(FUVEST - 2001 - 1a fase)
Chega!
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos.
Minha boca procura a "Canção do Exílio".
Como era mesmo a "Canção do Exílio"?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
onde canta o sabiá!
(Carlos Drummond de Andrade, "Europa, França e Bahia", ALGUMA POESIA)
Neste excerto, a citação e a presença de trechos.............. constituem um caso de..............
Os espaços pontilhados da frase acima deverão ser preenchidos, respectivamente, com o que está em:
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(FUVEST - 2001 - 1a fase)
Só os roçados da morte
compensam aqui cultivar,
e cultivá-los é fácil:
simples questão de plantar;
não se precisa de limpa,
de adubar nem de regar;
as estiagens e as pragas
fazem-nos mais prosperar,
e dão lucro imediato;
nem é preciso esperar
pela colheita: recebe-se
na hora mesma de semear.
(João Cabral de Melo Neto, MORTE E VIDA SEVERINA)
Nos versos acima, a personagem da "rezadora" fala das vantagens de sua profissão e de outras semelhantes. A sequência de imagens neles presente tem como pressuposto imediato a ideia de
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(UEPG - 2001)
Delírio de voar
Nos dez primeiros anos deste século havia uma mania pop em Paris - voar. As formas estranhas dos aeroplanos experimentais invadiam as páginas dos jornais. Cada proeza dos aviadores era narrada em detalhe. Os parisienses acompanhavam fascinados as audácias dos aviadores, uma elite extravagante de jovens brilhantes, cultos e elegantes, realçada por vários milionários e pelo interesse das moças. Multidões lotavam o campo de provas de Issy-les-Molincaux. Os pilotos e os inventores eram reconhecidos nas ruas e homenageados em restaurantes. Todo dia algum biruta apresentava uma nova máquina, anunciava um plano mirabolante e desafiava a gravidade e a prudência.
Paris virara a capital mundial da aviação desde a fundação do Aéro-Club de France, em 1898. Depois da difusão dos grandes balões, em 1880, e dos dirigíveis inflados a gás, em 1890 - os chamados "mais leves que o ar", chegara a hora dos aparelhos voadores práticos, menores e controláveis - os "mais pesados que o ar". Durante muito tempo eles foram descartados como impossíveis, mas agora as pré-condições haviam mudado. A tecnologia da aerodinâmica, da engenharia de estruturas, do desenho de motores e da química de combustíveis havia chegado a um estágio de evolução inédito. Combinadas, permitiam projetar máquinas inimaginadas.
Simultaneamente, por caminhos paralelos, a fotografia dera um salto com a invenção dos filmes flexíveis, em 1889. Surgiram câmeras modernas, mais sensíveis à luz, mais velozes e fáceis de manejar. Em consequência, proliferaram os fotógrafos profissionais e amadores. Eles não só registraram cada passo da infância da aviação como também popularizaram-na. Transportados pelos jornais, os feitos dos pioneiros estimularam a vocação de muitos jovens candidatos a aviador. A mídia glamourizou a ousadia de voar.
Inventar aviões era um ofício diletante e nada rendoso - ainda. Exigia recursos financeiros para construir aparelhos, contratar mecânicos, oficinas e hangares. Dinheiro nunca faltou ao brasileiro Alberto Santos-Dumont, filho de um rico fazendeiro mineiro, ou ao engenheiro e nobre francês marquês d'Ecquevilley-Montjustin. Voar era um ideal delirante e dândi. Uma glória para homens extraordinários.
SUPERINTERESSANTE, junho/99, p.36
Quanto à formação de vocábulos, é certo que
01) o prefixo indica negação nos vocábulos "impossíveis" e "inimaginados".
02) o substantivo "fundação" é formado por sufixação a partir do verbo "fundar".
04) "parisiense" é vocábulo composto formado por justaposição.
08) "simultaneamente" é vocábulo formado por parassíntese a partir de um adjetivo na forma feminina.
16) "glamourizou" é forma de pretérito perfeito de um verbo criado por derivação sufixal a partir de um estrangeirismo.
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(Ufc ) A vida nos mares depende do fitoplâncton flutuante, constituído, principalmente, por diatomáceas e dinoflagelados. Considere as afirmações abaixo sobre as algas planctônicas.
I. Todas são organismos procariontes.
II. Constituem a base que sustenta a cadeia de alimentação nos mares e lagos.
III. São os principais responsáveis pela presença de oxigênio na atmosfera.
A análise das afirmações nos permite concluir corretamente que:
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(FUVEST - 2001 - 1a fase)
(...) e tudo ficou sob a guarda de Dona Plácida, suposta, e, a certos respeitos, verdadeira dona da casa.
Custou-lhe muito a aceitar a casa; farejara a intenção, e doía-lhe o ofício; mas afinal cedeu. Creio que chorava, a princípio: tinha nojo de si mesma. Ao menos, é certo que não levantou os olhos para mim durante os primeiros dois meses; falava-me com eles baixos, séria, carrancuda, às vezes triste. Eu queria angariá-la, e não me dava por ofendido, tratava-a com carinho e respeito; forcejava por obter-lhe a benevolência, depois a confiança. Quando obtive a confiança, imaginei uma história patética dos meus amores com Virgília, um caso anterior ao casamento, a resistência do pai, a dureza do marido, e não sei que outros toques de novela. Dona Plácida não rejeitou uma só página da novela; aceitou-as todas. Era uma necessidade da consciência. Ao cabo de seis meses quem nos visse a todos três juntos diria que Dona Plácida era minha sogra.
Não fui ingrato; fiz-lhe um pecúlio de cinco contos, - os cinco contos achados em Botafogo, - como um pão para a velhice. Dona Plácida agradeceu-me com lágrimas nos olhos, e nunca mais deixou de rezar por mim, todas as noites, diante de uma imagem da Virgem, que tinha no quarto. Foi assim que lhe acabou o nojo.
(Machado de Assis, MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS)
Considerado no contexto da obra a que pertence, este excerto revela que
(Uepg/2001) "Broquéis", obra de Cruz e Sousa que inaugura histórica e esteticamente o Simbolismo no Brasil (1893), é marcante pela exploração das virtualidades da palavra. Um de seus poemas é "Sinfonias do Ocaso":
Musselinosas como brumas diurnas
Descem do ocaso as sombras harmoniosas,
Sombras veladas e musselinosas
Para as profundas solidões noturnas.
Sacrários virgens, sacrossantas urnas,
Os céus resplendem de sidéreas rosas,
Da Lua e das Estrelas majestosas
Iluminando a escuridão das furnas.
Ah! por estes sinfônicos ocasos
A terra exala aromas de áureos vasos.
Incensos de turíbulos divinos.
Os plenilúnios mórbidos vaporam...
E como que no Azul plangem e choram
Cítaras, harpas, bandolins, violinos....
Neste poema, estão presentes aspectos recorrentes na estética simbolista, como
01) intuição, musicalidade e espiritualidade.
02) tentativa de superação no transcendental e no místico, e culto da imprecisão.
04) sondagem da realidade oculta das coisas, sugestão e harmonia.
08) emprego de palavras raras e expressivas, e exploração da musicalidade das palavras.
16) valorização do gosto burguês, nacionalismo e impressionismo na linguagem.
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(UFV - 2001)
The World We Live In
1 If I was to choose a word for the present state of the world, one quickly comes to mind: 2bad! That's right. Bad! We're living in a bad world. Nowadays, kids are killing kids. Kids have real guns with real bullets that bring real death.
2 Jobs, drugs, violence, AIDS, war, corruption, racism, education, street children, the environment: these are the issues today. Issues that we have to take an initiative on. Does anybody feel our politicians will do something concrete to solve these problems? I don't. You know and I know what politicians do in the long run. Nothing.
3 So, what are we going to do? What can we do to ensure this planet's survival? I can only come up with one solution: everyone should get involved. So, let's all pray to the highest heavens for a 3better world:
4 "Dear Lord, deliver us from the evils of the world, the evil people in this world. Please, wipe out all diseases, especially AIDS. Give everybody a job so that they can make a comfortable living. No more wars. Give us all education and homes for the poor. Please give us the intelligence to save what's left of our environment. And Lord, if you take care of that, my children and their children can have those endless summers like we all had. Let 1them be able to run and play and eat ice cream. Let them not have to worry about whether they might get killed by a stray bullet in school trying to get an education. Finally, Dear Lord, please, once and for all, deliver us from sexism, racism, and all the other bad ism's. Dear Lord, if you can take care of that, I promise we'll take care of the rest. Peace,
Spike Lee
September 13, 1992.
(Source: Adapted from a text by filmmaker Spike Lee, Rolling Stone Magazine, Issue 643, Nov. 12, 1992)
The adjective forms "bad" (ref. 2) and "better" (ref. 3) have as their superlative forms, respectively:
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(Ufsm 2001)
"Esta es mi vida"
Mi príncipe azul..., un patito feo
Siempre busqué 2el amor, como toda adolescente, pero no 5lo encontraba porque siempre pensé que era un 6patito feo. Tenía granitos, era petisa y gordita. Pero todo cambió cuando crecí y fui mejorando interna y externamente. Mi vida se fue encarrilando, estudié, me recibí, pero todavía 1faltaba 11algo: él. "Ya 12lo vas a encontrar a la vuelta de la esquina", era 14el consuelo que me daba todo el mundo.
En cada persona que estuvo a mi lado creí encontrar a 3mi príncipe azul. Pero 4lo único que lograba era sufrir decepciones. Sentía que nunca iba a conseguir enamorarme, que 15ese sueño nunca se me iba a cumplir, que 17nadie iba a fijarse en mí y así fue pasando el tiempo. Hasta que un día, hace dos años, 7lo encontré nada menos que en una esquina. Pero fuimos 21despacio, 18nos dimos tiempo para conocernos y ahora puedo decir que soy una mujer feliz, y no por tener un 8príncipe azul a mi lado, sino 13un patito feo como yo, que estaba solo y golpeado por la vida, un 9hombre luchador y cariñoso.
Y me enamoré, con un amor calmo que sigue creciendo, día a día nos vamos descubriendo y nada ni nadie nos apura. Sólo 20luchamos por nuestra felicidad porque sólo nosotros sabemos 10lo que nos costó encontrarla y tenemos 16un largo camino para recorrer, juntos, él y yo.
19Ojalá que esta historia, la historia de mi vida y mi amor, sirva para todas aquellas mujeres que han perdido las esperanzas de amar y ser amadas.
Sandra Mabel, Ramos Mejía, Buenos Aires.
A afirmação de Sandra Mabel "nadie iba a fijarse en mí" (ref. 17) significa:
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