(UNESP - 2011/2 - 1a fase)
O sertanejo
O moço sertanejo bateu o isqueiro e acendeu fogo num
toro carcomido, que lhe serviu de braseiro para aquentar o
ferro; e enquanto esperava, dirigiu-se ao boi nestes termos e
com um modo afável:
– Fique descansado, camarada, que não o envergonharei
levando-o à ponta de laço para mostrá-lo a toda aquela gente!
Não; ninguém há de rir-se de sua desgraça. Você é um boi
valente e destemido; vou dar-lhe a liberdade. Quero que viva
muitos anos, senhor de si, zombando de todos os vaqueiros do
mundo, para um dia, quando morrer de velhice, contar que só
temeu a um homem, e esse foi Arnaldo Louredo.
O sertanejo parou para observar o boi, como se esperasse
mostra de o ter ele entendido, e continuou:
– Mas o ferro da sua senhora, que também é a minha,
tenha paciência, meu Dourado, esse há de levar; que é o sinal
de o ter rendido o meu braço. Ser dela, não é ser escravo; mas
servir a Deus, que a fez um anjo. Eu também trago o seu ferro
aqui, no meu peito. Olhe, meu Dourado.
O mancebo abriu a camisa, e mostrou ao boi o emblema
que ele havia picado na pele, sobre o seio esquerdo, por meio
do processo bem conhecido da inoculação de uma matéria colorante
na epiderme. O debuxo de Arnaldo fora estresido com
o suco do coipuna, que dá uma bela tinta escarlate, com que
os índios outrora e atualmente os sertanejos tingem suas redes
de algodão.
Depois de ter assim falado ao animal, como a um homem
que o entendesse, o sertanejo tomou o cabo de ferro, que já
estava em brasa, e marcou o Dourado sobre a pá esquerda.
– Agora, camarada, pertence a D. Flor, e portanto quem
o ofender tem de haver-se comigo, Arnaldo Louredo. Tem entendido?...
Pode voltar aos seus pastos; quando eu quiser, sei
onde achá-lo. Já lhe conheço o rasto.
O Dourado dirigiu-se com o passo moroso para o mato;
chegado à beira, voltou a cabeça para olhar o sertanejo, soltou
um mugido saudoso e desapareceu.
Arnaldo acreditou que o boi tinha-lhe dito um afetuoso
adeus.
E o narrador deste conto sertanejo não se anima a afirmar
que ele se iludisse em sua ingênua superstição.
(José de Alencar. O sertanejo. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, [s.d.]. tomo II, p. 79-80. Adaptado)
Considere as seguintes palavras do texto:
I. Moço.
II. Mancebo.
III. Sertanejo.
IV. Valente.
As palavras utilizadas pelo narrador para referir-se a Arnaldo Louredo estão contidas apenas em:
(UNESP - 2011/2 - 1a fase)
O sertanejo
O moço sertanejo bateu o isqueiro e acendeu fogo num
toro carcomido, que lhe serviu de braseiro para aquentar o
ferro; e enquanto esperava, dirigiu-se ao boi nestes termos e
com um modo afável:
– Fique descansado, camarada, que não o envergonharei
levando-o à ponta de laço para mostrá-lo a toda aquela gente!
Não; ninguém há de rir-se de sua desgraça. Você é um boi
valente e destemido; vou dar-lhe a liberdade. Quero que viva
muitos anos, senhor de si, zombando de todos os vaqueiros do
mundo, para um dia, quando morrer de velhice, contar que só
temeu a um homem, e esse foi Arnaldo Louredo.
O sertanejo parou para observar o boi, como se esperasse
mostra de o ter ele entendido, e continuou:
– Mas o ferro da sua senhora, que também é a minha,
tenha paciência, meu Dourado, esse há de levar; que é o sinal
de o ter rendido o meu braço. Ser dela, não é ser escravo; mas
servir a Deus, que a fez um anjo. Eu também trago o seu ferro
aqui, no meu peito. Olhe, meu Dourado.
O mancebo abriu a camisa, e mostrou ao boi o emblema
que ele havia picado na pele, sobre o seio esquerdo, por meio
do processo bem conhecido da inoculação de uma matéria colorante
na epiderme. O debuxo de Arnaldo fora estresido com
o suco do coipuna, que dá uma bela tinta escarlate, com que
os índios outrora e atualmente os sertanejos tingem suas redes
de algodão.
Depois de ter assim falado ao animal, como a um homem
que o entendesse, o sertanejo tomou o cabo de ferro, que já
estava em brasa, e marcou o Dourado sobre a pá esquerda.
– Agora, camarada, pertence a D. Flor, e portanto quem
o ofender tem de haver-se comigo, Arnaldo Louredo. Tem entendido?...
Pode voltar aos seus pastos; quando eu quiser, sei
onde achá-lo. Já lhe conheço o rasto.
O Dourado dirigiu-se com o passo moroso para o mato;
chegado à beira, voltou a cabeça para olhar o sertanejo, soltou
um mugido saudoso e desapareceu.
Arnaldo acreditou que o boi tinha-lhe dito um afetuoso
adeus.
E o narrador deste conto sertanejo não se anima a afirmar
que ele se iludisse em sua ingênua superstição.
(José de Alencar. O sertanejo. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, [s.d.]. tomo II, p. 79-80. Adaptado)
Ser dela, não é ser escravo; mas servir a Deus, que a fez um anjo.
Com esta visão que o sertanejo tem de sua senhora, fica perfeitamente caracterizado no relato um dos traços fundamentais da literatura do Romantismo:
Ver questão
(UNESP - 2011/2 - 1a fase)
O sertanejo
O moço sertanejo bateu o isqueiro e acendeu fogo num
toro carcomido, que lhe serviu de braseiro para aquentar o
ferro; e enquanto esperava, dirigiu-se ao boi nestes termos e
com um modo afável:
– Fique descansado, camarada, que não o envergonharei
levando-o à ponta de laço para mostrá-lo a toda aquela gente!
Não; ninguém há de rir-se de sua desgraça. Você é um boi
valente e destemido; vou dar-lhe a liberdade. Quero que viva
muitos anos, senhor de si, zombando de todos os vaqueiros do
mundo, para um dia, quando morrer de velhice, contar que só
temeu a um homem, e esse foi Arnaldo Louredo.
O sertanejo parou para observar o boi, como se esperasse
mostra de o ter ele entendido, e continuou:
– Mas o ferro da sua senhora, que também é a minha,
tenha paciência, meu Dourado, esse há de levar; que é o sinal
de o ter rendido o meu braço. Ser dela, não é ser escravo; mas
servir a Deus, que a fez um anjo. Eu também trago o seu ferro
aqui, no meu peito. Olhe, meu Dourado.
O mancebo abriu a camisa, e mostrou ao boi o emblema
que ele havia picado na pele, sobre o seio esquerdo, por meio
do processo bem conhecido da inoculação de uma matéria colorante
na epiderme. O debuxo de Arnaldo fora estresido com
o suco do coipuna, que dá uma bela tinta escarlate, com que
os índios outrora e atualmente os sertanejos tingem suas redes
de algodão.
Depois de ter assim falado ao animal, como a um homem
que o entendesse, o sertanejo tomou o cabo de ferro, que já
estava em brasa, e marcou o Dourado sobre a pá esquerda.
– Agora, camarada, pertence a D. Flor, e portanto quem
o ofender tem de haver-se comigo, Arnaldo Louredo. Tem entendido?...
Pode voltar aos seus pastos; quando eu quiser, sei
onde achá-lo. Já lhe conheço o rasto.
O Dourado dirigiu-se com o passo moroso para o mato;
chegado à beira, voltou a cabeça para olhar o sertanejo, soltou
um mugido saudoso e desapareceu.
Arnaldo acreditou que o boi tinha-lhe dito um afetuoso
adeus.
E o narrador deste conto sertanejo não se anima a afirmar
que ele se iludisse em sua ingênua superstição.
(José de Alencar. O sertanejo. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, [s.d.]. tomo II, p. 79-80. Adaptado)
O emprego da palavra camarada pelo vaqueiro, com relação ao boi, caracteriza:
I. Uma expressão de fadiga.
II. Uma atitude amistosa para com o boi.
III. O tratamento do animal como um companheiro.
IV. O desprezo pelo boi como um inimigo.
É correto o que se afirma apenas em:
Ver questão
(UNESP - 2011/2 - 1a fase)
O sertanejo
O moço sertanejo bateu o isqueiro e acendeu fogo num
toro carcomido, que lhe serviu de braseiro para aquentar o
ferro; e enquanto esperava, dirigiu-se ao boi nestes termos e
com um modo afável:
– Fique descansado, camarada, que não o envergonharei
levando-o à ponta de laço para mostrá-lo a toda aquela gente!
Não; ninguém há de rir-se de sua desgraça. Você é um boi
valente e destemido; vou dar-lhe a liberdade. Quero que viva
muitos anos, senhor de si, zombando de todos os vaqueiros do
mundo, para um dia, quando morrer de velhice, contar que só
temeu a um homem, e esse foi Arnaldo Louredo.
O sertanejo parou para observar o boi, como se esperasse
mostra de o ter ele entendido, e continuou:
– Mas o ferro da sua senhora, que também é a minha,
tenha paciência, meu Dourado, esse há de levar; que é o sinal
de o ter rendido o meu braço. Ser dela, não é ser escravo; mas
servir a Deus, que a fez um anjo. Eu também trago o seu ferro
aqui, no meu peito. Olhe, meu Dourado.
O mancebo abriu a camisa, e mostrou ao boi o emblema
que ele havia picado na pele, sobre o seio esquerdo, por meio
do processo bem conhecido da inoculação de uma matéria colorante
na epiderme. O debuxo de Arnaldo fora estresido com
o suco do coipuna, que dá uma bela tinta escarlate, com que
os índios outrora e atualmente os sertanejos tingem suas redes
de algodão.
Depois de ter assim falado ao animal, como a um homem
que o entendesse, o sertanejo tomou o cabo de ferro, que já
estava em brasa, e marcou o Dourado sobre a pá esquerda.
– Agora, camarada, pertence a D. Flor, e portanto quem
o ofender tem de haver-se comigo, Arnaldo Louredo. Tem entendido?...
Pode voltar aos seus pastos; quando eu quiser, sei
onde achá-lo. Já lhe conheço o rasto.
O Dourado dirigiu-se com o passo moroso para o mato;
chegado à beira, voltou a cabeça para olhar o sertanejo, soltou
um mugido saudoso e desapareceu.
Arnaldo acreditou que o boi tinha-lhe dito um afetuoso
adeus.
E o narrador deste conto sertanejo não se anima a afirmar
que ele se iludisse em sua ingênua superstição.
(José de Alencar. O sertanejo. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, [s.d.]. tomo II, p. 79-80. Adaptado)
Tomando por base que estresido é particípio do verbo estresir, que significa no texto a passagem da marca da senhora para o peito do vaqueiro por meio de papel, tinta e um instrumento furador, complete a lacuna da seguinte frase com a forma adequada do pretérito perfeito do indicativo do verbo estresir: A bordadeira o desenho sobre o pano.
Ver questão
(UNESP - 2011/2 - 1a fase)
Um gênio chamado Marílson
Diz o ditado que “chegar é fácil; passar é que são elas!”.
Pois, lá, no final do Elevado, ele chegou junto ao líder daquele
instante, ultrapassou e saiu iniciando um show de resistência,
em passadas vigorosas e perfeitas no seu balé de viver para
correr e correr para viver. Atuação linda de se ver a sua contínua
busca da vantagem, a partir da metade do percurso, alargando
a cada quilômetro, uma superioridade impressionante.
Marílson Gomes dos Santos voltou para encantar. Cinco
anos depois de ter sido bi, retornou para ser, mais que um
ganhador, um tricampeão único entre os brasileiros, numa deliciosa
emoção esportiva que encerra com pompa o ano de
2010. Pisou de novo o asfalto paulistano no momento em que
sentiu que estava pronto para deslumbrar.
Subiu de novo ao degrau mais alto daquele pódio que lhe
é tão familiar, lugar exato que ocupou em 2005. Foi como se
o topo reservado ao melhor entre os melhores estivesse esperando
por ele durante esse tempo todo em que não disputou.
Campeão de tantas e tantas provas, recordista da série
completa de corridas de fundo sul-americanas, o homem que
deixou, por duas vezes, os norte-americanos fascinados ao voar
baixo pelas ruas de New York chegou à Avenida Paulista com o
plano pronto para maravilhar todo este país. Ele sabia (porque
ele sempre sabe que vai levantar o troféu de vencedor) que nos
daria um Feliz Ano Novo saído do fundo de seu coração.
O mundo testemunhou pelas imagens de televisão, ao
vivo, um novo registro espetacular desse brasileiro brasiliense,
um fenômeno que sabe vencer na hora que quer, na competição
que escolhe para, como na maioria absoluta das vezes,
passear isolado, lá na frente, deixando atrás de si uma esteira
de coadjuvantes que o seguem com admiração e respeito.
Esse talento inigualável vai legar às gerações futuras muitas
lições de sua arte. E como vai! De hoje em diante, garotos
e meninas desta terra terão muitos motivos para se dedicar à
prática esportiva. Quem viver verá quantos competidores surgirão
com a mesma ânsia de chegar primeiro e experimentar
como é delicioso viver para correr e correr para viver. Tomara
que com a mesma simplicidade desse verdadeiro gênio.
(Fernando Soléra: www.gazetaesportiva.net)
Levando em consideração que o jornalista Fernando Soléra se refere à Corrida Internacional de São Silvestre, indique, com base nos dados fornecidos pela própria crônica, o número de provas dessa tradicional corrida que Marílson Gomes dos Santos não disputou depois do ano em que foi bicampeão:
Ver questão
(UNESP - 2011/2 - 1a fase)
Um gênio chamado Marílson
Diz o ditado que “chegar é fácil; passar é que são elas!”.
Pois, lá, no final do Elevado, ele chegou junto ao líder daquele
instante, ultrapassou e saiu iniciando um show de resistência,
em passadas vigorosas e perfeitas no seu balé de viver para
correr e correr para viver. Atuação linda de se ver a sua contínua
busca da vantagem, a partir da metade do percurso, alargando
a cada quilômetro, uma superioridade impressionante.
Marílson Gomes dos Santos voltou para encantar. Cinco
anos depois de ter sido bi, retornou para ser, mais que um
ganhador, um tricampeão único entre os brasileiros, numa deliciosa
emoção esportiva que encerra com pompa o ano de
2010. Pisou de novo o asfalto paulistano no momento em que
sentiu que estava pronto para deslumbrar.
Subiu de novo ao degrau mais alto daquele pódio que lhe
é tão familiar, lugar exato que ocupou em 2005. Foi como se
o topo reservado ao melhor entre os melhores estivesse esperando
por ele durante esse tempo todo em que não disputou.
Campeão de tantas e tantas provas, recordista da série
completa de corridas de fundo sul-americanas, o homem que
deixou, por duas vezes, os norte-americanos fascinados ao voar
baixo pelas ruas de New York chegou à Avenida Paulista com o
plano pronto para maravilhar todo este país. Ele sabia (porque
ele sempre sabe que vai levantar o troféu de vencedor) que nos
daria um Feliz Ano Novo saído do fundo de seu coração.
O mundo testemunhou pelas imagens de televisão, ao
vivo, um novo registro espetacular desse brasileiro brasiliense,
um fenômeno que sabe vencer na hora que quer, na competição
que escolhe para, como na maioria absoluta das vezes,
passear isolado, lá na frente, deixando atrás de si uma esteira
de coadjuvantes que o seguem com admiração e respeito.
Esse talento inigualável vai legar às gerações futuras muitas
lições de sua arte. E como vai! De hoje em diante, garotos
e meninas desta terra terão muitos motivos para se dedicar à
prática esportiva. Quem viver verá quantos competidores surgirão
com a mesma ânsia de chegar primeiro e experimentar
como é delicioso viver para correr e correr para viver. Tomara
que com a mesma simplicidade desse verdadeiro gênio.
(Fernando Soléra: www.gazetaesportiva.net)
... ultrapassou e saiu iniciando um show de resistência, em passadas vigorosas e perfeitas...
A palavra da língua inglesa show apresenta, na passagem acima, o sentido de:
Ver questão
(UNESP - 2011/2 - 1a fase)
Um gênio chamado Marílson
Diz o ditado que “chegar é fácil; passar é que são elas!”.
Pois, lá, no final do Elevado, ele chegou junto ao líder daquele
instante, ultrapassou e saiu iniciando um show de resistência,
em passadas vigorosas e perfeitas no seu balé de viver para
correr e correr para viver. Atuação linda de se ver a sua contínua
busca da vantagem, a partir da metade do percurso, alargando
a cada quilômetro, uma superioridade impressionante.
Marílson Gomes dos Santos voltou para encantar. Cinco
anos depois de ter sido bi, retornou para ser, mais que um
ganhador, um tricampeão único entre os brasileiros, numa deliciosa
emoção esportiva que encerra com pompa o ano de
2010. Pisou de novo o asfalto paulistano no momento em que
sentiu que estava pronto para deslumbrar.
Subiu de novo ao degrau mais alto daquele pódio que lhe
é tão familiar, lugar exato que ocupou em 2005. Foi como se
o topo reservado ao melhor entre os melhores estivesse esperando
por ele durante esse tempo todo em que não disputou.
Campeão de tantas e tantas provas, recordista da série
completa de corridas de fundo sul-americanas, o homem que
deixou, por duas vezes, os norte-americanos fascinados ao voar
baixo pelas ruas de New York chegou à Avenida Paulista com o
plano pronto para maravilhar todo este país. Ele sabia (porque
ele sempre sabe que vai levantar o troféu de vencedor) que nos
daria um Feliz Ano Novo saído do fundo de seu coração.
O mundo testemunhou pelas imagens de televisão, ao
vivo, um novo registro espetacular desse brasileiro brasiliense,
um fenômeno que sabe vencer na hora que quer, na competição
que escolhe para, como na maioria absoluta das vezes,
passear isolado, lá na frente, deixando atrás de si uma esteira
de coadjuvantes que o seguem com admiração e respeito.
Esse talento inigualável vai legar às gerações futuras muitas
lições de sua arte. E como vai! De hoje em diante, garotos
e meninas desta terra terão muitos motivos para se dedicar à
prática esportiva. Quem viver verá quantos competidores surgirão
com a mesma ânsia de chegar primeiro e experimentar
como é delicioso viver para correr e correr para viver. Tomara
que com a mesma simplicidade desse verdadeiro gênio.
(Fernando Soléra: www.gazetaesportiva.net)
... deixou, por duas vezes, os norte-americanos fascinados ao voar baixo pelas ruas de New York...
Com esta frase, o cronista esportivo quer significar que Marílson
(UNESP - 2011/2 - 1a fase)
Um gênio chamado Marílson
Diz o ditado que “chegar é fácil; passar é que são elas!”.
Pois, lá, no final do Elevado, ele chegou junto ao líder daquele
instante, ultrapassou e saiu iniciando um show de resistência,
em passadas vigorosas e perfeitas no seu balé de viver para
correr e correr para viver. Atuação linda de se ver a sua contínua
busca da vantagem, a partir da metade do percurso, alargando
a cada quilômetro, uma superioridade impressionante.
Marílson Gomes dos Santos voltou para encantar. Cinco
anos depois de ter sido bi, retornou para ser, mais que um
ganhador, um tricampeão único entre os brasileiros, numa deliciosa
emoção esportiva que encerra com pompa o ano de
2010. Pisou de novo o asfalto paulistano no momento em que
sentiu que estava pronto para deslumbrar.
Subiu de novo ao degrau mais alto daquele pódio que lhe
é tão familiar, lugar exato que ocupou em 2005. Foi como se
o topo reservado ao melhor entre os melhores estivesse esperando
por ele durante esse tempo todo em que não disputou.
Campeão de tantas e tantas provas, recordista da série
completa de corridas de fundo sul-americanas, o homem que
deixou, por duas vezes, os norte-americanos fascinados ao voar
baixo pelas ruas de New York chegou à Avenida Paulista com o
plano pronto para maravilhar todo este país. Ele sabia (porque
ele sempre sabe que vai levantar o troféu de vencedor) que nos
daria um Feliz Ano Novo saído do fundo de seu coração.
O mundo testemunhou pelas imagens de televisão, ao
vivo, um novo registro espetacular desse brasileiro brasiliense,
um fenômeno que sabe vencer na hora que quer, na competição
que escolhe para, como na maioria absoluta das vezes,
passear isolado, lá na frente, deixando atrás de si uma esteira
de coadjuvantes que o seguem com admiração e respeito.
Esse talento inigualável vai legar às gerações futuras muitas
lições de sua arte. E como vai! De hoje em diante, garotos
e meninas desta terra terão muitos motivos para se dedicar à
prática esportiva. Quem viver verá quantos competidores surgirão
com a mesma ânsia de chegar primeiro e experimentar
como é delicioso viver para correr e correr para viver. Tomara
que com a mesma simplicidade desse verdadeiro gênio.
(Fernando Soléra: www.gazetaesportiva.net)
Na crônica de Fernando Soléra, é informado ao leitor que
Ver questão
(UNESP - 2011/2 - 1a fase)
Um gênio chamado Marílson
Diz o ditado que “chegar é fácil; passar é que são elas!”.
Pois, lá, no final do Elevado, ele chegou junto ao líder daquele
instante, ultrapassou e saiu iniciando um show de resistência,
em passadas vigorosas e perfeitas no seu balé de viver para
correr e correr para viver. Atuação linda de se ver a sua contínua
busca da vantagem, a partir da metade do percurso, alargando
a cada quilômetro, uma superioridade impressionante.
Marílson Gomes dos Santos voltou para encantar. Cinco
anos depois de ter sido bi, retornou para ser, mais que um
ganhador, um tricampeão único entre os brasileiros, numa deliciosa
emoção esportiva que encerra com pompa o ano de
2010. Pisou de novo o asfalto paulistano no momento em que
sentiu que estava pronto para deslumbrar.
Subiu de novo ao degrau mais alto daquele pódio que lhe
é tão familiar, lugar exato que ocupou em 2005. Foi como se
o topo reservado ao melhor entre os melhores estivesse esperando
por ele durante esse tempo todo em que não disputou.
Campeão de tantas e tantas provas, recordista da série
completa de corridas de fundo sul-americanas, o homem que
deixou, por duas vezes, os norte-americanos fascinados ao voar
baixo pelas ruas de New York chegou à Avenida Paulista com o
plano pronto para maravilhar todo este país. Ele sabia (porque
ele sempre sabe que vai levantar o troféu de vencedor) que nos
daria um Feliz Ano Novo saído do fundo de seu coração.
O mundo testemunhou pelas imagens de televisão, ao
vivo, um novo registro espetacular desse brasileiro brasiliense,
um fenômeno que sabe vencer na hora que quer, na competição
que escolhe para, como na maioria absoluta das vezes,
passear isolado, lá na frente, deixando atrás de si uma esteira
de coadjuvantes que o seguem com admiração e respeito.
Esse talento inigualável vai legar às gerações futuras muitas
lições de sua arte. E como vai! De hoje em diante, garotos
e meninas desta terra terão muitos motivos para se dedicar à
prática esportiva. Quem viver verá quantos competidores surgirão
com a mesma ânsia de chegar primeiro e experimentar
como é delicioso viver para correr e correr para viver. Tomara
que com a mesma simplicidade desse verdadeiro gênio.
(Fernando Soléra: www.gazetaesportiva.net)
Considere as seguintes frases do texto:
I. ... em passadas vigorosas e perfeitas no seu balé de viver
para correr e correr para viver.
II. ... vai legar às gerações futuras muitas lições de sua arte.
III. ... quantos competidores surgirão com a mesma ânsia de
chegar primeiro...
IV. ... sabe vencer na hora que quer, na competição que
escolhe...
As frases em que o esporte da corrida é associado à ideia de outra atividade são apenas:
(UNESP - 2011/2 - 1a fase)
Boiadeiro
De manhãzinha, quando eu sigo pela estrada
Minha boiada pra invernada eu vou levar:
São dez cabeças; é muito pouco, é quase nada
Mas não tem outras mais bonitas no lugar.
Vai boiadeiro, que o dia já vem,
Leva o teu gado e vai pensando no teu bem.
De tardezinha, quando eu venho pela estrada,
A fiarada tá todinha a me esperar;
São dez filinho, é muito pouco, é quase nada,
Mas não tem outros mais bonitos no lugar.
Vai boiadeiro, que a tarde já vem
Leva o teu gado e vai pensando no teu bem.
E quando chego na cancela da morada,
Minha Rosinha vem correndo me abraçar.
É pequenina, é miudinha, é quase nada
Mas não tem outra mais bonita no lugar.
Vai boiadeiro, que a noite já vem,
Guarda o teu gado e vai pra junto do teu bem!
(Armando Cavalcante e Klecius Caldas. Boiadeiro. In: Beth Cançado.
Aquarela brasileira, vol. I. Brasília: Editora Corte Ltda., 1994. p. 59.)
A toada Boiadeiro, de Armando Cavalcante e Klecius Caldas, notabilizada pela interpretação de Luiz Gonzaga em 1950, tem sua letra elaborada em versos de doze e de dez sílabas métricas. Observe com atenção os seguintes versos na letra da toada:
I. Vai boiadeiro, que o dia já vem,
II. A fiarada tá todinha a me esperar;
III. Vai boiadeiro, que a tarde já vem
IV. É pequenina, é miudinha, é quase nada
Dos versos indicados, os que apresentam dez sílabas métricas são apenas:
Ver questão