FUVEST 2015

Questão 25371

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

Tem-se muitas vezes a impressão de que o clero detém o monopólio da cultura na Idade Média. O ensino, o pensamento, as ciências, as artes seriam feitas por ele, para ele ou pelo menos sob sua inspiração e controle. Trata-se de uma imagem falsa e que exige profunda correção. A partir da revolução comercial e do desenvolvimento urbano, grupos sociais antigos ou novos descobrem outras preocupações, têm sede de outros conhecimentos práticos ou teóricos diferentes dos religiosos, criam instrumentos de saber e meios de expressão próprios.

                                                                                             LE GOFF, Jacques. Mercadores e banqueiros na Idade Média. Lisboa: Gradiva, s.d, p. 77. (Adaptado).

A historiografia costuma associar as transformações econômicas ocorridas na crise do feudalismo na Europa Ocidental ao surgimento do mundo moderno. A citação do historiador medievalista Jacques Le Goff reforça essa ligação, uma vez que a revolução comercial

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Questão 25373

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

O período posterior à Segunda Guerra Mundial foi de enorme crescimento produtivo nos países desenvolvidos. Denominados de anos gloriosos ou de idade do ouro, o fato é que os primeiros trinta anos do pós-guerra constituíram uma era única na história contemporânea. A espantosa recuperação do mundo capitalista, quanto ao crescimento econômico e avanços tecnológicos, revolucionou as pautas de consumo e comportamento até então existentes.

PADRÓS, Enrique Serra. Capitalismo, prosperidade e estado de bem-estar social. In: FILHO, Daniel Aarão Reis. FERREIRA, Jorge e ZENHA, Celeste (orgs.). O século XX. O tempo das crises: revoluções, fascismos e guerras. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, p. 229. (Adaptado).

A euforia econômica que caracterizou o mundo capitalista nos trinta anos seguintes ao fim da II Guerra estava fortemente relacionada

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Questão 25374

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

Se essa passagem de século tem hoje um sentido para nós, um sentido que talvez não tinha nos séculos anteriores, é porque vemos que aí é que surgem as primícias da globalização. E essa globalização é mais que um processo de expansão de origem ibérica. Em 1500, ainda estamos bem longe de uma economia mundial. No limiar do século XVI, a globalização corresponde ao fato de setores do mundo que se ignoravam ou não se frequentavam diretamente serem postos em contato uns com os outros.

GRUZINSKI, Serge. A passagem do século: 1480-1520 – as origens da globalização. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 96-98. (Adaptado).

Na busca das raízes do conceito de globalização, os historiadores têm voltado suas atenções às grandes navegações, porque este momento histórico

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Questão 25375

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

A partir de 1750-60, a produção mineradora começou a declinar. Tal mudança, articulada a outros elementos, determinou uma revisão da política mercantilista durante a administração do Marquês de Pombal, secretário de Estado de D. José I.

                                                       ALBUQUERQUE, Manuel Maurício de. Pequena História da Formação Social Brasileira. 2.ed. Rio de Janeiro: Graal, 1981, p.100. (Adaptado).

A crise econômica da segunda metade do século XVIII abriu caminho para as reformas pombalinas, vistas como inevitáveis para a recuperação econômica do reino de Portugal e que se caracterizavam, entre outras medidas,

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Questão 25376

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

Tem havido um bom número de grandes revoluções na história do mundo moderno, e certamente a maioria bem-sucedida. Mas nunca houve uma que tivesse se espalhado tão rápida e amplamente, se alastrando como fogo na palha por sobre fronteiras, países e mesmo oceanos. 1848 foi a primeira revolução potencialmente global, cuja influência direta pode ser detectada na insurreição de 1848 em Pernambuco (Brasil) e poucos anos depois na remota Colômbia.

                                                                                            HOBSBAWM, Eric. A era do capital: 1848-1875. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, p. 30. (Adaptado)

A onda revolucionária de 1848 estava ligada, inicialmente, à delicada conjuntura sociopolítica da França que, entre outros aspectos, caracterizava-se

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Questão 25378

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

Para os historiadores das décadas de 1960 e 1970, o Brasil e a Argentina teriam sido manipulados por interesses da Grã-Betanha, maior potência capitalista da época, para aniquilar o desenvolvimento autônomo paraguaio, abrindo um novo mercado consumidor para os produtos britânicos. A guerra era uma das opções possíveis, que acabou por se concretizar, uma vez que interessava a todos os envolvidos. Seus governantes, tendo por base informações parciais ou falsas do contexto platino e do inimigo em potencial, anteviram um conflito rápido, no qual seus objetivos seriam alcançados com o menor custo possível. Aqui não há ―bandidos‖ ou ―mocinhos‖, mas interesses.

                                                                                                        DORATIOTTO, Francisco. Maldita guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 87-96. (Adaptado).

A Guerra do Paraguai foi o maior conflito militar no qual o Brasil se envolveu em sua história. Nas novas interpretações dos historiadores para a guerra,

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Questão 25379

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

Deodoro era o candidato mais óbvio ao papel de herói republicano. Não apenas pela indisputada chefia do movimento que derrubou a Monarquia, mas também pela sua atuação na jornada de 15 de novembro. Mas contra ele militavam fatores poderosos. A começar pelo seu incerto republicanismo e seu jeito de general da Monarquia.

Outro candidato era Benjamin Constant. Seu republicanismo era intocável. Mas o problema com ele é que não tinha a figura de herói. Não era militar nem líder popular.

                                                                  CARVALHO, José Murilo. A formação das almas: o imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 55-57. (Adaptado).

Os primeiros momentos do regime republicano no Brasil estiveram marcados por disputas de liderança que caracterizavam

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Questão 25381

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

Os anos que antecederam ao Estado Novo foram de efervescência e disputa política. Essa situação tinha a ver com a diversidade das forças que se haviam aglutinado em torno da Aliança Liberal, a coligação partidária oposicionista que em 1929 lançou a candidatura de Getúlio Vargas à Presidência da República. Enquanto alguns dos que aderiram à Aliança Liberal faziam oposição sistemática ao regime, outros ali ingressaram apenas por discordar do encaminhamento dado pelo então presidente Washington Luís.

PANDOLFI, Dulce Chaves. Os anos 1930: as incertezas do regime. In: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucília Neves de Almeida (orgs.). O Brasil Republicano. O tempo do nacionalestatismo: do início da década de 1930 ao apogeu do Estado Novo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p.17. (Adaptado).

A instabilidade política no período de 1930 a 1937 estava associada, entre outros fatores,

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Questão 25382

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

A partir de 1948, o Partido Nacional, no poder na África do Sul, entregou-se à tarefa de transformar a separação em bases raciais – já existente na sociedade sul-africana – num complexo sistema legal e no fundamento real do Estado. Essencialmente preocupado em frear e impedir a vinda dos negros para as cidades, o governo branco iniciou a montagem do apartheid (apart-heid, ―desenvolvimento separado‖).

                                                                     LOPES, Marta Maria. O apartheid. São Paulo: Atual, 1990, p. 41. (Adaptado).

O apartheid, cujo desmantelamento contou com a histórica liderança de Nelson Mandela, estava originalmente relacionado

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Questão 25383

(UFU - 2015 - 1ª FASE)

Na tirinha, Henriqueta e Fellini, personagens criadas pelo quadrinista argentino Liniers, observam um céu estrelado. De acordo com o texto, Henriqueta

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