(FUVEST - 2009 - 1 FASE) Texto para as questões.
Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia – o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua.
João do Rio. A alma encantadora das ruas.
Em “nas cidades, nas aldeias, nos povoados” (linha 6), “hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia” (linhas 12 e 13) e “levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis” (linhas 13 e 14), ocorrem, respectivamente, os seguintes recursos expressivos:
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(FUVEST - 2009 - 1 FASE) Texto para as questões.
Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia – o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua.
João do Rio. A alma encantadora das ruas.
No texto, observa-se que o narrador se
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(FUVEST - 2009 - 1 FASE) Texto para as questões.
Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. Tudo se transforma, tudo varia – o amor, o ódio, o egoísmo. Hoje é mais amargo o riso, mais dolorosa a ironia. Os séculos passam, deslizam, levando as coisas fúteis e os acontecimentos notáveis. Só persiste e fica, legado das gerações cada vez maior, o amor da rua.
João do Rio. A alma encantadora das ruas.
Prefixos que têm o mesmo sentido ocorrem nas seguintes palavras do texto:
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(FUVEST - 2009 - 1 FASE) Texto para as questões.
Artistas, costureiras, soldadores e desenhistas manejam ferro, madeira, isopor e tecido. No galpão do boi Garantido, o do coração vermelho, todos se esmeram (nunca usam o verbo caprichar) para preparar um espetáculo que supere o do rival. No ano passado, foi o Caprichoso, o da estrela azul, o ganhador da disputa de bois-bumbá do famoso Festival de Parintins, que todo final de junho atrai cerca de cem mil pessoas para a doce ilha situada na margem direita do rio Amazonas. No curral da torcida caprichosa, “alegoristas”, passistas e percussionistas preferem não dizer que uma nova vitória está garantida. Dizem, sim, com todas as letras, que está assegurada.
Fernanda Pompeu. Caprichada e garantida.
As marcas lingüísticas e o modo de organização do discurso que caracterizam o texto são, respectivamente,
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(FUVEST - 2009 - 1ª FASE)
Texto para as questões
Artistas, costureiras, soldadores e desenhistas
manejam ferro, madeira, isopor e tecido. No galpão do boi
Garantido, o do coração vermelho, todos se esmeram
(nunca usam o verbo caprichar) para preparar um
espetáculo que supere o do rival. No ano passado, foi o
Caprichoso, o da estrela azul, o ganhador da disputa de
bois-bumbá do famoso Festival de Parintins, que todo final
de junho atrai cerca de cem mil pessoas para a doce ilha
situada na margem direita do rio Amazonas. No curral da
torcida caprichosa, “alegoristas”, passistas e
percussionistas preferem não dizer que uma nova vitória
está garantida. Dizem, sim, com todas as letras, que está
assegurada.
Fernanda Pompeu. Caprichada e garantida.
De acordo com o texto, a escolha das palavras “esmeram” (linha 3) e “assegurada” (linha 13) é motivada pelo
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(FUVEST - 2009 - 1 FASE) Texto para as questões.
Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o burrinho tinha de se enqueixar para o alto, a salvar também de fora o focinho. Uma peitada. Outro tacar de patas. Chu-áa! Chu-áa... — ruge o rio, como chuva deitada no chão. Nenhuma pressa! Outra remada, vagarosa. No fim de tudo, tem o pátio, com os cochos, muito milho, na Fazenda; e depois o pasto: sombra, capim e sossego... Nenhuma pressa. Aqui, por ora, este poço doido, que barulha como um fogo, e faz medo, não é novo: tudo é ruim e uma só coisa, no caminho: como os homens e os seus modos, costumeira confusão. É só fechar os olhos. Como sempre. Outra passada, na massa fria. E ir sem afã, à voga surda, amigo da água, bem com o escuro, filho do fundo, poupando forças para o fim. Nada mais, nada de graça; nem um arranco, fora de hora. Assim.
João Guimarães Rosa. O burrinho pedrês, Sagarana.
Em trecho anterior do mesmo conto, o narrador chama Sete-de-Ouros de “sábio”. No excerto, a sabedoria do burrinho consiste, principalmente, em
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(FUVEST - 2009 - 1 FASE) Texto para as questões.
Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o burrinho tinha de se enqueixar para o alto, a salvar também de fora o focinho. Uma peitada. Outro tacar de patas. Chu-áa! Chu-áa... — ruge o rio, como chuva deitada no chão. Nenhuma pressa! Outra remada, vagarosa. No fim de tudo, tem o pátio, com os cochos, muito milho, na Fazenda; e depois o pasto: sombra, capim e sossego... Nenhuma pressa. Aqui, por ora, este poço doido, que barulha como um fogo, e faz medo, não é novo: tudo é ruim e uma só coisa, no caminho: como os homens e os seus modos, costumeira confusão. É só fechar os olhos. Como sempre. Outra passada, na massa fria. E ir sem afã, à voga surda, amigo da água, bem com o escuro, filho do fundo, poupando forças para o fim. Nada mais, nada de graça; nem um arranco, fora de hora. Assim.
João Guimarães Rosa. O burrinho pedrês, Sagarana.
Quando nos apresentam os homens vistos pelos olhos dos animais, as narrativas em que aparecem o burrinho pedrês, do conto homônimo (Sagarana), os bois de “Conversa de bois” (Sagarana) e a cachorra Baleia (Vidas secas) produzem um efeito de
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(FUVEST - 2009 - 1 FASE) Dos termos sublinhados nas frases abaixo, o único que está inadequado ao contexto ocorre em:
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(FUVEST - 2009 - 1 FASE) Texto para as questões.
Assim se explicam a minha estada debaixo da janela
de Capitu e a passagem de um cavaleiro, um dandy,
como então dizíamos. Montava um belo cavalo alazão,
firme na sela, rédea na mão esquerda, a direita à cinta,
botas de verniz, figura e postura esbeltas: a cara não me
era desconhecida. 1Tinham passado outros, e ainda outros
viriam atrás; todos iam às suas namoradas. Era uso do
tempo namorar a cavalo. Relê Alencar: "Porque um
estudante (dizia um dos seus personagens de teatro de
1858) não pode estar sem estas duas coisas, um cavalo e
uma namorada". Relê Álvares de Azevedo. Uma das suas
poesias é destinada a contar (1851) que residia em
Catumbi, e, para ver a namorada no Catete, alugara um
cavalo por três mil-réis...
Machado de Assis. Dom Casmurro.
Com a frase “como então dizíamos” (linha 3), o narrador tem por objetivo, principalmente,
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(FUVEST - 2009 - 1 FASE) "A Idade Média européia é inseparável da civilização islâmica já que consiste precisamente na convivência, ao mesmo tempo positiva e negativa, do cristianismo e do islamismo, sobre uma área comum impregnada pela cultura greco-romana.”
José Ortega y Gasset (1883-1955).
O texto acima permite afirmar que, na Europa ocidental medieval
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