(UNESP - 2024)
Para responder às questões de 26 a 28, leia o poema “Círculo vicioso”, de Machado de Assis.
Círculo vicioso
Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume: | |
— “Quem me dera que fosse aquela loura estrela, | |
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!” | |
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme: | |
— “Pudesse eu copiar o transparente lume1, | |
Que, da grega coluna à gótica janela, | |
Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela!” | |
Mas a lua, fitando o sol, com azedume: | |
— “Mísera! tivesse eu aquela enorme, aquela | |
Claridade imortal, que toda a luz resume!” | |
Mas o sol, inclinando a rútila capela2: | |
— “Pesa-me esta brilhante auréola de nume3... | |
Enfara4-me esta azul e desmedida umbela5... | |
Por que não nasci eu um simples vaga-lume?” | |
(José Lino Grünewald (org.). Grandes sonetos da nossa língua, 1987.) |
1lume: luz, brilho, claridade.
2rútila capela: cintilante grinalda.
3nume: ser ou potência divina, divindade.
4enfarar: entediar.
5umbela: qualquer objeto ou estrutura em forma de guarda-chuva.
a) Que sentimento permeia todo o poema? O que motiva esse sentimento?
b) Além das vozes do vaga-lume, da estrela, da lua e do sol, que outra voz há no poema? Transcreva um verso em que essa outra voz se manifesta.
Ver questão
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Para responder às questões de 26 a 28, leia o poema “Círculo vicioso”, de Machado de Assis.
Círculo vicioso
Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume: | |
— “Quem me dera que fosse aquela loura estrela, | |
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!” | |
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme: | |
— “Pudesse eu copiar o transparente lume1, | |
Que, da grega coluna à gótica janela, | |
Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela!” | |
Mas a lua, fitando o sol, com azedume: | |
— “Mísera! tivesse eu aquela enorme, aquela | |
Claridade imortal, que toda a luz resume!” | |
Mas o sol, inclinando a rútila capela2: | |
— “Pesa-me esta brilhante auréola de nume3... | |
Enfara4-me esta azul e desmedida umbela5... | |
Por que não nasci eu um simples vaga-lume?” | |
(José Lino Grünewald (org.). Grandes sonetos da nossa língua, 1987.) |
1lume: luz, brilho, claridade.
2rútila capela: cintilante grinalda.
3nume: ser ou potência divina, divindade.
4enfarar: entediar.
5umbela: qualquer objeto ou estrutura em forma de guarda-chuva.
a) Considerando o conteúdo do poema, justifique o seu título (“Círculo vicioso”).
b) Cite uma palavra do poema formada por prefixação e identifique o sentido de seu prefixo.
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(UNESP - 2024)
Para responder às questões de 26 a 28, leia o poema “Círculo vicioso”, de Machado de Assis.
Círculo vicioso
Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume: | |
— “Quem me dera que fosse aquela loura estrela, | |
Que arde no eterno azul, como uma eterna vela!” | |
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme: | |
— “Pudesse eu copiar o transparente lume1, | |
Que, da grega coluna à gótica janela, | |
Contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela!” | |
Mas a lua, fitando o sol, com azedume: | |
— “Mísera! tivesse eu aquela enorme, aquela | |
Claridade imortal, que toda a luz resume!” | |
Mas o sol, inclinando a rútila capela2: | |
— “Pesa-me esta brilhante auréola de nume3... | |
Enfara4-me esta azul e desmedida umbela5... | |
Por que não nasci eu um simples vaga-lume?” | |
(José Lino Grünewald (org.). Grandes sonetos da nossa língua, 1987.) |
1lume: luz, brilho, claridade.
2rútila capela: cintilante grinalda.
3nume: ser ou potência divina, divindade.
4enfarar: entediar.
5umbela: qualquer objeto ou estrutura em forma de guarda-chuva.
a) Do ponto de vista formal, a que período literário o poema se alinha? Justifique sua resposta.
b) Rima rica é aquela que ocorre entre palavras de classes gramaticais diferentes. Identifique duas rimas ricas empregadas no poema.
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(UNESP - 2024)
Para responder às questões 29 e 30, leia o conto cokwe* “A lebre e o camaleão” e o trecho de uma crônica da escritora angolana Ana Paula Tavares, escrita sobre esse conto.
*cokwe: relativo ao povo cokwe, uma etnia banta que se concentra sobretudo no nordeste de Angola.
“Dizem os antigos que a lebre e o camaleão resolveram ir pelos caminhos das caravanas levando borracha para permutar pelos belos tecidos vindos de oriente e ocidente.
Muitas vezes a acelerada lebre ultrapassou e cruzou o lento camaleão nos longos caminhos do mato, levando produtos e trazendo panos, gritando-lhe enquanto desaparecia: — Cá vou eu!
Ao desafio respondia o camaleão: — Chegarei a meu tempo.
Finalmente, a lebre, assim como adquiriu bonitos panos, também os perdeu, nos percalços da desordenada pressa, e anda para aí vestida dum cinzento escuro e sem cor.
O lento e pautado camaleão juntou farta fazenda, e tanta e tão diferente, que ainda hoje muda, a todo o instante, panos de variado colorido.”
(“A lebre e o camaleão”. Apud Ana Paula Tavares. Um rio preso nas mãos, 2019.)
***
Este conto cokwe parece resolver com felicidade questões da história do continente africano e lidar com uma apreensão do real e do imaginário. A escolha das personagens da história é, em si, uma das apostas destes contadores e cultores da linguagem que, de uma vez por todas, poupam a tartaruga desta disputa vulgar e da tensão de uma corrida. À tartaruga estão reservados outros papéis, noutras histórias que lidam com os sentidos profundos da vida e da morte, do dia e da noite.
O jogo com a linguagem permite-nos perceber a história profunda das viagens que, em momentos diferentes, estiveram na origem da formação dos cokwe como grupo autônomo: origens, terras ancestrais, relação com outros grupos, adoção de novos costumes e ainda assim fidelização a um núcleo duro das origens. Sob sua superfície aparentemente simples, esta história esconde todos os mitos de fundação, rituais de passagem e a escrita da história. Tudo ali faz sentido: as personagens, a língua que falam e as vestes que as tornam atores de um complexo processo histórico. O resto é a lentidão e o desenho na areia que se faz só para ser apagado.
(Ana Paula Tavares. Um rio preso nas mãos, 2019. Adaptado.)
a) Cite um provérbio que poderia servir como “moral da história” para o conto cokwe. Justifique sua resposta.
b) Reescreva em discurso indireto o seguinte trecho do conto cokwe: “Ao desafio respondia o camaleão: — Chegarei a meu tempo.”
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(UNESP - 2024)
Para responder às questões 29 e 30, leia o conto cokwe* “A lebre e o camaleão” e o trecho de uma crônica da escritora angolana Ana Paula Tavares, escrita sobre esse conto.
*cokwe: relativo ao povo cokwe, uma etnia banta que se concentra sobretudo no nordeste de Angola.
“Dizem os antigos que a lebre e o camaleão resolveram ir pelos caminhos das caravanas levando borracha para permutar pelos belos tecidos vindos de oriente e ocidente.
Muitas vezes a acelerada lebre ultrapassou e cruzou o lento camaleão nos longos caminhos do mato, levando produtos e trazendo panos, gritando-lhe enquanto desaparecia: — Cá vou eu!
Ao desafio respondia o camaleão: — Chegarei a meu tempo.
Finalmente, a lebre, assim como adquiriu bonitos panos, também os perdeu, nos percalços da desordenada pressa, e anda para aí vestida dum cinzento escuro e sem cor.
O lento e pautado camaleão juntou farta fazenda, e tanta e tão diferente, que ainda hoje muda, a todo o instante, panos de variado colorido.”
(“A lebre e o camaleão”. Apud Ana Paula Tavares. Um rio preso nas mãos, 2019.)
***
Este conto cokwe parece resolver com felicidade questões da história do continente africano e lidar com uma apreensão do real e do imaginário. A escolha das personagens da história é, em si, uma das apostas destes contadores e cultores da linguagem que, de uma vez por todas, poupam a tartaruga desta disputa vulgar e da tensão de uma corrida. À tartaruga estão reservados outros papéis, noutras histórias que lidam com os sentidos profundos da vida e da morte, do dia e da noite.
O jogo com a linguagem permite-nos perceber a história profunda das viagens que, em momentos diferentes, estiveram na origem da formação dos cokwe como grupo autônomo: origens, terras ancestrais, relação com outros grupos, adoção de novos costumes e ainda assim fidelização a um núcleo duro das origens. Sob sua superfície aparentemente simples, esta história esconde todos os mitos de fundação, rituais de passagem e a escrita da história. Tudo ali faz sentido: as personagens, a língua que falam e as vestes que as tornam atores de um complexo processo histórico. O resto é a lentidão e o desenho na areia que se faz só para ser apagado.
(Ana Paula Tavares. Um rio preso nas mãos, 2019. Adaptado.)
a) Ao se referir à tartaruga no 1o parágrafo de sua crônica, Ana Paula Tavares recorre à intertextualidade. Que gênero literário está implícito no comentário da cronista? Que recurso expressivo ligaria de modo imediato esse gênero literário ao conto cokwe?
b) Reescreva em ordem direta os trechos “Dizem os antigos que a lebre e o camaleão resolveram ir pelos caminhos das caravanas” (conto cokwe) e “À tartaruga estão reservados outros papéis” (crônica de Ana Paula Tavares).
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(UNESP - 2024)
Para responder às questões 31 e 32, leia o trecho do ensaio “A corrida armamentista do consumo”, do economista e filósofo Eduardo Giannetti.
Imagine uma corrida em que os contendores se afastam cada vez mais do objetivo pelo qual competem. A corrida armamentista stricto sensu tem dinâmica e propriedades conhecidas: um país, por qualquer motivo, decide se armar; os países vizinhos sentem-se vulneráveis e decidem fazer o mesmo a fim de não ficarem defasados; sua reação, porém, deflagra uma nova rodada de investimento bélico no primeiro país, o que obriga os demais a seguirem outra vez os seus passos. A escalada armamentista leva os participantes a dedicarem uma parcela crescente da sua renda e trabalho à garantia da segurança externa, mas o resultado é o contrário do pretendido. O objetivo da máxima segurança redunda, ao generalizar- -se, na insegurança geral — um tênue e onipresente equilíbrio armado do terror
A corrida armamentista do consumo tem uma lógica semelhante. Nenhum consumidor é uma ilha: existe uma forte e intrincada interdependência entre os anseios de consumo das pessoas. Aquilo que cada uma delas sente que “precisa” ou “não pode viver sem” depende não só dos seus “reais desejos e necessidades” (como se quiser defini-los), mas também — e, talvez, sobretudo, ao menos nas sociedades mais afluentes — daquilo que os outros ao seu redor possuem. Ocorre, contudo, que a cada vez que um novo artigo de consumo é introduzido no mercado e passa a ser usado, desfrutado ou ostentado por aqueles que pertencem ao nosso grupo de referência — restrito a amigos, parentes e vizinhança no passado, hoje expandido pelo big bang das mídias, blogs e redes digitais — o equilíbrio se rompe e o desconforto causado pela percepção da falta atiça e impele, como ardência de queimadura, à ação reativa da compra do bem. Porém, quando todos se empenham em alcançar os que estão em cima — ou ao menos não ficar demasiado atrás deles —, eles passam a trabalhar mais (e/ou se endividar) a fim de poder gastar mais, ao passo que o maior nível de gasto e consumo se torna, por sua vez, “o novo normal”. A lógica da situação obriga-os a correr cada vez mais depressa, como hamsters confinados a esferas rotatórias, para não sair do lugar. Todos pioraram em relação ao status quo ante, pois agora precisam ganhar mais (e/ou estão mais endividados), e nenhum dos envolvidos, a não ser que adote a opção radical de se tornar um “excêntrico” e “pular fora do carrossel”, consegue isoladamente escapar da armadilha.
(Eduardo Giannetti. Trópicos utópicos, 2016. Adaptado.)
a) O que o autor entende por “corrida armamentista do consumo”? De que imagem (ou alegoria) o autor se vale no segundo parágrafo para ilustrar a dinâmica dessa corrida armamentista do consumo?
b) Transcreva um pequeno trecho do texto em que o narrador se dirige diretamente a seu leitor. Justifique sua escolha.
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(UNESP - 2024)
Para responder às questões 31 e 32, leia o trecho do ensaio “A corrida armamentista do consumo”, do economista e filósofo Eduardo Giannetti.
Imagine uma corrida em que os contendores se afastam cada vez mais do objetivo pelo qual competem. A corrida armamentista stricto sensu tem dinâmica e propriedades conhecidas: um país, por qualquer motivo, decide se armar; os países vizinhos sentem-se vulneráveis e decidem fazer o mesmo a fim de não ficarem defasados; sua reação, porém, deflagra uma nova rodada de investimento bélico no primeiro país, o que obriga os demais a seguirem outra vez os seus passos. A escalada armamentista leva os participantes a dedicarem uma parcela crescente da sua renda e trabalho à garantia da segurança externa, mas o resultado é o contrário do pretendido. O objetivo da máxima segurança redunda, ao generalizar- -se, na insegurança geral — um tênue e onipresente equilíbrio armado do terror
A corrida armamentista do consumo tem uma lógica semelhante. Nenhum consumidor é uma ilha: existe uma forte e intrincada interdependência entre os anseios de consumo das pessoas. Aquilo que cada uma delas sente que “precisa” ou “não pode viver sem” depende não só dos seus “reais desejos e necessidades” (como se quiser defini-los), mas também — e, talvez, sobretudo, ao menos nas sociedades mais afluentes — daquilo que os outros ao seu redor possuem. Ocorre, contudo, que a cada vez que um novo artigo de consumo é introduzido no mercado e passa a ser usado, desfrutado ou ostentado por aqueles que pertencem ao nosso grupo de referência — restrito a amigos, parentes e vizinhança no passado, hoje expandido pelo big bang das mídias, blogs e redes digitais — o equilíbrio se rompe e o desconforto causado pela percepção da falta atiça e impele, como ardência de queimadura, à ação reativa da compra do bem. Porém, quando todos se empenham em alcançar os que estão em cima — ou ao menos não ficar demasiado atrás deles —, eles passam a trabalhar mais (e/ou se endividar) a fim de poder gastar mais, ao passo que o maior nível de gasto e consumo se torna, por sua vez, “o novo normal”. A lógica da situação obriga-os a correr cada vez mais depressa, como hamsters confinados a esferas rotatórias, para não sair do lugar. Todos pioraram em relação ao status quo ante, pois agora precisam ganhar mais (e/ou estão mais endividados), e nenhum dos envolvidos, a não ser que adote a opção radical de se tornar um “excêntrico” e “pular fora do carrossel”, consegue isoladamente escapar da armadilha.
(Eduardo Giannetti. Trópicos utópicos, 2016. Adaptado.)
a) “Nenhum consumidor é uma ilha: existe uma forte e intrincada interdependência entre os anseios de consumo das pessoas.” (2° parágrafo)
Cite um sinônimo para cada um dos termos sublinhados na frase.
b) “nenhum dos envolvidos, a não ser que adote a opção radical de se tornar um ‘excêntrico’ e ‘pular fora do carrossel’, consegue isoladamente escapar da armadilha.” (2° parágrafo)
Reescreva apenas a oração subordinada do trecho transcrito, substituindo a locução conjuntiva por outra de valor semântico equivalente.
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(UNESP - 2024)
Leia o texto sobre o chamado “vale da estranheza” para responder, em português, às questões 33 e 34.
Introduction
The uncanny valley is a term used to describe the relationship between the human-like appearance of a robotic object and the emotional response it evokes. In this phenomenon, people feel a sense of discomfort or even repulsion in response to humanoid robots that are highly realistic.
Androids, avatars, and animations aim for extreme realism but get caught in a disturbing gap named the uncanny valley. They are extremely realistic and lifelike — but when we examine them, we see they are not quite human. When a robotic or animated characterization lies in this “valley,” people tend to feel a sense of discomfort, strangeness, disgust, or creepiness.
You’ve probably experienced the feeling before — perhaps while watching a computer-generated animated movie or playing a video game. The animated human might look almost real, but that slight difference between looking “almost human” and “fully human” leaves you feeling discomfort or even repulsion.
Implications of the uncanny valley
The uncanny valley has a number of implications in various fields. These include:
As people rely more and more on robotic technology, it is important to design devices that do not create discomfort or distrust. This is particularly true in the development of assistive technologies designed to help people with disabilities perform tasks and interact with their environments. People are more likely to be receptive to designs that are both useful and appealing. Designs that fall into the uncanny valley are likely to be poorly received and utilized less frequently.
As blockbuster films increasingly rely on computer-generated imagery effects, filmmakers have continued to work toward developing realistic computer-generated animations that blend seamlessly and don’t provoke the uncanny valley.
While many animated films are often criticized for their unrealistic characterizations of the human form, such designs featuring overly large eyes and other dramatically exaggerated features may often be an intentional strategy to avoid the uncanny valley.
The uncanny valley can also have an impact on how players react to realistic characters in video games. In some cases, designers may take advantage of the uncanny valley to create a sense of antipathy or aversion for villainous characters.
(Kendra Cherry. www.verywellmind.com, 14.11.2022. Adaptado.)
a) De acordo com o item “Introduction”, explique o que é “uncanny valley”. Cite duas sensações que podem ser causadas quando as pessoas experimentam o efeito do “vale da estranheza”.
b) De acordo com o item “Introduction”, cite duas situações da vida real que podem fazer com que as pessoas experimentem o efeito do “vale da estranheza”. Por que esse efeito pode acontecer?
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(UNESP - 2024)
Leia o texto sobre o chamado “vale da estranheza” para responder, em português, às questões 33 e 34.
Introduction
The uncanny valley is a term used to describe the relationship between the human-like appearance of a robotic object and the emotional response it evokes. In this phenomenon, people feel a sense of discomfort or even repulsion in response to humanoid robots that are highly realistic.
Androids, avatars, and animations aim for extreme realism but get caught in a disturbing gap named the uncanny valley. They are extremely realistic and lifelike — but when we examine them, we see they are not quite human. When a robotic or animated characterization lies in this “valley,” people tend to feel a sense of discomfort, strangeness, disgust, or creepiness.
You’ve probably experienced the feeling before — perhaps while watching a computer-generated animated movie or playing a video game. The animated human might look almost real, but that slight difference between looking “almost human” and “fully human” leaves you feeling discomfort or even repulsion.
Implications of the uncanny valley
The uncanny valley has a number of implications in various fields. These include:
As people rely more and more on robotic technology, it is important to design devices that do not create discomfort or distrust. This is particularly true in the development of assistive technologies designed to help people with disabilities perform tasks and interact with their environments. People are more likely to be receptive to designs that are both useful and appealing. Designs that fall into the uncanny valley are likely to be poorly received and utilized less frequently.
As blockbuster films increasingly rely on computer-generated imagery effects, filmmakers have continued to work toward developing realistic computer-generated animations that blend seamlessly and don’t provoke the uncanny valley.
While many animated films are often criticized for their unrealistic characterizations of the human form, such designs featuring overly large eyes and other dramatically exaggerated features may often be an intentional strategy to avoid the uncanny valley.
The uncanny valley can also have an impact on how players react to realistic characters in video games. In some cases, designers may take advantage of the uncanny valley to create a sense of antipathy or aversion for villainous characters.
(Kendra Cherry. www.verywellmind.com, 14.11.2022. Adaptado.)
a) De acordo com o item “Robotics”, como as tecnologias assistivas devem ser projetadas para que possam ser aceitas? O que pode acontecer se o design da tecnologia assistiva cair no “vale da estranheza”?
b) De acordo com o item “Film”, qual é a estratégia utilizada em animações para evitar que elas caiam no “vale da estranheza”? De acordo com o item “Game Design”, como o efeito do “vale da estranheza” pode ser útil para criar determinadas sensações nos jogadores de videogames?
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(UNESP - 2024)
Leia o texto para responder, em português, às questões 35 e 36.
Investigating the power of music therapy
Music’s benefits extend beyond entertainment. It can help improve cognitive function, increase the brain’s neuroplasticity, and slow cognitive decline. For people with dementia, music can evoke memories and enhance their sense of identity.
Interestingly, silence can also have a profound effect on our health. In the anechoic chamber cited in the Guinness World Records as the world’s quietest room, Beatie Wolfe, a singer, songwriter, and ambassador for Music for Dementia (a campaign calling for music to be accessible to everyone living with dementia), experienced a “sensory reset” where her nervous system calmed down, and she could hear sound in a pure way. This highlights the importance of balancing sound and silence in our lives.
However, music therapy can have potential downsides, such as triggering traumatic memories or negative responses to specific types of music. That aside, music’s power deserves further research, not least its potential effect on the progress of dementia.
(Tim Snaith. https://link.medicalnewstoday.com, 30.04.2023. Adaptado.)
a) De acordo com o primeiro parágrafo, por que os benefícios da música vão além do entretenimento? Para as pessoas com demência, quais podem ser os benefícios da música?
b) Por qual motivo a câmara anecoica citada no segundo parágrafo ganhou destaque internacional? O que aconteceu com Beatie Wolfe nessa câmara anecoica?
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