FUVEST 2018

Questão 53069

(UFU - 2018 - 2ª FASE)

ORIENTAÇÃO GERAL

Leia com atenção todas as instruções.

A) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a proposta com a qual você tenha maior afinidade.
B) Após a escolha de um dos gêneros, assinale a opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero.
C) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
D) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA.
E) Em hipótese alguma, escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
F) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os.
G) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.

 

SITUAÇÃO B

Leia o texto abaixo, extraído da revista Veja de 28 de fevereiro de 2018, de Giulia Vidale.

No século xv, revelam os livros de história, o papa Inocêncio VIII, muito debilitado, teria recebido sangue de três meninos de 10 anos de idade para ter sua vitalidade restaurada. A transfusão foi oral. O caso teve um desfecho trágico: todos os envolvidos morreram alguns dias depois do procedimento. O pontífice acatou a drástica solução sob influência do Deuteronômio, livro de Antigo Testamento, segundo o qual “sangue é vida”. A rigor, a ideia do líquido vermelho como algo rejuvenescedor nunca abandonou o imaginário da humanidade.

Cortemos para 2018, no coração do Vale do Silício, o reduto californiano das mentes mais cartesianas do planeta. Ali, quarentões, cinquentões e sessentões milionários estão recorrendo a uma startup de biotecnologia para fazer como o papa Inocêncio: receber sangue de jovens por meio de transfusão com o objetivo de recuperar a sensação de juventude.

O procedimento é oferecido por uma clínica privada que investiga os efeitos do plasma de jovens no combate a doenças do envelhecimento. Atrai homens e mulheres com mais de 35 anos dispostos a pagar 8000 dólares para receber o material. Como o estudo é privado, sem participação de dinheiro público, não há empecilho ético para cobrar dos que desejam participar da experiência. “Das 100 pessoas já atendidas, todas afirmaram se sentir com mais energia depois do procedimento”, disse a Veja o médico Jesse Karmazin, criador da Ambrosia, a empresa que oferece o serviço. [...]

O voluntário recebe seis bolsas de sangue, quantidade equivalente a 1 litro e meio. A porção transfundida é o plasmo, constituído por água, proteínas e anticorpos. O material é comprado pela startup do Vale do Silício em bancos de sangue, que coletam o líquido de jovens de 16 a 25 anos. Mais de 100 marcadores sanguíneos são avaliados pela empresa, mas a lógica da sensação de rejuvenescimento estaria – o estudo ainda não tem conclusões – na redução de níveis inflamatórios no sangue e na ação de substâncias abundantes no corpo jovem. Entre as mais estudadas estão a proteína GDF-11, associada ao crescimento e à formação das veias, e a TIMP-2, envolvida na manutenção da estrutura celular e dos tecidos. Ao entrarem na corrente sanguínea do organismo mais velho, produziriam os efeitos do rejuvenescimento.

Entre animais, a ação rejuvenescedora do sangue jovem transfundido está consolidada. O primeiro trabalho data de 1956. Naquela experiência, setenta duplas de roedores, formadas por um bicho recém-nascido e um já em estado avançado na idade, compartilharam o mesmo fluxo sanguíneo. O resultado impressionou a comunidade científica. Em 2008, pesquisadores da Universidade Stanford descobriram que os ratos envelhecidos que se submetiam ao procedimento adquiriram células no hipocampo, área cerebral crucial para a memória e o aprendizado, uma das primeiras regiões do cérebro a se deteriorar com a idade.

Diz a geneticista Lygia Pereira, chefe do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias da Universidade de São Paulo: “Há, sem dúvida, um caminho entusiasmante, mas é preciso fazer mais avaliações para que os benefícios se comprovem reais também em seres humanos”. Nove em cada dez experiências científicas são feitas com ratos antes de ser aplicadas em humanos. Um dos motivos é a semelhança genética. Ainda assim, para efeito de comparação em uma das áreas mais ricas em pesquisas clínicas, a oncologia, apenas 8% dos resultados com animais se comprovam em humanos. Além da iniciativa da startup americana, um dos poucos trabalhos com o uso de sangue jovem em pessoas mais velhas, conduzido pela faculdade de medicina de Stanford, começou a avaliar recentemente os efeitos da transfusão em portadores de Alzheimer, para medir o impacto das proteínas no sistema cognitivo dos doentes. Também não há conclusões ainda.

Por mais seguro e controlado que seja o procedimento de transfusão, sempre haverá riscos. “Não existe a possibilidade de um produto biológico ser totalmente inócuo”, diz a hematologista Melca Barros, médica da disciplina hematologia e hemoterapia da Universidade de São Paulo. O sangue é um tecido vivo e, portanto, sua transfusão aumenta a probabilidade de alergia a componentes do material do doador e de infecções. O líquido jovem, repleto de fatores de crescimento, pode ainda deflagrar cânceres no receptor. São obstáculos reais, mas nada que reduza o ímpeto da turma californiana em busca da eterna juventude – até que apareça a próxima aposta. Antes foram os coquetéis de vitaminas, os alimentos com ômega – 3 e as injeções de hormônios.
VIDALE, G. Veja. 28 de fevereiro de 2018.

O texto acima é um exemplo do gênero reportagem, produzido no domínio de divulgação científica, com função de apresentar, discutir, polemizar, divulgar um tema que seja de interesse de determinado público.

Suponha-se que você esteja em uma aula de produção textual e seu(sua) professor(a) deseja testar sua capacidade de resumir um texto, sem alterar o ponto de vista do autor. Levandose em consideração as características desse gênero textual e a reportagem, redija um resumo.

 

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Questão 53070

(UFU - 2018 - 2ª FASE)

ORIENTAÇÃO GERAL

Leia com atenção todas as instruções.

A) Você encontrará três situações para fazer sua redação. Leia as situações propostas até o fim e escolha a proposta com a qual você tenha maior afinidade.
B) Após a escolha de um dos gêneros, assinale a opção no alto da Folha de Resposta e, ao redigir seu texto, obedeça às normas do gênero.
C) Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação escolhida que você pretende abordar.
D) Se a estrutura do gênero selecionado exigir assinatura, escreva no lugar da assinatura: JOSÉ ou JOSEFA.
E) Em hipótese alguma, escreva seu nome, pseudônimo, apelido, etc. na folha de prova.
F) Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os.
G) Não copie trechos dos textos motivadores, ao fazer sua redação.

 

SITUAÇÃO C

A publicação da norma pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que vai regulamentar a partir do segundo semestre a cobrança de franquia dos usuários de planos de saúde gerou críticas por parte de associações e entidades de defesa dos direitos do consumidor. A regra está em fase final de análise na agência reguladora e deve ser publicada em junho, passando a valer no mês seguinte. Além da modalidade de coparticipação – em que o cliente arca com parte dos custos de procedimentos toda vez que usa plano de saúde e já é adotada por empresas – as operadoras poderão também vender planos com franquia.

A opção das franquias, que será ofertada por planos de saúde, terá similaridade com o que é praticado no mercado de seguro de veículos. O consumidor pagaria mensalidade, com direito a alguns procedimentos básicos gratuitos, mas, se precisar de outros tipos de consultas, exames ou cirurgias não previstos pelo plano, teria de pagar do próprio bolso até atingir o valor da franquia.

Um usuário que tem despesa mensal de R$ 500 por mês com plano de saúde – total de R$ 6 mil no ano – não poderia gastar mais do que o valor total pago ao ano com gastos extras relativos à franquia e à coparticipação. A norma deve determinar também limite de pagamento mensal para os que aderirem aos planos com franquia. O cliente que gasta mensalmente R$ 500 com o plano, não poderia pagar mais que o dobro do valor, ou seja, R$ 1 mil por mês.

Oficialmente, a ANS informa que ainda não foram estabelecidos percentuais e limites para coparticipação e franquia, mas alguns detalhes já foram comentados por empresas do setor. A ideia é que a parte a ser paga pelo cliente ao longo do ano referente à franquia e à coparticipação não poderá ultrapassar o valor que ele pagou por 12 meses de mensalidade do plano. A norma, hoje em análise pela Procuradoria da ANS, deve ser editada em junho. A partir daí, as empresas teriam entre 120 e 180 dias para adaptação. A proposta, no entanto, é recusada por empresas e especialistas em defesa do consumidor.

“A ANS precisa definir de qual lado ela está. Porque parece que ela sempre busca o melhor para atender ao mercado e às operadoras de planos de saúde. Criar franquias para o uso dos planos é uma aberração. Não se pode comparar a saúde com sistemas usados para gastos com automóveis, em caso de acidentes. Acho que os consumidores não vão aderir a esses modelos e espero que a norma seja revista antes de entrar em vigor”, afirma a médica René Patriota, coordenadora da Associação de Defesa dos Usuários de Planos e Sistemas de Saúde (Aduseps).

Perda no bolso

De acordo com a ANS, os planos com franquias podem ter redução entre 20% e 30% no valor da mensalidade e podem ser interessantes para pessoas que usam pouco os planos. No entanto, no caso de algum gasto emergencial aparecer, o usuário pode ter que gastar do próprio bolso e a economia acaba saindo caro.

Para Mario Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da USP e membro do conselho diretor do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a implementação dos modelos de coparticipação e a franquia podem trazer prejuízos para usuários que recorrem ao plano com mais frequência, como idosos e aqueles que têm doenças crônicas ou graves. “Essas opções (com franquia) acabam sendo vantajosas para quem não usa muito o convênio médico”, diz Scheffer.

Já o economista-chefe da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Marcos Novais, destaca que estudos em países que adotam as modalidades de contrato com franquia e coparticipação mostram que a mensalidade dos planos fica cerca de 30% mais barata e que a mudança cria mais opções para os consumidores brasileiros. Contudo, ele ressalta que as mudanças valerão apenas para os novos contratos.

“A norma vai modernizar uma regra que já existe desde 1998. Não se está criando nada. De lá para cá, a sociedade mudou muito. As regras, que ainda estão em discussão, não mudam em nada para os beneficiários que já têm seus planos hoje, só para os novos. E os planos que estão disponíveis nas prateleiras vão continuar sem mudanças”, explica Novais.

Segundo a ANS, a publicação pretende estabelecer regras claras para franquia e coparticipação nos planos, que hoje respondem por 50% dos contratos dos cerca de 47 mil beneficiários do setor. O objetivo é evitar disputas judiciais causadas pela falta de regulamentação sobre limite de cobranças e de um pacote mínimo de serviços.

FONSECA, Marcelo https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2018/04/19/internas_economia,952745/cobranca-de-franquiapelos-planos-de-saude-gera-resistencia.shtml

A notícia sobre a nova portaria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para regulamentar a franquia em planos de saúde tem gerado controvérsias. Para a ANS, essas cobranças melhorarão a utilização dos planos. Já as entidades de defesa dos consumidores apontam que as modalidades poderão levar à abusividade nas contratações de novos planos.

Considerando-se que uma medida dessa natureza tem impacto significativo na vida dos brasileiros e que a carta aberta representa uma importante ferramenta de participação política dos cidadãos, suponha-se que você, depois de uma reunião com os membros de sua comunidade, seja escolhido para produzir um texto a ser veiculado em um jornal de circulação nacional, abordando o posicionamento do grupo a respeito da nova portaria.

Com base nessa situação, redija uma carta aberta, em que fique evidenciado a posição de sua comunidade sobre a cobrança de franquias pelos planos de saúde.

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Questão 53072

(UFU - 2018 - 2ª FASE)

Considere o seguinte trecho, que comenta opiniões bastante difundidas sobre o pensamento filosófico de Parmênides e Heráclito, filósofos gregos que viveram no século VI a.C., e responda às questões a respeito.

“Parmênides e Heráclito representam correntes de pensamento rivais na filosofia grega e o conflito entre essas correntes marcou profundamente a obra de Platão, que procurará superá-lo, de certa forma, conciliando as duas posições.

O pensamento de Parmênides baseia-se em uma concepção de unidade do real para além do movimento por ele considerado apenas uma característica aparente das coisas. Parmênides é visto como o filósofo do Ser, da realidade única, subjacente à pluralidade dos fenômenos, e precursor da metafísica.

Heráclito parte do movimento como a questão mais básica em nosso entendimento do real, vendo no conflito entre os opostos a causa do movimento. Sua visão de realidade é profundamente dinâmica.”
MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

A) Explique a oposição entre as concepções desses filósofos a respeito da realidade do movimento.

B) Explique como Platão “de certa forma concilia as duas posições”.

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Questão 53073

(UFU - 2018 - 2ª FASE)

Considere o trecho abaixo, extraído da Suma de Teologia de Tomás de Aquino (1224-1274), texto em que ele apresenta uma das célebres cinco vias pelas quais se pode provar a existência de Deus.

“A quinta via é assumida a partir do governo das coisas. Vemos, com efeito, que aquilo que carece de inteligência, ou seja, os corpos naturais, opera em vista de um fim, o que se percebe pelo fato de sempre ou frequentemente operarem do mesmo modo a fim de atingir o que é o melhor. Daí fica claro que não é por acaso, e sim intencionalmente que atingem este fim. Mas o que não tem inteligência não tende a um fim se não for dirigido por algo cognoscente e inteligente, assim como a flecha pelo arqueiro. Portanto, há algo inteligente pelo qual todas as coisas naturais são ordenadas a seu fim, e este dizemos que é Deus.”
AQUINO, Tomás de. Suma de Teologia, questão 2, artigo 3.

A) Segundo Tomás de Aquino, a prova sobre a existência de Deus não é uma demonstração de fato (caso em que seria evidente), e sim uma prova a partir dos efeitos. Explique por que essa quinta via é uma prova a partir dos efeitos.

B) Descreva como Tomás de Aquino se utiliza da filosofia de Aristóteles na elaboração dessa prova.

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Questão 53074

(UFU - 2018 - 2ª FASE)

Por meio da genealogia da moral, um método de investigação sobre a origem dos valores morais, Nietzsche (1844-1900) mostra que a cultura ocidental adotou um sistema de moralidade denominada por ele de “moral de escravos”.

Sobre isso, explique

A) como Nietzsche caracteriza essa moral de escravos.

B) o que é a vontade de potência e como Nietzsche usa essa noção na superação da moral de escravos.

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Questão 53075

(UFU - 2018 - 2ª FASE)

De acordo com Kant, filósofo alemão que viveu entre 1724 e 1804,

“Nenhum conhecimento em nós precede a experiência e todo conhecimento começa com ela. Mas, embora todo o nosso conhecimento comece com a experiência, nem por isso todo ele se origina da experiência. Pois, poderia bem acontecer que, mesmo o nosso conhecimento de experiência seja um composto daquilo que recebemos por impressões e daquilo que nossa própria faculdade de conhecimento fornece de si mesma. (...) Tais conhecimentos denominam-se a priori e distinguem-se dos empíricos, que possuem suas fontes a posteriori, ou seja, na experiência.”
KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. Introdução, São Paulo, Abril Cultural, 1980, coleção Os Pensadores (adaptado).

Já Hume, filósofo escocês que viveu entre 1713 e 1784, cuja obra despertara o maior interesse em Kant, por sua vez escrevera

“O hábito é, pois, o grande guia da vida humana. É aquele princípio único que faz com que nossa experiência nos seja útil e nos leve a esperar, no futuro, uma sequência de acontecimentos semelhantes aos que se verificaram no passado. Sem a ação do hábito, ignoraríamos completamente toda questão de fato além do que está imediatamente presente à memória ou aos sentidos”
HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano, Seção IV, Parte II, 36. São Paulo, Abril Cultural, coleção Os Pensadores.

Comparando-se os trechos dos escritos desses dois pensadores, explique

A) o que é o ceticismo de Hume.

B) de que maneira cada um desses filósofos considera a experiência dos sentidos.

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Questão 53079

(UFU - 2018 - 2ª FASE)

TONHO: Não é medo. É que posso evitar encrenca. Falo com o negrão e acerto os ponteiros. Poxa, se eu faço uma besteira qualquer, minha mãe é que sofre. Ela já chorou paca no dia que saí de casa.

PACO: Vai me enganar que você tem casa?

TONHO: Claro, como todo mundo.

PACO: Então, que veio fazer aqui? Só encher o saco dos outros? Poxa, fica lá na sua casa.

TONHO: Eu bem que queria ficar. Mas minha cidade não tem emprego. Quem quer ser alguma coisa na vida tem que sair de lá. Foi o que fiz. Quando acabei o exército, vim pra cá. Papai não pode me ajudar...
MARCOS, Plínio. Barrela, Dois perdidos numa noite suja, Navalha na carne, Abajur Lilás, Quero, uma reportagem maldita. São Paulo: Global, 2003. p. 80.

O fragmento pertence a Dois perdidos numa noite suja, peça teatral de Plínio Marcos. Considerando-se o diálogo estabelecido entre as personagens,

A) reescreva a primeira fala de Tonho, adequando-a a uma situação comunicativa mais formal.

B) transponha a última fala de Tonho para o discurso indireto.

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Questão 53080

(UFU - 2018 - 2ª FASE)

Não sei — respondeu dona Carochinha — mas tenho notado que muitos dos personagens das minhas histórias já andam aborrecidos de viverem toda a vida presos dentro delas. Querem novidade. Falam em correr mundo a fim de se meterem em novas aventuras. Aladino queixa-se de que sua lâmpada maravilhosa está enferrujando. A Bela Adormecida tem vontade de espetar o dedo noutra roca para dormir outros cem anos. O Gato de Botas brigou com o marquês de Carabás e quer ir para os Estados Unidos visitar o Gato Félix. Branca de Neve vive falando em tingir os cabelos de preto e botar rouge na cara. Andam todos revoltados, dando-me um trabalhão para contê-los. Mas o pior é que ameaçam fugir, e o Pequeno Polegar já deu o exemplo.
LOBATO, Monteiro. Reinações de Narizinho. 33. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982. p. 11.

A) Explique como se dá o processo de intertextualidade no texto de Monteiro Lobato.

B) Transcreva um exemplo de sequência textual narrativa e um exemplo de sequência textual descritiva, retiradas do texto.

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Questão 53081

(UFU - 2018 - 2ª FASE)

Texto I
Art. 3o - Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
BRASIL. Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Disponível em: . Acesso em: 12 mar. 2018.

Texto II

A) Indique a função da linguagem predominante no texto I e justifique sua resposta.

B) Considerando-se o total de 140.350 relatos de violência à Central de Atendimento à Mulher, escreva um parágrafo com, no máximo 10 linhas, a partir do texto II, cuja função da linguagem predominante seja a referencial.

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Questão 53082

(UFU - 2018 - 2ª FASE)

As interrupções frequentes e o tom quase irônico dos congressistas deixavam claro que estávamos assistindo ao mais bem produzido “puxão de orelha” da história da internet. A imagem do jovem empresário acuado, sendo constrangido perante os “representantes do povo”, é poderosa: algo está sendo feito.

O prazer quase sádico que se sente com a reprimenda é justificável: em sua saga para tornar o mundo mais “aberto e conectado”, o Facebook já errou muito. Com os erros, costumam vir as desculpas e, com elas, algumas mudanças.

O que não muda é o modelo de negócios da empresa que, graças à coleta massiva de dados de usuários, pode oferecer sofisticadas ferramentas de direcionamento de anúncios, serviço esse que é responsável por grande parte de sua invejável receita de US$ 40,6 bilhões, só em 2017. O que parece não ter ficado claro é que Zuckerberg não construiu tudo isso sozinho. O Facebook só existe – e continuará existindo – da forma como ele é porque o Congresso dos EUA nunca implementou um modelo regulatório que protegesse satisfatoriamente a privacidade dos usuários de internet. Sempre que surgiram propostas nesse sentido, elas foram sumariamente rechaçadas.
ANTONIALLI, Dennys. Audiencias de Zuckerberg no Congresso dos EUA foram teatro de cúmplices. O Estado de S. Paulo. 12 abr. 2018. Disponível em: . Acesso em: 12 abr. 2018.

Considerando-se o emprego das aspas no texto, discorra sobre a opinião do autor com relação aos temas abaixo. Indique outros elementos, retirados do texto, que justifiquem sua resposta.

A) Facebook.

B) Congresso norte-americano

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