesca. Só duas mulheres sabiam fazer esse ponto na aldeia, minha madrinha de 97 anos e minha prima de 78 anos. Mulheres detentoras de um saber que está quase extinto’, conta ela. O primeiro manto que Glicéria teve oportunidade de conhecer pessoalmente está — ainda — na França. ‘Eu quero ver o avesso’, disse ela à equipe do museu parisiense, em 2018. ‘O pessoal fica muito ligado na cor da pena, mas eu queria entender a malha, a técnica, ver o avesso’. Mas não só isso. Glicéria também queria escutar o manto. ‘O manto fala comigo. A gente tem uma relação ancestral’, explica ela. ‘Sei que para quem passou a vida inteira ouvindo que objetos não falam, eu pareço uma pessoa louca. Mas eu venho de um contexto de aldeia, e a gente entende que os objetos não são simplesmente objetos, ainda mais quando se tratam de vestimentas usadas no ambiente religioso’. Glicéria conta que, na ocasião, o manto mostrou a ela três imagens: ‘Uma quando ele estava dentro do território, eu via mulheres, crianças, as penas, a feitura. Outra imagem que ele me apresenta era ele dentro de uma embarcação, as pessoas na margem. Eu podia sentir a areia nos meus pés e ver a embarcação sumindo no fio do horizonte. E, depois, eu vejo esse manto saindo da embarcação e desaparecendo por uma viela escura’.”
Isabel Seta. Raríssimo manto tupinambá que está na Dinamarca será devolvido ao Brasil; peça vai ficar no Museu Nacional. 28/06/2023. Disponível em: https://g1.globo.com/.
a) Justifique o uso de "ainda" no trecho "O primeiro manto que Glicéria teve oportunidade de conhecer pessoalmente está — ainda — na França.". Reescreva a frase, substituindo apenas a palavra "ainda", sem prejuízo do sentido.
b) Explique o sentido do trecho "os objetos não são simplesmente objetos" no texto.
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Examine a charge para responder à questão.
a) Qual a crítica social explorada pela charge?
b) Explique a polissemia expressa pela última palavra da gradação contida na charge.
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Leia os textos para responder à questão.
I.
Poema de sete faces
Quando nasci, um anjo torto | |
desses que vivem na sombra | |
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. | |
As casas espiam os homens | |
que correm atrás de mulheres. | |
A tarde talvez fosse azul, | |
não houvesse tantos desejos. | |
Carlos Drummond de Andrade. Alguma Poesia. |
Anjos tronchos
Uns anjos tronchos do Vale do Silício | |
Desses que vivem no escuro em plena luz | |
Disseram: Vai ser virtuoso no vício | |
Das telas dos azuis mais do que azuis | |
Agora a minha história é um denso algoritmo | |
Que vende venda a vendedores reais | |
Neurônios meus ganharam novo ritmo | |
E mais, e mais, e mais, e mais, e mais | |
Caetano Veloso. Meu Coco, 2021. |
a) No trecho da canção, Caetano Veloso recria o célebre verso de Drummond, atualizando o seu sentido em tempos de domínio tecnológico. Comente as diferenças de significado que podem sugerir em paralelo “Vai, Carlos! ser gauche na vida” e “Vai ser virtuoso no vício”.
b) A cor azul aparece referida nas duas composições. Analise o efeito simbólico que o azul adquire em cada uma delas.
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