FUVEST 2012

Questão 2569

(UFRN - 2012)

Uma saída para as megacidades

As soluções inusitadas para trânsito, lixo, poluição – e os problemas crônicos dos grandes centros urbanos

ROBERTA CARDOSO com NELITO FERNANDES

EMPILHADOS

Prédios na cidade chinesa de Chongqing, uma das que mais crescem no país. Das 136 novas metrópoles que entrarão até 2025 na lista das 600 maiores do mundo, 100 estão na China.

Precisamente às 6 horas da manhã, o despertador de Lilian Garcia Martins toca na Vila Formosa, bairro de classe média na Zona Leste de São Paulo. A partir daí, começa a jornada da analista de crédito, de 35 anos, para chegar ao trabalho, às 8h30. O grande desafio de Lilian é se locomover em horário de pico na cidade. Como é difícil, pela lotação excessiva, pegar qualquer uma das linhas de ônibus que passam perto de sua casa e dão acesso ao metrô, o marido tem de levá-la ao terminal de embarque mais próximo. Ambos perdem cerca de 20 minutos de carro para fazer o trajeto. Só aí Lilian consegue entrar em um ônibus que a deixará a alguns metros da estação Tatuapé. Poucos minutos depois, ela volta a enfrentar o mesmo problema, no metrô. ―Espero cerca de meia hora, todo dia, para conseguir entrar em um dos vagões. E sair é tão difícil quanto entrar‖, diz.

Essa não é uma aventura exclusiva de Lilian. Na capital paulista, quem depende do transporte público tem uma rotina difícil. A falta de eficiência na mobilidade e a densidade populacional agravaram o frágil modelo de urbanização de cidades que crescem sem planejamento. O problema não é apenas de São Paulo, e vai além de complicações no transporte. Os moradores das grandes cidades do mundo – principalmente as que se expandem aceleradamente em países emergentes – enfrentam desafios como a degradação dos centros, o ar poluído, as enchentes e a falta de lugar para dispor o lixo. De acordo com a ONU, a previsão é que até 2020 a população urbana global atingirá 4,2 bilhões. Nos anos 1970, as dez maiores cidades do mundo somavam 114 milhões de pessoas. Em 2025, abrigarão 234 milhões. Até lá, segundo um estudo da consultoria McKinsey, 136 centros urbanos vão se tornar megacidades (aquelas com mais de 10 milhões de habitantes). Essa expansão das megalópoles está multiplicando os problemas da sociedade.

[...]

Disponível em <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0EMI238282-15228,00.html>. Acesso em: 30 ago. 2011.

Quanto ao texto, é correto afirmar que

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Questão 2570

(UFRN - 2012)

Os propósitos comunicativos do texto e da figura são, respectivamente,

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Questão 2571

(Ufrn 2012)

 

 

 

No texto,

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Questão 2681

(Ufpa 2012)  “CREPUSCULAR”

 

Há no ambiente um murmúrio de queixume,
De desejos de amor, dais comprimidos...
Uma ternura esparsa de balidos,
Sente-se esmorecer como um perfume.
 
As madressilvas murcham nos silvados
E o aroma que exalam pelo espaço,
Tem delíquios de gozo e de cansaço,
Nervosos, femininos, delicados.
 
Sentem-se espasmos, agonias dave,
Inapreensíveis, mínimas, serenas...
Tenho entre as mãos as tuas mãos pequenas,
O meu olhar no teu olhar suave.
 
As tuas mãos tão brancas danemia...
Os teus olhos tão meigos de tristeza...
É este enlanguescer da natureza,
Este vago sofrer do fim do dia.

 

Camilo Pessanha é considerado o expoente máximo da poesia simbolista portuguesa. Os seus versos reúnem o que há de mais marcante nesse estilo de época por traduzirem sugestões, imagens visuais, sonoras e estados de alma, além de notória ausência de elementos que se detenham em descrição ou em referência objetiva.

 

É correto afirmar que os versos do soneto “Crepuscular” transcritos nas opções, a seguir, traduzem as considerações postas nesses comentários, com exceção de:

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Questão 2682

(UCS - 2012) 

O Simbolismo foi um movimento literário de grande repercussão na produção dos escritores brasileiros. Nesse período, eles buscaram evocar e sugerir imagens, explorando as experiências sensoriais.

Leia o fragmento do poema Cárcere das Almas, de Cruz e Souza, um dos representantes do Simbolismo.

Tudo se veste de uma igual grandeza
Quando a alma entre grilhões as liberdades
Sonha e sonhando, as imortalidades
Rasga no etéreo Espaço da Pureza.

(TUFANO, Douglas. Estudos de literatura brasileira. 4 ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 1988. p. 173.)

 Analise a veracidade (V) ou a falsidade (F) das proposições abaixo, sobre o fragmento do poema

(     ) Nesse fragmento, é possível perceber o estado onírico, uma das características típicas do período literário em questão.

(     ) O sujeito-lírico deseja a liberdade, buscando encontrá-la no mundo das aparências.

(     ) Ao grafar as palavras Espaço e Pureza em maiúsculo, o poeta sugere uma personificação das ideias contidas nesses vocábulos.

Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses de cima para baixo

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Questão 2807

(FUVEST - 2012)

Não era e não podia o pequeno reino lusitano ser uma potência colonizadora à feição da antiga Grécia. O surto marítimo que enche sua história do século XV não resultara do extravasamento de nenhum excesso de população, mas fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que não encontrava no reduzido território pátrio satisfação à sua desmedida ambição.

A ascensão do fundador da Casa de Avis ao trono português trouxe esta burguesia para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaça castelhana e do poder da nobreza, representado pela Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atenções. Esgotadas as possibilidades do reino com as pródigas dádivas reais, restou apenas o recurso da expansão externa para contentar os insaciáveis companheiros de D. João I.


                                                                                                                                                           Caio Prado Júnior, Evolução política do Brasil.  Adaptado.

No contexto, o verbo “enche” indica 

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Questão 2929

(Insper-2012)

 

A última romântica



Cigarros, isqueiros, copos com drinques coloridos, garrafas vazias - de vodca, do licor de coco Malibu... Às flores, velas, retratos e mensagens de praxe os fãs acrescentaram em frente à casa de Amy Winehouse esses objetos que dão prazer, podem viciar e fazem mal à saúde. Para além da homenagem, era uma forma de participar do universo de excessos da cantora.

É curioso o apelo de Amy num mundo conservador, cada vez mais antitabagista e alerta para os riscos das drogas - um mundo onde vamos sendo ensinados a comprar produtos sem gordura trans e onde até as garotas de esquerda consomem horas dentro da academia. Numa época em que as pessoas são estimuladas a abdicar de certos prazeres na expectativa de durar bastante, simplesmente para durar, Winehouse fez o roteiro oposto - intenso, autodestrutivo, suicida. Sob o aspecto clínico, era uma viciada grave, necessitando desesperadamente da ajuda que insistia em recusar. Uma de suas canções mais famosas trata exatamente disso. Amy foi presa fácil do jornalismo de celebridades, voltado à escandalização da intimidade dos famosos (quanto pior, melhor). Foi também, num tempo improvável, a herdeira de Janis Joplin, morta aos 27 em 1970, e de Billie Holiday, morta aos 44, em 1959, ambas por overdose. Como suas antecessoras, Amy leva ao extremo o éthos romântico - do artista que vive em conflito permanente e se rebela contra o curso prosaico e besta do mundo. Na sua figura atormentada e em constante desajuste, o autoflagelo quase sempre se confunde com o ódio às coisas que funcionam. Numa cultura inteiramente colonizada pelo dinheiro e que convida à idolatria, fazer sucesso parecia uma espécie de vexame e de vileza, o supremo fiasco existencial, contra o qual era preciso se resguardar. Nisso Amy evoca os gênios do romantismo tardio - Lautréamont, Rimbaud e outros poetas do inferno humano, que tinham plena consciência da vergonha de dar certo.
 

SILVA, Fernando de Barros e. Folha de São Paulo, 26/07/2011
 


 Considere esta definição:

Pressupostos são conteúdos implícitos que decorrem de uma palavra ou expressão presente no ato de fala produzido. O pressuposto é indiscutível tanto para o falante quanto para o ouvinte, pois decorre, necessariamente, de um marcador linguístico, diferentemente de outros implícitos (os subentendidos), que dependem do contexto, da situação de comunicação.



Adaptado de FIORIN, J. L. O dito pelo não dito. In: Língua Portuguesa, ano I, n. 6, 2006. p. 3637.



A passagem do texto "A última romântica" em que a palavra sublinhada instaura um pressuposto é

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Questão 3057

 (Uerj 2012)

 

 Na coesão textual, ocorre o que se chama catáfora quando um termo se refere a algo que ainda vai ser enunciado na frase. Um exemplo em que o termo destacado constrói uma catáfora é: 

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Questão 3127

(PUC - Rio - 2012)

THE INSIDE STORY

I live in the storytelling capital of the world. I tell stories for a living. You’re probably familiar with many of my films, from Rain Man and Batman to Midnight Express to Gorillas in the Mist to this year’s The Kids Are All Right.

But in four decades in the movie business, I’ve come to see that stories are not only for the big screen, Shakespearean plays, and John Grisham novels. 1I’ve come to see that 14they are far more than entertainment. They are the most effective form of human communication, more powerful than 2any other way of packaging information. 3And telling purposeful stories is certainly the most efficient means of persuasion in everyday life, the most effective way of translating ideas into action, whether you’re green-lighting a $90 million film project, motivating employees to meet an important deadline, or getting your kids through a crisis.

PowerPoint presentations may be powered by state-of-the-art technology. But 4reams of data rarely engage people to move them to action. Stories, on the other hand, are state-of-the-heart technology –  they connect us to others. They provide emotional transportation, moving people to take action on your cause 9because they can very quickly come to psychologically identify with the characters in a narrative or share an experience – courtesy of the images evoked in the telling.

10Equally important, they turn the audience/listeners into viral 5advocates of the proposition, whether in life or in business, by paying the story – not just the information – forward.

Stories, unlike straight-up information, can change our lives because they directly involve us, bringing us into the inner world of the protagonist. As I tell the students in one of my UCLA graduate courses, Navigating a Narrative World, without stories 15not only would we not likely have survived as a species, we couldn’t understand ourselves. 6They provoke our memory and give us the framework for much of our understanding. They also reflect the way the brain works. 16While we think of stories as fluff, accessories to information, something 7extraneous to real work, they turn out to be the cornerstone of consciousness.

Much of what I know about narrative and its power I learned over the course of working in the entertainment industry. In the early 1980s, I was chairman of PolyGram Filmed Entertainment as well as a producer at that studio. I was pitched a movie to finance and distribute based on 8a book then titled The Execution of Charles Horman. 11It told the true story of Ed Horman, Charles’s father, a politically conservative American who goes to South America in search of his missing journalist son. Ed joins with his daughter-in-law Beth, who, like her husband, is politically polarized from the father, in prying through bureaucracy and dangerous government intrigue in search of their son and husband. Gradually, the father comes to realize his own government is concealing the truth.

Although the project had enlisted a great filmmaker – Oscar winner Costa Gavras (for the thriller Z) – I didn’t find it compelling. A Latin American revolution was a tough sell for a commercial American film, along with the story of a father who had no relationship with his son and the fact that you already knew the ending: the son is dead without the father ever finding him. 12This story was dead on arrival as an investment.

17Out of courtesy, I met with the father, who knew I was not a fan. After a few polite introductions, he nodded to some pictures of my then-teenage daughters on my bookcase. “Do you really know your children?” he asked. “Really know them?” He went on to tell me a story – that the search for his son was more a search for who he was than where he was, because he always suspected he was dead. But the journey was a revelation, 18not least about the many values father and son in fact shared. It was a love story, not a death story.

13His telling engaged me in a unique personal way, emotionally transporting me into the search for his child, and it made me wonder whether I really knew my daughters, their values and beliefs, their hopes and dreams. If the writer could focus the film as a love story/thriller and an actor could engage those emotions and pique those questions, and the film could be executed to get critical acclaim, it really might be worth backing.

By Peter Guber Adapted from Psychology Today – March 15, 2011.http://www.psychologytoday.com/articles/201103/the-inside-story Retrieved on August 15, 2011

Check the CORRECT statement concerning reference.

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Questão 3128

(PUC-Rio - 2012)

India’s Leading Export: CEOs

2What on earth did the Banga brothers’ mother feed them for breakfast? 3Whatever it was, it worked: Vindi Banga grew up to become a top executive at the food and personal-care giant Unilever, then a partner at the private-equity firm Clayton, Dubilier & Rice. His younger brother Ajay, 4after heading Citigroup’s Asian operations, was last year named CEO of MasterCard – all without a degree from a Western business school and without abandoning his Sikh turban. When Ajay took over at the credit-card company’s suburban – New York City headquarters, the Times of India crowed that he was the first “entirely India-minted executive” at a multinational’s helm.

The brothers laugh when asked for their mother’s breakfast menu, deflecting suggestions that they were raised by a Bengal-tiger mom. Instead, they cite an itinerant childhood as a key ingredient in their success. The sons of a lieutenant general in the Indian army, they moved to a new posting every couple of years – 5perfect training, it turns out, for global executives facing new markets and uncertain conditions. “You had to adapt to new friends, new places,” recalls Vindi. 1“You had to create your ecosystem wherever you went.”

What factors account for the rise and rise of India-trained business minds? “Our colleagues in our Asian offices are asking the same question,” laughs Jill Ader, head of CEO succession at the executivesearch firm Egon Zehnder International. 7“Their clients in China and Southeast Asia are saying, ‘How come it’s the Indians getting all the top jobs?’” It could be because today’s generation of Indian managers grew up in a country that provided them with the experience so critical for today’s global boss. 6Multiculturalism? Check. Complex competitive environment? Check. Resource-constrained developing economy? You got that right. 8And they grew up speaking English, the global business language.

For multinationals, it makes good sense to have leaders experienced in working with expanding Asian markets. 9And India is already the location of many of their operations. “India and China are also the countries of future profits for the multinationals, so they may want their global leaders to come out of them”, says Anshuman Das, a co-founder of CareerNet, a Bangalore executive-search company.

Competitive and complex, India has evolved from a poorly run, centrally controlled economy into the perfect petri dish in which to grow a 21st century CEO. “The Indians are the friendly and familiar faces of Asia,” says Ader. “They think in English, they’re used to multinationals in their country, they’re very adaptive, and they’re supremely confident.” The subcontinent has been global for centuries, having endured, and absorbed, waves of foreign colonizers, from the Mughals to the British. Practiced traders and migrants, Indians have impressive transnational networks. “The earth is full of Indians,” wrote Salman Rushdie. “We get everywhere.” Unlike, say, a Swede or a German, an Indian executive is raised in a multiethnic, multifaith, multilingual society, one nearly as diverse as the modern global marketplace.

10Unlike Americans, they’re well versed in negotiating India’s byzantine bureaucracy, a key skill to have in emerging markets. And unlike the Chinese, they can handle the messiness of a litigious democracy. “In China, you want something done, you talk to a bureaucrat and a politician – it gets done,” observes Ajay. “In India, if you talk to a bureaucrat or a politician, there are going to be 600 other people with their own points of view.” There’s an old saw about Asian business cultures: “The Chinese roll out the red carpet; Indians roll out the red tape.”

Maybe that’s why Indian managers are good at managing it. 12They have cut their teeth in a country ranked 134th by the World Bank for ease of doing business. To be fair, it’s also the reason some of them left home.

India’s economic liberalization, which began in 1991, was another blessing for this generation of executives. 11It gave them exposure to a young and fast-growing consumer market. “Liberalization unleashed a level of competition that makes you stand on your toes,” recalls Vindi. “We had to learn to compete with international players but also with very good, extremely fast local ones.” In 1987, the company’s leading detergent, Surf, faced off against Nirma, a locally produced brand. “It didn’t cost 5% less, or 10% less,” says Vindi, shaking his head. “It cost a third of our product. We had to make a product that was better, for the same price.” Within 12 months, they had.

 

By Carla Power Adapted from Time Magazine – August 01, 2011 http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,2084441,00.html. Retrieved on August 5, 2011.

Check the CORRECT statement concerning reference.

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